Ministrério Público Estadual pede 20 anos de prisão para o deputado Diógenes Bassegio

Conforme informou o editor pouco depois do meio dia, o deputado estadual Diógenes Luiz Basegio e outras cinco pessoas foram denunciadas nesta segunda-feira pelo Ministério Público Estadual por suposto esquema de desvios de recursos da Assembleia Legislativa.

O MP estima prejuízo aos cofres públicos entre R$ 1,44 milhão e R$ 2,5 milhões.

O deputado é acusado de, durante seus quatro anos de mandato entre 2011 e 2014, exigir parte de salários de servidores nomeados por seu gabinete, além de receber verbas públicas por diárias fictícias. Basegio também manteria pelo menos duas funcionárias-fantasmas e ficava com praticamente todo o salário das mulheres.

O texto a seguir sobre o assunto é do site www.zerohora.com.br, mas foi copidescado pelo editor para enxugá-lo e dar mais velocidade à leitura:

Conforme a denúncia, assinada pelo Procurador-geral de Justiça, Marcelo Dornelles, o parlamentar executaria o esquema com a parceria de três assessores: Álvaro Luís Ambrós, que atuava em Passo Fundo, Stela Maris Severgnini de Queiroz, assessora superior no gabinete, e Neuromar Luiz Gato, chefe de gabinete — este último foi o delator da suposta fraude, que veio a público após investigação do repórter Giovani Grizotti, exibida pelo Fantástico, da TV Globo, no início de junho.Basegio e o trio de assessores foram denunciados pelos crimes de organização criminosa, peculato, lavagem de dinheiro e concussão. Em coletiva na sede do MP, nesta tarde, o Procurador-geral afirmou que a investigação apontou que entre R$ 30 mil e R$ 50 mil eram desviados mensalmente e ressaltou que o deputado sabia e comandava a fraude:

— Pela quebra do sigilo bancário se constatou que os recursos iam parar, inclusive, na conta dele (Basegio) — afirmou o Dornelles.

O promotor também reproduziu vídeo de um depoimento de Janaína no qual ela admite que “nunca” recebeu por diárias a serviço do parlamentar. Entre janeiro e fevereiro de 2013, R$ 796,06 teriam sido desviados em falsas diárias em nome da acusada.

Conforme os promotores, a investigação comprovou ainda que outros cinco assessores eram obrigados a entregar, em média, dois terços de seus salários aos articuladores do esquema. Os funcionários também seriam forçados a fazer doações à Associação Amigos da Saúde — albergue para pacientes em trânsito em Passo Fundo — que também seriam desviadas para o grupo.

O MP calcula que, em caso de condenação, Basegio e os três assessores podem receber pena de até 20 anos de prisão. Os promotores também pediram à Justiça o confisco de bens dos denunciados para possível ressarcimento aos cofres públicos.

Entrevista, Darcisio Perondi, deputado Federal do RS, PMDB - Os deputados do PT impediram a sessão de hoje na Cãmara

ENTREVISTA
Darcísio Perondi, deputado Federal PMDB do RS

Como foi a repercussão dos protestos no plenário da Câmara ?
Não houve sessão.

O que houve ?
Com 52 deputados, há sessão, mas se algum líder pedir verificação de quorum, cai tudo por terra. O PT, hoje, mobilizou-se para impedir a sessão. Eles não quiseram repercutir os protestos.

E o day after ?
O governo sangra como nunca.

O senhor saiu para a rua ?
Eu e mais cinco deputados federais gaúchos estivemos na praça.

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Entrevista, Frederico Antunes, lider do PP - Meu voto é pela rejeição do aumento do ICMS

ENTREVISTA
Frederico Antunes, líder do PP na Assembléia do RS


Fiquei sabendo que o senhor foi ter com o governador Sartori. Ele apelou pelo seu voto em favor do aumento do ICMS ?
Não fez isto. Ele sabe que apóio praticamente todos os projetos de ajuste fiscal, mas neste caso do ICMS não tem acordo.

Então, para o que foi o encontro ?
As atividades de governo e dos parlamentares não se resumem e aumento de impostos.

E a bancada ?
A bancada já tirou posição contra.

E manterá ?
Deves perguntar a cada um dos deputados.

Apertos do governo Sartori só farão espuma na redução do déficit do ano

Os apertos feitos pelo governo gaúcho no primeiro semestre, cortando na própria carne e reduzindo drasticamente a quantidade e a qualidade dos serviços públicos, resultaram numa economia de R$ 2 bilhões.

Ninguém conte com mais R$ 2 bilhões no segundo semestre, mas com a redução de R$ 1 bilhão sobre os R$ 2 bilhões do primeiro semestre, tudo por conta de aumentos salariais concedidos antecipadamente por Tarso.

O ano não fechará com o déficit previsto de R$ 5,4 bilhões, mas dificilmente será menor do que R$ 4 bilhões.

Secretários que são deputados poderão reassumir para votar o aumento do ICMS

Se houver resistências dentro do PP e PDT à proposta de aumento de impostos no RS, o governador Ivo Sartori poderá pedir que seus secretários licenciados assumam postos na Assembléia e votem com o Piratini.

Isto aconteceu durante o governo Rigotto.

Com êxito.

O governo não trabalha com a hipótese de perder a votação.

Aumento do ICMS elevará preços entre 1,22% a 7,2% no RS

Na prática, a elevação do ICMS será de 7,2% sobre contas de luz, gasolina, álcool e tele, enquanto que pasra as demais mercadorias o aumento será de 1,22%

Proposta de aumento do ICMS irá nesta quarta para a Assembléia do RS

O governador Ivo Sartori protocolará entre quarta e quinta-feira o projeto que aumenta o ICMS no Rio Grande do Sul.

A alíquota geral irá de 17% paras 18% e a especial (luz, gasolina, álcool, telecomunicações) passará de 25% para 30%.

Também a TV por assinatura, que paga 12% de ICMS, será aumentada para 14%.  No caso das TVs, o aumento resultará na formação de um fundo de combate à pobreza.

O governo espera arrecadar mais R$ 2 bilhões por ano com os novos impostos.

