Na foto, René Dotti censurando o advogado de Lula em audiência presidida por Moro.
Os jornalistas Ricardo Brandt, enviado especial a Curitiba, e Fausto
Macedo, produziram a entrevista que o Estadão de hoje publica. Leia tudo:
O criminalista, jurista e professor René Dotti, hoje conduz a banca de assistentes
de acusação do Ministério Público Federal (MPF) nas ações da Lava Jato,
contratado pela Petrobrás. Seu papel é processar, com a força-tarefa,
corruptores e corruptos.
A caminho dos 83 anos, Dotti se revela um defensor das
delações premiadas – apesar de não fazê-las –, critica o ministro Gilmar
Mendes, do Supremo, pelas declarações sobre prisões preventivas e afirma que “a
Lava Jato interrompeu um golpe de Estado do PT”.
O senhor tem 50 anos como criminalista, já deve ter visto
de tudo. Algo o surpreendeu na Lava Jato?
Claro. É uma revolução copérnica na criminalidade do
País. Porque, embora houvesse isso antes, nunca houve uma investigação desse
tipo, nunca houve um Judiciário federal com essa disposição, como o doutor
Sérgio Moro. A Lava Jato, no meu entendimento, interrompeu um golpe de Estado.
Um golpe de Estado sem violência. O PT ia fazer um golpe de Estado na medida em
que estava corrompendo grande parte do Congresso e colocando gente no Supremo
Tribunal Federal para ter uma continuidade de poder, um projeto de poder. O que
o PT fez, não a parte de corrupção, a parte de organização, foi pensando em
tomar o Estado. De que maneira? Defendendo uma doutrina que é comum ao
interesse público, que era a da ética. O PT sempre chamou os jovens. Reunia
religiosos, reunia jovens, estendia em outras camadas. O PT dominou muito bem,
e por isso teve o poder. E isso seria o golpe de Estado.
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