O governador Tarso Genro recebeu sinal verde para dar curso ao pedido de empréstimo de longo prazo de R$ 1,3 bilhão que fará para ajudar a sustentar seu Programa de Retomada do Desenvolvimento do Rio Grande do Sul. O dinheiro será usado com ênfase na área de infraestrutura.
. O governador esteve nesta terça-feira com Luciano Coutinho, presidente do Bndes.
. Sobre o Plano, o que avalia o editor:
1) Ninguém conhece a íntegra do Plano.
2) É equivocado denominar de “retomada” um programa de investimentos do gênero, porque a economia do RS nem de longe está paralisada, já que nos últimos quatro anos o PIB local manteve taxas muito altas de crescimento. Tarso informou que técnicos da FGV ajudaram na formulação do Plano, mas ele não discutiu isto com mais ninguém fora do seu núleo mais íntimo. Saiba como a economia gaúcha não precisa de retomada, mas de continuidade. Eis as taxas de expansão do PIB:
2007, 6,1%
2008, 3,9%
2009, -0,8%
2010, 8,9%
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No mesmo período, o governo Lula emplacou 6,1%, 5,1%, menos 0,2% e 7,6%.
3) O conteúdo das áreas escolhidas para que o investimento ofereça mais resultados está corretíssimo, exceção do terceiro ponto, que não tem nada a ver, embora tudo seja muito vago e possa ser ajustado para qualquer modelo, o que não foi descrito por Tarso. O governador não disse se lhe interessa manter o atual modelo baseado no agrobusiness ou se prefere mudar para paradigmas econômicos mais modernos, baseados na chamada indústria dinâmica.
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estímulo ao desenvolvimento econômico e social;
- eficiência e eficácia da gestão para o desenvolvimento;
- novo pacto político e social.
. É notável que o governo atual do PT, ao contrário do rançoso, atrasado, reacionário e populista governo do Sr. Olívio Dutra, esteja disposto a fazer renúncias fiscais poderosas. Eis o que disse Tarso Genro nesta terça:
- E nós estamos preparados para recebê-los, induzi-los e financiá-los, inclusive com a possibilidade das renúncias e concessões fiscais que ainda podemos fazer.
. O editor estranhou muito a presença do secretário da Fazenda, Odir Tonollier, na comitiva que foi ao Rio, porque o governador disse na frente do secretário o seguinte:
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A nossa proposta de recursos não é uma proposta exagerada. O orçamento do Estado do Rio Grande do Sul é um orçamento grande e vai crescer em 2011.
. Há menos de uma semana, o novo secretário da Fazenda só faltou anunciar que o PT pegou o Estado quebrado.