No governo Rigotto, algo semelhante ocorreu, mas na época houve prazo determinado, no caso a duração do mandato do peemedebista. Yeda tentou manter o esquema, mas foi derrotada.

Entrevista, Vilson Noer, presidente da AGV - Economia em recessão e governo estadual em crise formam tempestade perfeitas no RS

ENTREVISTA
Vilson Noer, presidente da Associação Gaúcha do Varejo.

As projeções sobre o desempenho da economia gaúcha são tão devastadoramente ruins quanto as que são feitas para a economia brasileira. 
Sim e até piores, porque o governo local está numa situação financeira muito mais complicada.

Que afeta o emprego e a renda de modo severo, coisa que ainda não atingiu os funcionalismos federal e municipal.
Também, mas falo mais de fatores estruturais, que impedem que a máquina pública estadual funcione como deve e pelo menos invista nas suas funções básicas.

Mas temos uma economia fortemente influenciada pelo setor agropecuário e este vai bem no Estado.
Pode muito, mas não pode tudo. O que percebemos é que em cidades com forte influência do setor primário, as coisas vão melhores.

E nas demais ?
A indústria passa por enorme depressão. Cidades e regiões dependentes do setor industrial, como Grande Porto Alegre, vivem momentos dramáticos.

84% dos leitores defendem os serviços de táxi do Uber

84% dos leitores são a favor da livre circulação dos táxis Uber no Brasil. Os que acham que este tipo de concorrência é desleal somam 13%.

A nova enquete que se encontra aí ao lado quer saber qual o nome que o leitor gostaria de aplicar ao boneco de Lula fardado de prisioneiro.

Vá lá e escolha.

Ladrões enganam-se e arrombam sede do PT de São Paulo

Mais um ato contra o Partido dos Trabalhadores ocorreu na madrugada dessa segunda-feira, na cidade de São Paulo. É que o Diretório Municipal do PT-SP informou em nota à imprensa que teve sua sede, no centro, invadida nesta madrugada.

" Durante a invasão vasculharam gavetas e armários, e até o momento não foi identificado furto de pertences. O Boletim de Ocorrência foi realizado no 1° Distrito Policial da Sé", afirmou o presidente do diretório municipal, Paulo Fiorillo.

A polícia acha que ladrões comuns confundiram-se e quando perceberam que estavam no endereço errado foram embora. 


O PT municipal cobrou prioridade na investigação do caso com prioridade, diante dos fatos que já ocorreram. "Esse é o quarto acontecimento, somente em 2015. O primeiro foi na sede do Diretório em Jundiaí,  seguidos dos atentados à bomba nas sedes do Diretório Zonal - PT Centro e no Instituto Lula", lembrou.

FHC diz que renúncia seria gesto de grandeza de Dilma

"Se a própria presidente não for capaz do gesto de grandeza, a renúncia ou a voz franca de que errou, e sabe apontar os caminhos da recuperação nacional, assistiremos à desarticulação crescente do governo", disse o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, ao comentar os protestos de ontem. Ele disse ainda que falta a "base moral, que foi corroída pelas falcatruas do lulopetismo" e voltou a atacar o ex-presidente Lula; 

- Com a metáfora do boneco vestido de presidiário, a presidente, mesmo que pessoalmente possa se salvaguardar, sofre contaminação dos malfeitos de seu patrono e vai perdendo condições de governar.

FHC afirmou ainda que o governo, "embora legal, é ilegítmo".

Na prática, o ex-presidente sugeriu que Dilma rasga sua própria biografia ao tentar salvar o prontuário do patrono. 

Serra diz que o povo quer a renúncia de Dilma e avisa: "A crise é econômica, moral e política"

Serra: " Se o fator militar na política hoje fosse semelhante ao que era no período 1946/64, estaríamos tendo perturbações gravíssimas"

Em entrevista ao jornal Valor desta segunda-feira, o senador José Serra (PSDB-SP) prevê aprofundamento da crise econômica e considera fruto de "flutuações intersemanais" o aparente alívio à presidente Dilma Rousseff, na semana passada, após movimentos do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).

Ex-governador de São Paulo e duas vezes candidato à Presidência, Serra diz que disputar pela terceira vez não faz parte de suas "cogitações de hoje".

A seguir, os principais trechos da entrevista ao Valor:

