A economia do governo federal com a revisão de benefícios
previdenciários por incapacidade pode superar os R$ 6 bilhões previstos
inicialmente pela equipe do presidente Michel Temer. Uma experiência pioneira
feita pelo INSS em Jundiaí, no interior de São Paulo, resultou na reversão de
metade dos benefícios desse tipo. Já o cálculo feito pela equipe econômica
considerou uma estimativa com base em parâmetros bem mais baixos de reversão:
20% dos auxílios-doença acima de dois anos e 5% das aposentadorias por
invalidez.
As informações são todas do jornal O Estado de S. Paulo de hoje. Leia mais:
Os segurados do Instituto Nacional do Seguro Social
(INSS) que vão precisar passar pela revisão dos benefícios começam a receber as
correspondências de convocação nesta semana. A primeira leva é de 534 mil
pessoas que recebem o auxílio-doença, sendo 530 mil decorrentes de decisões
judiciais. A estimativa é que a economia com esse primeiro público – com base
na estimativa conservadora – será de R$ 1,5 bilhão aos cofres públicos por ano.
Em seguida, no segundo grupo, devem ser convocados 1,1
milhão de aposentados por invalidez com menos de 60 anos. Só depois o governo
deve fazer um pente-fino no Benefício da Prestação Continuada da Lei Orgânica
da Assistência Social.
A revisão dos benefícios por incapacidade foi uma das
primeiras medidas de economia para os cofres públicos anunciadas pela equipe de
Temer. Com base na adesão de 2,5 mil dos 4,2 mil médicos peritos ao programa de
revisão, o INSS teria capacidade para fazer 10 mil perícias extraordinárias por
dia para queimar o estoque em dois meses e meio.