O modo sorrateiro de editar notícias, puxando a brasa para sua própria sardinha, é típico do jornalismo que esconde parte da informação para confirmar só o que lhe interessa obter como resultado.
É o caso do que tem feito jornalões como Zero Hora, O Globo, Estadão e Folha, apenas para citar alguns casos.
Na edição de hoje, a jornalista Rosane Oliveira faz exatamente isto, ao abrir generoso espaço (quase meia página) para falar sobre as ofensas que a senadora Kátia Abreu fez, ontem, ao chanceler Eduardo Araújo.
"Refrescando a memória", é o título da nota. Nela, Oiveira repete a ofensa de Kátia, quando ela disse que o chanceler "sujou a imagem internacional do Brasil", incomodada porque Araújo falou mal da China. O governo brasileiro atual está ideológica e politicamente em oposição à ditadura comunista chinesa, mas mantém relações diplomáticas e comerciais soberanas com a China.
Apenas para refrescar a memória:
- Rosane Oliveira não lembra do depoimento feito pelo ex-ministro, acusando a senadora de fazer lobby escrachado pela Huawei, durante jantar que teve com ele - lobby denunciado publicamente e confirmado ontem.