Valor: Qual a avaliação da crise?
José Serra: Ela tem uma particularidade interessante se comparada, por exemplo, com a de 1964 e a do Chile, de 1973, que desembocaram em golpes militares. Eu vivi as duas experiências. Politicamente, esses países estavam divididos quase meio a meio. Antes de cair, Jango, numa pesquisa do Ibope, tinha mais de 40% de popularidade. O presidente chileno, Salvador Allende, seis meses antes de ser derrubado, tinha obtido 42% dos votos nas eleições parlamentares. A particularidade da situação brasileira de hoje é que praticamente não há divisão. A esmagadora maioria do povo é contra o governo. A rejeição [ruim e péssimo] é mais de 70% e o ótimo e bom, um décimo disso.
Valor: Governo mais fraco que os outros, alvos de golpe?
Serra: Uma grande conquista da democracia pós-85 foi o desaparecimento do fator militar na política. Eu não tenho dúvida de que, se o fator militar na política hoje fosse semelhante ao que era no período 1946/64, estaríamos tendo perturbações gravíssimas nessa área, tal é a fraqueza do governo, e tal a combinação de crise econômica, política e moral. Não estamos tendo perturbação militar e não vamos ter. Isso deve ser comemorado.
Valor: Embora há setores que defendam intervenção.
Serra: São mínimos. Tudo o que os comandos militares não querem é interferir na política, descumprir a Constituição.
Valor: A economia explica a rejeição?
Serra: É a fraqueza do governo. Temos crises econômica, política e moral. O governo é incapaz de enfrentar com um mínimo de eficiência os transtornos da economia, fazer articulação política eficiente com Congresso e partidos. E deve suportar a desintegração do lulopetismo, de cujo ventre nasceu. Ao contrário do que se imagina, o governo está muito ativo na economia, só que de forma errada.
Valor: Como?
Serra: Primeiro, na fixação de metas irrealistas no plano fiscal. Segundo, grande ativismo na política monetária, cujo propósito consistente é derrubar a atividade econômica e elevar o desemprego, com suposta finalidade de conter expectativas sobre a inflação futura e comprazer as agências de risco internacionais. Os aumentos de juros são a demonstração mais clara.
Valor: Principalmente o último?
Serra: Você eleva juros quando tem atividade econômica aquecida, inflação de demanda e crise do balanço de pagamentos. Nenhum desses fatores está presente. Pelo contrário. Mesmo assim, o juro básico da economia foi aumentado em meio ponto, a um custo de R$ 7,5 bilhões anuais. Vai derrubar mais a atividade econômica e aumentar desemprego, relação dívida bruta-PIB e déficit público, que vai chegar a 8,4% do PIB até o fim do ano. Os juros explicam a quase totalidade desse valor.
Valor: É o que chama de 'política de ajuste que aprofunda o desajuste'?
Serra: É. Política ativa e burra. E olhe que a meta do Banco Central e da Fazenda, sempre anunciada e nunca cumprida, é a de estabilizar a relação dívida-PIB. Estão fazendo o oposto. A insanidade da política monetária-cambial e sua vocação para elevar os gastos públicos se revela com clareza na questão dos swaps. O Brasil tem US$ 350 bilhões de reservas, que custam caríssimo, e o governo, em vez de usá-las, faz operações com dólar futuro, para amenizar perdas dos investidores privados, que acham que o dólar vai continuar subindo. Mas não há nenhum motivo econômico objetivo para o câmbio explodir, fora a especulação propriamente dita e a ansiedade pela não existência de governo.
Valor: O que deveria ser feito?
Serra: Se tem gente achando que o dólar vai chegar a R$ 4 a R$ 5, vende. Vamos parar de vender dólar futuro, em operações cujo prejuízo neste ano, contabilizado como dívida do Tesouro Nacional, foi de R$ 57 bilhões, superior aos resultados que se pretendia obter em matéria de melhora das finanças públicas. Isso mesmo: R$ 57 bilhões a mais de déficit público, por causa de política errada.
Valor: A crítica é focada no Banco Central?
Serra: É na área econômico-financeira. A responsabilidade é do governo. O Banco Central é do governo, não é uma filial do Vaticano. A descoordenação entre Fazenda e BC vem do governo.
"Houve um quase-pânico entre os empresários (...) No entanto a ameaça das bombas fiscais não acabou"
Valor: Qual a culpa do Congresso?
Serra: Com relação ao ajuste fiscal, a frustração da meta é responsabilidade do Executivo, que fixou meta sem saber os números do ano passado e supôs que a receita tributária cresceria 7,5% real em 2015. Só no primeiro semestre deste ano ela caiu 4,5%. O Congresso ainda não votou o projeto da reoneração de tributos sobre as empresas e diminuiu os cortes em seguro desemprego, pensões e abono salarial. Isso não passa de 25% do que se queria. Ou seja: as medidas que o governo elaborou para obter maior ajuste fiscal representavam R$ 135 bilhões e somente R$ 32 bilhões dependem do Congresso.
Valor: E as "bombas fiscais"?
Serra: Existem e podem pôr a perder o futuro do Brasil, mas não afetaram a conjuntura do governo. Até agora, exceto o fim do fator previdenciário, cujo efeito é a longo prazo, nenhuma estourou. Mas criam maior pessimismo para os próximos anos. Se tudo for aprovado, o futuro será vítima deste presente de irresponsabilidade fiscal.
Valor: Empresários vieram a Brasília atuar contra a pauta-bomba. O medo é grande?
Serra: Houve um quase-pânico entre os empresários diante da questão desses artefatos. Não porque afetariam todos diretamente. O sistema financeiro tem tido rentabilidade altíssima, em função da política monetária do governo. Mas tem grande ansiedade com relação ao médio e ao longo prazos. O que dizer, então, dos setores empresariais que já não vão bem? Dentro do Congresso também cresceu a preocupação. No entanto, a ameaça das bombas fiscais não acabou. Até agora, nenhuma foi desativada.
Valor: E podem ser usadas para desgastar o governo?
Serra: Isso não pode ser analisado em termos do que é bom e do que é ruim para Dilma. Não é necessário fazer bombas fiscais no país para que o governo se desgaste mais. O que preocupa são as consequências futuras. Dinheiro não nasce em árvore nem é clara de ovo, que você vai batendo e fazendo crescer. Não entro na discussão da justiça de cada medida, mas há impossibilidades econômicas e dificuldades estatísticas de medir a implicação de todas. Na maior parte dos países, o Congresso é populista do ponto de vista fiscal. O fator de equilíbrio tem que ser puxado pelo Executivo.
Valor: O que não acontece hoje?
Serra: Não, devido à fragilidade do governo e à ideologia do lulopetismo. E tem presente aquilo que chamei, desde a constituinte, de 'Fuce', 'frente única contra o erário', que pega todos os partidos, de esquerda e direita. A 'Fuce' se fortaleceu recentemente, porque, vamos ter claro: aquilo que se chama de direita, no Brasil, é tudo menos austera. E a esquerda apenas pensa que é esquerda, mas é porta-voz de corporações, em geral alheias às grandes massas do povo. E o PT nunca foi partido de esquerda. Sempre foi um partido de corporações organizadas e fortes.
Valor: Com governo fraco, a 'Fuce' se fortalece?
