- Aécio foi o único presidenciável que compareceu ao ato de 1o de maio da Força.
* Clipping www.brasil247.com.br
O presidente da Força Sindical, deputado federal Paulo
Pereira da Silva (PDT-SP), está irritado hoje – para lembrar um slogan antigo
do movimento sindical. Que o diga o Secretário-Geral da Presidência da
República, Gilberto Carvalho. No palanque do 1º de Maio organizado pela Força
Sindical, em São Paulo, no início da tarde desta quarta-feira Carvalho e
Paulinho se desentenderam. O motivo: a proposta do sindicalista de reimplantar
no País a figura do gatilho salarial, que dispararia como correção aos
vencimentos dos trabalhadores toda vez que a inflação ultrapassar 3%.
- Você é um inconsequente, Paulinho, disse Carvalho ao
sindicalista, que reagiu ameaçando briga. A situação foi apaziguada, mas a
cicatriz de diferenças entre Paulinho e o governo abriu novamente e ainda mais.
Ao 247, depois de recepcionar o presidenciável Aécio
Neves (PSDB-MG), Paulinho falou duro contra o governo:
- Por mim, que sou apenas um militante, o PDT romperia
agora mesmo com o governo.
- Por que?
- Porque a presidente Dilma simplesmente não atendeu
nenhuma das reivindicações feitas pelos trabalhadores, independentemente da
central sindical a que cada um pertença.
O sindicalista continuou, detalhando os motivos da sua
reclamação.
- Por que Dilma veio aqui o ano passado e não apareceu
agora?, perguntou, referindo-se à presença da presidente diante das quase um
milhão de pessoas que estão participando (14h47) do 1º de Maio da Força. Porque
ela tem medo de enfrentar a massa, de enfrentar a crítica. É por isso que ela
não veio.
Muito cumprimentado pelo público que foi à manifestação,
marcada pelo sorteio de carros zero quilômetro e shows de artistas populares,
Paulinho avançou.
- Esse governo concedeu 18 bilhões de reais em
desonerações para o patronato, mas nem quer ouvir falar no fim do fator
previdenciário para regular as aposentadorias, o que custaria três bilhões.
Dilma e seu governo não ouvem, mal falam e não querem dialogar