- O autor é economista e auditor-fiscal da secretaria da Fazenda do RS.
A dívida estadual é um assunto propício às afirmações inverídicas e, até mesmo, à demagogia, porque desperta aquele sentimento arraigado de que os culpados por nossas mazelas sãos os outros.
A dívida estadual crescia exponencialmente, ao multiplicar-se por 27, em 28 anos, entre 1970 e 1998, período em que os déficits primários (sem a dívida) foram 15% receita líquida, ao ano. A sua maior expansão ocorreu na década de 1990, quando os juros cresceram 23% ao ano, em termos reais.
Em 1998 houve o acordo geral, quando a União assumiu quase toda a dívida estadual, financiando-a em 30 anos, com juros de 6% ao ano mais IGP-Di, que na ocasião crescera igual ao IPCA, 1,7%.
Como as prestações ficariam muito altas, foi estipulado o pagamento de 13% da chamada receita líquida real, deixando-se de pagar as prestações de cinco operações anteriores (art.5º do contrato) e parte da Operação Proes, que saneou o Banrisul.. Ficaram sem pagar, então, 28%, em média, das prestações, formando resíduos, que deixaram de existir somente em 2013. Para complicar, o IGP-DI cresceu 35% acima do IPCA.
Em 2016. o governo Sartori conseguiu o primeiro acordo de renegociação desde o primeiro contrato, que reduziu os juros para 4%, alterou o indexador para IPCA e dilatou o prazo por 20 anos.
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