Serra: É a maior da história. Paralelamente, as finanças dos governos estaduais e municipais estão esfrangalhadas, devido à queda de receitas; e os serviços sociais se deterioram sem parar. Há também um círculo vicioso. Nos fins de semana, os parlamentares ouvem falar muito mal do governo nos seus redutos. Os da base voltam descolados dela e os que não são, estimulados a fazer oposição mais aguerrida, às vezes exagerando no 'quanto pior, melhor'.
Valor: É o que acontece hoje?
Serra: Mas não é só isso. O PT não tem o que dizer a respeito do Brasil. O governo Lula deu grande impulso à desindustrialização, sobretudo a partir da crise internacional de 2008. A nossa indústria regrediu, em matéria de peso na economia, aos anos 40. E o governo, o que está fazendo? Tem alguma política, mesmo difícil de implantar? Não há rumo. Como no país de Alice: se você não sabe para onde vai, todos os caminhos o levarão a lugar nenhum. É o que está acontecendo.
Valor: O governo termina o mandato?
Serra: Se alguém disser que sabe com certeza o que vai acontecer neste ano, está por fora. A principal característica da situação atual são as incertezas. Mas é fácil saber que governo fraco como esse, sem capacidade de iniciativa, só fará com que a crise se aprofunde no futuro próximo. Claro que, em economia, há o fenômeno dos ciclos. Quando a coisa vai muito mal, depois de um tempo há desaceleração da queda, alguma reativação. Mas não vejo uma retomada do crescimento de verdade.
Valor: Na crise do governo Collor, o senhor defendeu a renúncia como melhor solução.
Serra: Sim, dei a entrevista no final de junho de 1992. Collor não tinha partido. Dilma tem. Ele não tinha base formal de sustentação. Agora, [a presidente] tem. Ele era um 'lone ranger' -cavaleiro solitário. Quando dei aquela entrevista, faltavam evidências que nas semanas seguintes iriam comprometê-lo pessoalmente. Curiosamente, durante o seu governo o Congresso não armou bombas fiscais, apesar de ele ter minoria. Na época, eu era líder do PSDB na Câmara e Fernando Henrique, no Senado. E influenciamos muito no sentido de que não se fizessem coisas que iriam comprometer o futuro.
Valor: Prevendo o futuro?
Serra: Como se tivéssemos bola de cristal, porque, na época, ninguém sonhava que Fernando Henrique iria ser ministro da Fazenda e presidente. Mas me lembro que, quando Eduardo Jorge e José Genoino eram líderes do PT, mesmo quando seu partido propunha loucuras, eles diziam ter consciência disso e, no fundo, não faziam muita questão de que as bombas explodissem, pois tinham expectativa de pegar o governo nas eleições de 1994.
"Temer aceitou um verdadeiro abacaxi, que é essa coordenação política do governo junto ao Congresso"
Valor: A crise era menos grave, por ser focada no presidente?
Serra: Era. Hoje não. A presidente Dilma vai junto com uma estratégia política, partidária e governamental - o lulopetismo, que naufraga. Se você perguntasse reservadamente para o Lula se o lulopetismo naufragou, creio que até ele diria que sim.
Valor: Agora não considera a renúncia a melhor solução?
Serra: A renúncia é prerrogativa da Dilma. E, ao que tudo indica, pelo que ela tem reiterado numerosas vezes, não cogita de renunciar. Mas não tenho dúvida que a esmagadora maioria do país gostaria que ela renunciasse.
Valor: O senhor tem conversado com o vice-presidente, Michel Temer, sobre uma saída da crise?
Serra: Veja, não vejo o Temer há mais de um mês, mas é óbvio que falamos sobre política. Não cabe a mim dizer o que Michel pensa, mas, em nenhum momento, diga-se, o senti conspirando contra a presidente. Aliás, aceitou um verdadeiro abacaxi, que é essa coordenação política do governo junto ao Congresso. Uma das tarefas mais ingratas que alguém poderia ter.
Valor: Há acordo possível?
Serra: O ocupante de nenhum outro cargo tem a capacidade de assumir o papel do presidente da República, porque não detém suas prerrogativas, suas possibilidades. A presidente é quem tem a caneta, mas não sabe o que fazer com ela. Ela terceirizou a articulação política, o comando da economia e a definição da agenda. Terceirizou o trabalho de ser presidente. Depende da boa vontade alheia para tocar o governo. As instituições começam a derreter e suas áreas fronteiriças tendem a se misturar, causando confusão. É como se ninguém soubesse mais qual é o papel de quem e responsabilidades e limites de cada um.
Valor: O Senado pode ajudar?
Serra: Em resumo, o problema todo da crise atual, política ou econômica, é o vácuo de poder na Presidência da República. Isso continua, com ou sem tentativas de entendimento com o Senado. É esse vácuo que alimenta as discussões sobre impeachment ou renúncia. Não tenho dúvida que o país gostaria que ela renunciasse. Mas não vai fazer isso.
Valor: Seu mandato tem alta taxa de sucesso. É campeão de propostas aprovadas. A parceria com o presidente do Senado, que comanda a pauta, ajuda?
Serra: Tenho tido um trabalho produtivo no Senado, como tive quando deputado e constituinte. Esse trabalho envolve, naturalmente, o presidente Renan, a Consultoria do Senado, que é muito boa, meu partido -que sempre me apoia-, os líderes de outros partidos, os presidentes de comissões e a maioria dos senadores. Quando há votação de projeto meu, visito colegas no seu gabinete, encontro-os no salão do café e vou de cadeira em cadeira, pedindo voto. Quando preciso de assinaturas para requerimento, peço-as pessoalmente. Trabalho bastante.
Valor: A "Agenda Brasil", com propostas para animar a economia, pode dar resultado?
Serra: Olha, [o efeito] é maior ou igual a zero. Não tem efeito negativo. Caberia ao governo trazer a agenda ao Congresso e não o contrário. Mas o governo é fraco e tem baixa capacidade de articulação. Claro que, na política, há sempre intenções por trás dos gestos e das conversas. Mas está se sofisticando demais a análise nesse caso.
Valor: A movimentação de Renan parece ter dado um alívio ao governo.
Serra: São as flutuações intersemanais, naturais na política.
Valor: Não acredita em melhora de fato?
Serra: Não estou torcendo para que não haja, mas, sinceramente, a chance me parece pequena.
Valor: O PSDB será a força mais forte em 2018? E os outros partidos?
Serra: Sem dúvida, o PSDB será um partido forte em 2018. Mas, francamente, a essa altura fazer um ranking de possíveis pesos dos diferentes partidos em 2018, é quase como especular o que tem do outro lado da lua.
Valor: Acredita em mudança grande do quadro?
Serra: Evidente. A crise é profunda. Há uma frase do Paul Valéry que vira e mexe me vem à cabeça: 'Le futur ne sera pas comme il était' - o futuro não será mais como ele era. Basta dizer que o lulopetismo está nos seus estertores, que o Brasil se desindustrializou, que as multidões vão às ruas sem o patrocínio de partidos, governos ou sindicatos. Alguém previa isso em 2010? A história é feita de excentricidades. O improvável comanda os grandes acontecimentos, as mudanças históricas.
Valor: Mantém a pretensão de disputar novamente a Presidência da República?
Serra: Hoje? Nenhuma. Não faz parte das minhas cogitações de hoje disputar ou não disputar. Estou concentrado no trabalho do Congresso e junto à sociedade. Nos projetos e na política. 2018 é longuíssimo prazo, acredite. Caraminholar com candidaturas, a esta altura, só atrapalha mais ainda a batalha para sairmos da crise.
Valor: Planeja propor adoção do parlamentarismo?

