A foto aso lado é de Zero Hora. É o retrato das estradas estaduais não pedagiadas, que deveriam estar em manutenção, já que o governo estadual se acha capaz de fazer isto melhor do que as concessionárias. Em estradas sob concessão, isto não se vê. Zero Hora comprova, também, na reportagem de domingo, que em quilometragem de estradas asfaltadas na comparação com a malha total, o RS está em último lugar e perde até para a paupérrima Alagoas. Há 40 anos o governo estadual não duplica uma só rodovia. Assim, o que esperar de um governo que não faz, mas que agora teima em assumir estradas que são bem administradas, pedagiadas, sim, como são pedagiadas as tres rodovias em poder do Daer e que nem se comparam com as demais, privadas. Tarifas altas ? Ora, renegocie-se em novas bases. Mas nem isto este governo que não faz quer tentar. Sua única vontade é destruir o que já existe, criar novas estatais, contratar centenas de companheirinhos e arrecadar para enfiar no caixa único do Estado, onde o dinheiro some em meio a um festival de ineficiência.
* Clipping de Zero Hora
.cigana@zerohora.com.br e humberto.trezzi@zerohora.com.br
Qual é o Estado com menor percentual de estradas
pavimentadas em relação à sua malha total? Não é Roraima, que tem o menor PIB
do país. Nem a paupérrima Alagoas, com o mais baixo Índice de Desenvolvimento
Humano (IDH). O campeão em carência de asfalto, acredite, é o Rio Grande do
Sul, a quarta unidade mais rica da federação.
Apenas 7,2% das rodovias gaúchas — estaduais, federais e
vicinais — são pavimentadas. Isso é bem menos do que a média brasileira, de
quase 13 quilômetros asfaltados em cada cem, conforme dados consolidados de
2012 do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit). Ou seja,
os gaúchos figuram na lanterna em um país que já está longe de ser um exemplo.
Pelo contrário. O percentual nacional de 13% coloca o Brasil em último lugar em
pavimentação entre as 20 maiores economias do mundo.
A agonia das estradas gaúchas é fruto de uma série de
fatores encadeados. Alguns são locais, como as finanças combalidas do Palácio
Piratini. A incapacidade de encontrar um modelo para o capital privado ajudar
na criação da infraestrutura necessária à impulsão do desenvolvimento e à queda
nos acidentes também é uma das razões da herança cruel legada aos gaúchos.