Vários meios de
comunicação evidenciam engajamento num trabalho que visa a alterar a percepção
e afetar o discernimento do leitor. No Estadão do dia 24/06, um artigo bem
típico, indaga: “Há uma luz promissora no horizonte? Claro que não. Sejamos
realistas porque o contexto atual é kafkiano. Não se trata de uma fábrica de
crises, mas de uma usina de desvarios”... E, mais adiante conclui que nada de
bom pode acontecer, restando-nos a longa espera pelo “fim da atual
administração”. Mas como? Aos seis meses de mandato? “Usina de desvarios” ante
um governo consciente de suas responsabilidades, após sucessivas gestões de
Lula e Dilma?
Claro que há um estresse muito grande e incômodo na
política nacional. Não esqueçamos, porém, que ele entrou na cena pelas mãos, pés
e voz do Partido dos Trabalhadores, seguido de seus anexos e movimentos
sociais, numa prática política centrada na desqualificação moral dos
adversários. Sou testemunha viva e atenta disso.
(...)
Pois há, então, quem sinta saudade disso, da corrupção,
das “articulações” de Lula e das “habilidades” de Dilma. Há gosto para tudo
Parte da imprensa brasileira ainda não percebeu: quanto
mais atacar a Lava Jato e o juiz Sérgio Moro, quanto maior relevo der à
atividade criminosa dos hackers a serviço dos corruptos (bandidos sob ordens de
bandidos), quanto mais ansiar pelo silêncio das redes sociais, quanto mais
desestimular e minimizar as manifestações de rua, mais estará reforçando, aos
olhos de muitos, a obrigação cívica de proteger aqueles por quem se mobiliza. É
tiro no pé.
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