Serra: Defendo a implantação desse sistema a partir das eleições de 2018. Se há algo que está no programa do PSDB, é o parlamentarismo. Mas não se deve usá-lo para resolver crise imediata, como no episódio da renúncia de Jânio Quadros. Alguns dizem que hoje teríamos um parlamentarismo branco. Nada mais falso. O suposto triunvirato formado por Renan, [Eduardo] Cunha e Temer não substitui governo. Muito menos este, que parece perdido.

Carlos Araújo faz declarações escapistas e burras sobre a crise

A entrevita concedida hoje pelo ex-marido de Dilma e ex-deputado Carlos Araújo, é mais importante pelo que ele não diz do que pelo que ele diz.

Ao falar sobre a base de apoio da ex-mulher, eis o que ele demonstra:

- Ela tem uma aliança forte, que tem dado respaldo ao governo até hoje. Em momentos de crise política e econômica, as alianças sempre ficam abaladas. Normal. Eu vejo que, em relação a presidente da República, de uma semana para cá, houve manifestações da Fiesp, da Confederação Nacional da Indústria, do capital financeiro, representado sobretudo pelo presidente do Bradesco e de entidades da organização civil. Esse é um apelo nacional para que a gente saia dessa crise logo e retome o desenvolvimento brasileiro, que é o que interessa para o nosso povo.

É uma declaração escapista. 

Se o capital rentista é tudo o que resta de apoio para Dilma, é de se desconfiar da sua força política para enfrentar a crise. 

A crise econômica decorre da má gestão do dinheiro público e da política econômica equivocada, enquanto que a crise política é resultado da corrupção endêmica, da subversão latente e dos efeitos da crise econômica. 

Mas isto um homem como Carlos Araújo jamais reconhecerá, porque são problemas que vão além do seu conhecimento. 

Petrolão do PT - Juiz Sérgio Moro condena Cerveró, Fernando Baiano e Júlio Camargo


O juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba, condenou hoje o ex-diretor internacional da Petrobras Nestor Cerveró e o lobista Fernando Soares, o Fernando Baiano, por corrupção envolvendo a Petrobras na contratação de um navio-sonda para perfuração de óleo em águas profundas. As penas, por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, se referem a investigações feitas pela Operação Lava-Jato, que apura desvio de recursos na estatal de petróleo.

O contrato teria sido obtido pela empresa coreana Samsung mediante pagamento de propina de US$ 15 milhões. O valor teria sido dividido entre Cerveró, Baiano e o também lobista Júlio Camargo, que atuou como intermediário da Samsung.

Foi Camargo quem delatou o esquema, em colaboração premiada homologada pela Justiça.
MPF apresenta denúncia contra Cerveró e Fernando Baiano à Justiça

Cerveró foi condenado a 12 anos e três meses de reclusão. Baiano, a 16 anos e um mês de reclusão. Camargo, a 14 anos de reclusão - mas, como fez delação premiada e se comprometeu a devolver dinheiro à Justiça, teve sua pena reduzida para cinco anos de prisão, em regime aberto.

É a segunda condenação de Cerveró em seis meses. Ele foi condenado, em maio, a cinco anos de prisão, por lavagem de dinheiro na compra de um apartamento no Rio de Janeiro.

Cerveró e Baiano estão presos em Curitiba, por força da Operação Lava-Jato, e negociam delação premiada referente a outros processos nos quais são réus, todos relativos a corrupção na Petrobras.

O processo envolvendo Cerveró e Baiano ficou notório, recentemente, porque o delator Julio Camargo declarou que o deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ) - presidente da Câmara dos Deputados - também recebeu propina para ajudar no negócio das sondas. Ele teria recebido R$ 10 milhões. Como ele tem foro privilegiado, o juiz Sérgio Moro não apreciou essa parte da denúncia e focou nos réus sem foro, que é o caso de Cerveró, Baiano e Camargo.

Ministério Público inicia processo criminal contra o deputado Diógenes Bassegio.

O Ministério Público Estadual anunciará esta tarde o início de processo criminal contra o deputado estadual gaúcho Diógenes Bassegio, PDT.

Subcomissão pede cassação do deputado gaúcho Diógenes Bassegio, PDT

A subcomissão instalada no âmbito da Comissão de Ética da Assembléia do RS propôs esta manhã a cassação do deputado do PDT, Diógenes Bassegio, denunciado pela RBS TV pela prática de confisco de salários de CCs do seu gabinete e adulteração de quilometragens para efeito de ressarcimento.

O presidente da Comissão não submeteu a proposta a votação, já que concedeu prazo para que a defesa apresente novos argumentos.

A votação ocorrerá no dia 31.

Artigo, Igor Gielow, Folha - Enredos possíveis

A gestão Dilma-2, como já dito aqui, acabou antes de começar. Subsiste uma presidente, cujo partido se desintegrou sob o peso da corrupção, tirando fotos com claque a soldo e convivendo com o governo de fato do PMDB, que entrega a sua Agenda Brasil cheia de coisas inexequíveis, oportunidades de negócios e alguns pontos interessantes.

Algo pode até virar realidade, mas a agenda não passa de um McGuffin, um recurso narrativo típico dos filmes de Alfred Hitchcock destinado a esconder a verdadeira trama. Como a dinheirama roubada por Marion Crane, que domina o início de "Psicose" só para escamotear a história do "über-psicopata" Norman Bates.
 
No filme patrocinado por Lula para desarmar o impeachment de Dilma, cuja gestação encontrava-se adiantada, Renan Calheiros ganha algo a ser desvelado para travar tudo. Isso, somado ao respiro que Joaquim Levy ganhou da Moody's, deu um alento inesperado ao governo.

