O comício na Salton, Bento.
Apressado, indócil, com fogo nos cascos, o governador
Tarso Genro mostrou no primeiro dia do seu roteiro de interiorização que usará
a viagem a 13 municípios, 12 governados pela oposição, para antecipar a disputa
eleitoral do ano que vem, fazendo campanha eleitoral antecipada, totalmente financiada com recursos públicos.
. Logo de cara, usando as instalações de uma empresa
privada, a Vinícola, ele desafiou a oposição, falando como candidato e não como governador:
— Queremos que nos desafiem a fazer comparações do nosso
trabalho, não só com os quatro anos do governo anterior, mas com os últimos
oito também.
. Sempre falando sobre o que ainda vai fazer e não sobre
o que fez, Tarso Genro continuou seu discurso palanqueiro preferido.
- Destaco o volume de investimentos, o financiamento de
empresas com verba do sistema financeiro gaúcho, a realização de obras viárias
e os recursos aplicados na área da saúde, que deverão dobrar em relação à
gestão passada. O Estado está sendo colocado no “lugar que merece” devido a um
conjunto de fatores.
— Vamos crescer o dobro do que o Brasil neste ano.
. Como claramente isto não se deve ao seu governo, porque
em caso contrário a recessão de menos 0,9% do ano passado seria também obra
sua, ele concedeu o seguinte:
- Isso não se deve a um partido ou governo específico,
mas a uma convergência técnica e política.
. A oposição assiste o início da campanha eleitoral sem
esboçar reação alguma, mas no PMDB já existem forças que planejam fazer sua
própria caravana de interiorização, seguindo as mesmas rotas organizadas pelo
Piratini.