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Relatório do Fórum Econômico Mundial coloca sistema
educacional brasileiro na 116ª posição entre 144 nações avaliadas. Brasil está na 132ª posição em ranking que mede qualidade
dos ensinos de ciências e matemática.
Um relatório do Fórum Econômico Mundial, publicado na
quarta-feira, aponta o Brasil como um dos piores países do mundo nos ensinos de
matemática e ciências. Entre 144 nações avaliadas, o país aparece na 132ª
posição, atrás de Venezuela, Colômbia, Camboja e Etiópia. Outro dado alarmante
é a situação do sistema educacional, que alcança o 116º lugar no ranking -
atrás de Etiópia, Gana, Índia e Cazaquistão. Os dois indicadores regrediram em
relação à edição 2012 do relatório, em que estavam nas 127ª e 115ª posições,
respectivamente.
O estudo indica como uma das consequências do ensino
deficiente a dificuldade do país para se adaptar ao mundo digital, apesar dos
investimentos públicos em infraestrutura e de um certo dinamismo do setor
privado. "A qualidade do sistema educacional, aparentemente, não garante
às pessoas as habilidades necessárias para uma economia em rápida mudança",
diz o levantamento.
Em comparação com o ano passado, o Brasil subiu apenas da
65ª para a 60ª posição no ranking que mede o preparo das nações para aproveitar
as novas tecnologias em favor de seu crescimento. Apesar de ter galgado
posições, os autores do relatório destacam que o lugar ocupado pelo país não
condiz com sua economia, entre as sete maiores do mundo. Na América Latina,
Chile, Panamá, Uruguai e Costa Rica, por exemplo, são considerados mais bem
preparados para os novos desafios da era digital.
O número de usuários de internet no Brasil também não
chegava ainda a 45%, o que deixa o Brasil na 62.ª posição nesse critério,
abaixo da Albânia. Apenas um terço dos brasileiros tem internet em casa. A taxa
despenca para apenas 8% se o critério for o número de casas com banda larga. O
Brasil não é o único a passar por essa situação. "Os Brics (Brasil,
Rússia, Índia, China e África do Sul) enfrentam desafios", diz o informe.
"O rápido crescimento econômico observado em alguns
desses países nos últimos anos poderá ser ameaçado, caso não forem feitos os
investimentos certos em infraestruturas, competências humanas e inovação na
área das tecnologias da informação", alerta o relatório.