Para o público, vende-se uma reedição do parlamentarismo branco do primeiro semestre, desta vez com a chancela do Planalto. Só que falta combinar com a Câmara sob o vilão predileto de todos, Eduardo Cunha.

Mas o McGuffin pode também desviar a atenção de um enredo peemedebista que vislumbra a queda de Dilma. Se ela ganhou alguma sobrevida na semana, suas fragilidades continuam as mesmas, e a vocação do PMDB não sugere solidariedade.

A presença ostensiva de Romero "líder de qualquer governo" Jucá e das digitais de José Serra na Agenda é detalhe nada desprezível. O PMDB toca então barco, à espera de uma Lava Jato cada vez mais aguda, inclusive contra si, e talvez novidades nas apurações do TSE.

E há também os atos de rua deste domingo (16), quando será possível aferir se as manifestações da era da rede social têm musculatura para ultrapassar a categoria de "evento de Facebook" e influenciar de forma mais decisiva o debate.

Presidente da CEEE vai falar na Câmara Brasil-Alemanha sobre o mastodonte que comanda

O presidente da CEEE,. Paulo de Tarso, falará nesta quinta-feira ao meio dia na Câmara Brasil Alemanha, Porto Alegre.

O título da conversa é assustadoramente amplo (CECEEE e os desafios atuais do setor elétrico brasileiro) mas se o presidente falar só sobre as mazelas da estatal, a palestra  será suficientemente atraente.

No Plaza, 12h.

Mercado projeta recessão ainda maior para 2015

O mercado piorou inda mais sua previsão de desempenho da economia brasileira e agora estima recuo de 2,01% do PIB neste ano e de 0,15% em 2016.

É o que aponta pesquisa Focus do Banco Central divulgada nesta segunda-feira. 

Os economistas também fizeram um leve ajuste na projeção de inflação em 2016, para 5,44% (ante 5,43%), mas repetiram a previsão de 9,32% para este ano

Lula foi descanonizado nas manifestações de ontem

Os principais articulistas dos grandes jornais e sites brasileiros destacam nas suas edições de hoje o que eles chamam de descanonização de Lula.

O pai dos pobres ingressou finalmente na linha dos protestos públicos.

O boneco aí ao lado, erguido em Brasília, diz tudo.

Os manifestantes também ergueram faixas e cartazes com a imagem do juiz Sérgio Moro, o personagem mais festejado das passeatas.

É dele que se espera a palavra final sobre Lula.

Badesul toma prejuízos milionários com Iesa e Impsa, os dois maiores financiamentos da história do banco, obras do governo Tarso Genro, PT

A argentina Impsa, maior fabricante latinoamericano de aerogeradores para parques eólicos, aplicou calote de R$ 50 milhões no Badesul.

O dinheiro do financiamento saiu em 2012, no governo Tarso Genro, PT.

A Impsa entrou em fase de recuperação judicial na Argentina. O Badesul tem tentado receber o dinheiro de volta, mas sem sucesso, o que quer dizer que terá que levar o prejuízo ao seu balanço.

Aliás, terá que fazer isto junto com os R$ 45 milhões que o governo Tarso Genro também enfiou na moribunda Iesa, Pólo Naval do Jacuí.

Impsa iria fabricar aerogeradores para parques eólicos em Guaíba

O grupo argentino Impsa escolheu o Rio Grande do Sul para instalar sua segunda fábrica de aerogeradores no Brasil em 2012, no município de Guaíba, investimento de R$ 87,5 milhões.  O anúncio foi feito pelo vice-presidente executivo da empresa, José Luis Menghini, foi de que seriam gerados 350 empregos diretos. De acordo com Menghini, as vantagens logísticas foram decisivas para o projeto de produzir 220 aerogeradores anualmente no RS. "Foi a melhor forma de reduzir custos de logística da operação da companhia, pois o Estado conta com incentivos e políticas sólidas de desenvolvimento. O Governo do Estado nos ajudou muito a concluir os nossos estudos", afirmou.

Foi mais uma "conquista" do governo Tarso Genro, do mesmo gênero da unidade da Iesa, que fechou em Charqueadas, no Pólo Naval do Jacuí.

A Impsa entrou em crise depois que a Eletrobrás negou-se a pagar R$ 1 bilhão por turbinas que recebeu e a fábrica de Guaíba não saiu e nem sairá.

Leia nota a seguir que explica que a Impsa não recebeu dinheiro da Petrobrás porque se negou a pagar propinas. 

O Badesul, que financiou tudo, não recebeu seu dinheiro de volta.

 A unidade seria construída pela controlada Impsa Wind ainda em 2012, e deveria entrar em operação em 2013.

Dono da Impsa, o empresário argentino Enrique Pestarmona diz que Impsa levou calote da Eletrobrás por não pagar propina

A reportagem a seguir foi copidescada pelo site www.veja.com.br, com base em entrevista do O empresário argentino Enrique Pescarmona, dono do conglomerado argentino Impsa, que disse ao jornal argentino Perfil que sua empresa foi a única que parou de receber pelos contratos com a Eletrobras entre as demais fornecedoras da estatal. Ao afirmar que jamais pagou propina à empresa de energia do governo, o empresário sinaliza que foi por isso que parou de receber. Pescarmona ganhou no último mês, em primeira instância, o direito de receber 1 bilhão de reais referentes a pagamentos atrasados da Eletrobras, para quem a Impsa fornecia turbinas.

