Beckenbauer Rivelino é irmão do jornalista Kennedy Alencar, que sempre revela muita proximidade com o PT e o governo.
Ao lado, as provas do crime.
A reportagem a seguir é da revista Istoé deste sábado. Ela revela o que disse ao MPF o empreiteiro Ricardo Pessoa, que na quarta-feira fez acordo de delação premiada.
Neste bloco, as revelações comprometem diretamente Dilma Roussef e o seu ministro da Defesa, Jaques Wagner.
Leia:
Aos procuradores, o dono da UTC teria indicado que parte
dos R$ 26,8 milhões que o PT pagou a VTPB Serviços Gráficos e Mídia Exterior
teve origem no Petrolão. Só a campanha de Dilma injetou na VTPB quase R$ 23
milhões, dinheiro que daria para imprimir 368 milhões de santinhos do “tipo
cartão”, modelo descrito nas notas fiscais anexadas à prestação de contas. O
montante é duas vezes e meia o total de eleitores habilitados no País.
Denunciada pela mídia como uma “gráfica fantasma”, a VTPB também recebeu R$ 3,5
milhões das campanhas do deputado federal Arlindo Chinaglia (PT) e do governador
da Bahia, Rui Costa (PT).
O dono da VTPB é o empresário Beckembauer Rivelino de
Alencar Braga. Criador de cavalos de raça, ele diz que a VTPB encomenda de
outras gráficas a produção e usa o citado endereço apenas para comprar matéria
prima e pagar os encargos. “É de conhecimento público e notório que a empresa
VTPB prestou efetivamente todos os serviços para os quais foi contratada, em
representação e parceria com empresas do setor, inclusive para outros
candidatos e partidos, a exemplo do PSDB e do PMDB, e todo o material de
campanha produzido foi devidamente auditado pelos partidos e aprovado pela
Justiça Eleitoral”, disse o empresário em nota. De fato, a gráfica também
prestou serviço a campanhas tucanas, mas os valores são bem inferiores aos
pagos pelo PT. Em suas conversas com os procuradores, Pessoa afirmou que a
gráfica foi usada para que dinheiro fruto do Petrolão chegasse à campanha
petista como se fosse uma doação oficial. Com isso, endossou a tese de
investigadores da Lava Jato sobre a possibilidade de o caixa oficial da
campanha ter sido ferramenta para lavar dinheiro de corrupção.
A suspeita sobre o uso da VTPB levou o vice-presidente do
TSE, o ministro Gilmar Mendes, a oficiar a Procuradoria Geral da República, a
Receita Federal, a Secretaria de Fazenda de São Paulo e o Conselho de Controle
de Atividades Financeiras (Coaf). Em seu despacho, Gilmar alegou “indícios de
irregularidades” nas contas da “gráfica fantasma”. A iniciativa, que agora terá
o apoio do Ministério Público, servirá para rastrear a origem do dinheiro e seu
destino final, saber se a UTC bancou diretamente os custos de impressão dos
santinhos ou se o dinheiro passou pela conta do PT, e se os serviços foram realmente
prestados