O que mais pesou para a punição do general Mourão (leia notas a seguir), foi quando ele disse, em Brasília, quarta-feira, que as Forças Armadas apoiam a
candidatura do capitão da reserva e deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ).
Para Mourão, o presidenciável é um político testado e que não tem telhado de
vidro. E que nunca se meteu em falcatruas e confusões. "Obviamente, nós,
seus companheiros dentro das forças, olhamos com muito bons olhos a candidatura
do Bolsonaro", disse.
Bolsonaro está longe de ser unanimidade no Exército, mas franjas enormes da corporação apoiam a candidatura do deputado.
Generais que não querem saber do Mito, questionaram o comandante do Exército sobre esta declaração.
Mourão anunciou que irá para a reserva em 31 de março de
2018. Foi instado a disputar as eleições do ano que vem. Ele disse que seu
domicílio eleitoral é no Distrito Federal, mas que pretende morar no Rio após
deixar a ativa. Perguntado se pode vir a disputar algum cargo eletivo,
respondeu que não descarta. "Digo
apenas uma coisa. Não há portas fechadas na minha vida" - afirmou, para
euforia de alguns presentes.
O general é apontado para uma candidatura presidencial ou até para vice de Bolsonaro.