Leia tudo:

Segundo Pescarmona, todas as empresas citadas na Lava Jato recebiam em dia da Eletrobras. "Não nos pagaram por três anos. Além disso, quiseram rompar o contrato, mesmo já firmado, e nos impor uma multa de 4 bilhões de reais. Investimos 1,5 bilhão de reais no Brasil e queriam nos multar em 4 bilhões", diz o empresário, natural da região de Mendoza. O empresário afirmou ainda que, ao cobrar a Eletrobras, foi aconselhado pelos executivos da estatal a recorrer à Justiça. "Ir à Justiça significa que deixamos de cobrar três anos a energia, e isso nos matou. Nos custou pelo menos 250 milhões de dólares", afirmou.
A Impsa se instalou no Brasil a partir de 2001, com a intenção de criar parques eólicos. A empresa investiu mais de 1 bilhão de dólares (sendo 300 milhões de dólares em capital próprio) para financiar a empreitada nos Estados de Pernambuco e Santa Catarina. Em 2010, a companhia, que no Brasil leva o nome de Wind Power Energia, firmou um contrato para fornecer turbinas ao consórcio Norte Energia, que ergue a usina de Belo Monte. O calote da Eletrobras fez com que a empresa argentina também postergasse o pagamento de dívidas com seus credores.
Sobre a derrocada dos negócios no Brasil, Pescarmona lamenta: "Sempre cometemos erros. O nosso foi ter uma percepção errada de um Brasil moderno e não nos demos conta de que um grupo de pessoas não poderia reverter essa situação".
Pescarmona evitou fazer acusações ao governo e às empresas citadas na Lava Jato - a Impsa, inclusive, é uma delas. Segundo informações colhidas pela Polícia Federal, em 2005, o embaixador brasileiro em Quito (Equador), Sergio Augusto Sobrinho, comemorou a ação de Lula e Néstor Kirchner em prol de uma um pedido da Odebrecht, que queria se associar à empresa de Pestarmona para conseguir um contrato público com o governo equatoriano.
O empresário foi questionado se tinha conhecimento que Valter Cardeal, ex-número 1 da Eletrobras e um dos homens de confiança de Dilma, era o elo que ligava o eletrolão ao petrolão, conforme reportagem de VEJA. Mas deu uma resposta evasiva: "É o que dizem".
Endividada no Brasil, a Impsa recentemente fez uma proposta a seus credores que surpreendeu pela 'sinceridade'. Nela, a empresa afirma que pode começar a liquidar seu endividamento de mais de 400 milhões de reais no Brasil apenas em 2055.


Clomissão de Ética da Assembléia do RS votará relatório sobre deputado Bassegio. Será as 10h30min.

Será votada esta manhã, 10h30min, o relatório da subcomissão que examinou o pedido de cassação do deputado estadual gaúcho Diógenes Bassegio, PDT.

O evento foi agendado para a Comissão de Ética da Assembléia do RS.

Não é certo qwue o deputado seja cassado, mas é certo que sofrerá algum tipo de suspensão, que poderá incluir suspensão do mandato.

Zacchia é o candidato mais forte ao comando do PMDB de Porto Alegre

Será dia 29 a convenção do PMDB de Porto Alegre. O candidato mais forte é o ex-deputado Luiz Fernando Zacchia.

A melhor reportagem sobre as manifestações de domingo foi do Fantástico

CLIQUE AQUI para examinar a irrepreensível e consistente reportagem do Fantástico, Rede Globo, sobre as manisfetações deste domingo. - 


As TVs abertas acompanharam com economia as manifestações deste domingo no Brasil, mas nas TVs fechadas a cobertura foi completa, como a da Globonews.

Os dois lados ficaram de olho grudado na Rede Globo.

Como já se esperava, a rede aberta não cobriu de cima os acontecimentos, o que quer dizer que não repetiu a ampla cobertura dos atos públicos de março e abril.

O jornal Folha de S. Paulo de ontem, informou neste domningo que durante a semana o próprio dono da Globo, Roberto Marinho, procurou os líderes das principais forças políticas do País para pedir moderação diante da crise. CLIQUE AQUI para examinar recorte do site Congresso em Foco sobre o mesmo assunto.


Artigo, Ferreira Gullar, Folha - Beco sem saída

CLIQUE AQUI para ver e ouvir, também, Beco sem Saída, Charlie Brown.- 


A primeira semana deste mês veio confirmar o ditado segundo o qual agosto é o mês do desgosto. Que o digam os petistas, a começar por José Dirceu, por Dilma e por Lula, que efetivamente não estão vivendo o melhor agosto de sua vida.

Sem exagero, tendo a acreditar que, em meio a tantos percalços, esta nova prisão de José Dirceu –e, sobretudo, as denúncias que a motivaram– foi um baque do qual, até agora, o petismo, em seus diferentes níveis, ainda não conseguiu se recuperar. E, creio eu, dificilmente o conseguirá.

É que José Dirceu, depois de Lula, é a figura mais importante do Partido dos Trabalhadores, como comprova a sua história política. Pois bem, as acusações vêm confirmar não apenas sua atuação decisiva no esquema de propinas vultuosas em favor do PT como em seu próprio benefício.

E não se trata de qualquer dinheiro, mas de milhões de reais. Com essa grana, comprou apartamento para a filha, adquiriu e mandou reformar imóveis de luxo.

Para a perplexidade da nação, ficou-se sabendo que, mesmo depois de preso em consequência do mensalão, continuou, de dentro da prisão, a administrar o recebimento e aplicação das propinas milionárias. Isso indica que ele não estava levando a sério a ação da justiça e que achava que logo, logo, estaria livre e impune.

Calculou mal, claro, mas não é isso que impressiona, e sim que aquele líder revolucionário, que enfrentou a ditadura militar e se dedicou à luta pelo socialismo, aliado de Fidel, tornou-se um corrupto, ladrão do dinheiro público.

Não surpreende a ninguém que ele se diga inocente. Mas Lula, Dilma e a direção do PT sabem muito bem que as acusações são procedentes e, tanto o sabem, que não vieram a público defendê-lo, como o fizeram no caso do mensalão. Muito pelo contrário, a direção do PT fugiu da imprensa e se reuniu secretamente para discutir o abacaxi e ver que decisão tomar.

Foi uma longa discussão. Se no mensalão ainda se sentiam à vontade para apresentá-lo como vítima de calúnias, precisamente pelo que significava como líder do PT, desta vez não se atreveram a tanto; pior ainda, sequer mencionaram-lhe o nome na nota que, por força das circunstâncias, tiveram de redigir e entregar à imprensa.

Não diria que, por essa omissão, tenha a nota causado surpresa, já que todos sabíamos o quanto seria difícil para a direção do partido pronunciar-se sobre essa nova prisão de José Dirceu, em face das graves acusações, que sabia verdadeiras. A nota do PT, de fato, cumpre uma única função: dar a entender que o partido nada tem a ver com as falcatruas de seu ex-presidente e um de seus líderes mais importantes.

Ela não causou espanto, mas pegou mal. Como pegou mal o silêncio de Lula sobre a prisão e as acusações sofridas por seu companheiro de vida política e partidária, seu braço direito quando exercia a função de presidente da República, na condição de ministro da Casa Civil.

Que pode significar esse silêncio da parte de Lula, senão o propósito de evitar que a desgraça do companheiro o contamine?

Dilma tampouco tocou no assunto. É como se nada houvesse acontecido, embora ela seja presidente, chefe de um governo do mesmo partido a que pertence José Dirceu. Como ela se diz inimiga da corrupção, poderia até, quem sabe, pedir que o expulsem do PT. Mas a coerência não é o seu forte.

De qualquer modo, ignorar o que acontece com José Dirceu, se é lamentável, era previsível, uma vez que, a cada dia, o cerco aperta em consequência de novas delações –e o desprestígio do governo atinge índices assustadores.

Isso com apenas sete meses da nova gestão. E sem perspectiva de melhorar, uma vez que a situação econômica se agrava e o governo perde o apoio de seus próprios aliados, que começam a abandonar o barco, mesmo porque novos acusados aderem à delação premiada, como é o caso de Renato Duque, homem de ligação do PT com o esquema de propinas de Petrobras.


Acredita-se que ele trará à Lava Jato informações só comparáveis às trazidas por Paulo Roberto Costa, e envolvendo diretamente os governos petistas e seu partido. Se se soma isso à ampla rejeição popular ao governo Dilma, pode-se admitir que a história do PT, como partido governante, parece chegar ao fim.

Artigo, Samuel Pessoa, Folha - Sobre o impeachment

Tínhamos no fim do ano passado três inconsistências: um regime desastroso de política econômica, que produziu forte desaceleração na atividade e a construção de desequilíbrios (inflacionário, externo e das contas públicas); o esgotamento de um contrato social que requer crescimento contínuo do gasto público além do crescimento da economia; a necessidade de nova rodada de medidas com vistas a elevar a eficiência da economia e estimular o crescimento, como a reforma dos impostos indiretos para reduzir o custo de observância da legislação tributária.

O ministro Levy abordou o primeiro item dessa pauta, pois encontra-se sob sua jurisdição. O resto depende do Congresso Nacional.

O impedimento da presidente Dilma não irá fazer aparecer 3% do PIB de superavit primário, não produzirá uma reforma previdenciária que mantenha o crescimento do gasto público nos limites dados pelo crescimento do produto nem criará as condições políticas para a aprovação das reformas estruturais necessárias à retomada do crescimento.

O exemplo exitoso do mandato tampão de Itamar sugere que podemos repetir a aposta. Sou cético.

O motivo de meu ceticismo é que os dilemas atuais apresentam economia política muito mais complexa do que a estabilização econômica. A complexidade do Plano Real era mais técnica do que política, apesar de os desafios de construção de consensos políticos serem sempre imensos, dadas as características de nossa sociedade e de nossas instituições políticas.

Parece-me, portanto, que dificilmente Temer ou quem quer que venha ocupar aquela cadeira terá as condições de tocar o governo. A campanha eleitoral, que somente discutiu legados, retira hoje legitimidade de qualquer governo.

A melhor saída que há à manutenção da presidente zumbi por mais três anos seria renúncia de toda a chapa, da presidente e do vice, para que um novo processo eleitoral fosse convocado e os partidos apresentassem candidaturas.

Um processo eleitoral competitivo, em que os partidos conversassem abertamente com a sociedade sobre nossos dilemas, dificuldades e possíveis caminhos, poderia pavimentar a construção de consensos políticos para viabilizar saídas para as duas inconsistências que impedem, mesmo após completarmos o ajustamento cíclico, a retomada do crescimento.

Essa saída, porém, teria que derivar de ato voluntário da atual chapa no poder, e não a ela imposto.

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Na coluna anterior abordei o esforço que houve em 2005, liderado pelo Ipea e por políticos da situação e da oposição, além dos ministros Palocci e Paulo Bernardo, com vistas à construção de um limitador ao crescimento do gasto público.

Glauco Arbix, à época presidente do Ipea e um dos líderes da iniciativa, e o atento leitor Ney José Pereira notaram erro que cometi no texto da coluna.

A hoje presidente Dilma, que abortou a iniciativa em entrevista no dia 9 de novembro de 2009 ao jornal o "Estado de S. Paulo", quando qualificou o ajuste de "rudimentar", já deixara o Ministério de Minas e Energia e encontrava-se na Casa Civil.

Aos dois agradeço a atenção. Os interessados encontrarão no blog de Mansueto Almeida (https://mansu

eto.wordpress.com/), em post do dia 13, o link para o texto do Ipea que acabou não vindo a público, além da entrevista ao "Estado de S. Paulo" da então ministra da Casa Civil.

Funcionários do Executivo decretarão greve nesta terça-feira no RS

Será amanhã, 14h, no Largo Glênio Peres, Porto Alegre, a assembléia do funcionalismo público estadual.

A assembléia é dos funcionários do Poder Executivo, porque os servidores do Legislativo, Judiciário, Tribunal de Contas e Ministério Público recebem seus salários em dia.

O indicativo é de greve por três dias.

O funcionalismo quer receber seus salários em dia e exige que o governo retire os projetos de previdência e desmonte de estatais que mandou para a Assembléia.

Segunda será dia de sol, calor e poucas nuvens no RS

A segunda-feira começou (7h43min) com céu azul, poucas nuvens e sol difuso em Porto Alegre, mas existem muitas nuvens cobrindo o Rio Grande do Sul. O ingresso de ar mais quente do Norte pressiona a instabilidade para o Sul do Estado, o que fará com que a chuva atue em cidades do Sul e do Oeste. Nas demais regiões haverá diminuição da nebulosidade com a presença do sol e acentuado aquecimento. É o caso de Porto Alegre. 

Cidades da Metade Norte, o que inclui a Capital,  que nesse domingo experimentaram um dia ameno,  voltam a conviver com o calor. 
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