CLIQUE AQUI para examinar a análise da atual diretoria sobre as medidas voluntaristas tomadas por Dilma. O documento, exclusivo, mostra o que fará a CEEE para tentar escapar da falência.
Na edição de ontem, o editor já tinha postado material exclusivo com uma análise devastadora da atual diretoria da CEEE, que apontou os prejuízos bilionários causados à companhia pela ação voluntarista de Dilma Roussef ao forçar as elétricas a um acerto maluco sobre suas concessões, com o intuito de reduzir tarifas elétricas de qualquer modo. Agora, quem fala é a Eletrobrás, cujo balanço (leia abaixo) registra o maior prejuízo enfrentado pela estatal em toda a sua história. O material a seguir foi editado pelo site www.brasil247.com.br, com reportagem da Agência Brasil.
Segundo José da Costa, o saldo da empresa foi
"severamente impactado" pelos lançamentos decorrentes da nova lei do
setor, que prevê prorrogação das concessões elétricas; para reverter o
prejuízo, ele defendeu a redução dos gastos, a reestruturação dos processos
empresarias e a otimização dos esforços entre as empresas
Luciene Cruz
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O presidente da Eletrobras, José da Costa,
culpou a Lei 12.783/13 pelo resultado negativo da empresa em 2012, que teve
prejuízo de R$ 6,8 bilhões. Segundo ele, o saldo foi "severamente
impactado" pelos lançamentos decorrentes da nova lei, que prevê
prorrogação das concessões elétricas.
Para reverter o prejuízo, ele defendeu a redução dos
gastos, a reestruturação dos processos empresarias e a otimização dos esforços
entre as empresas. "Nossa história está aí para mostrar que os desafios
são também uma importante fonte de energia. E os [desafios] que enfrentamos
agora nos servirão, certamente, para acelerar as melhorias que já vínhamos
perseguindo, na construção de uma empresa cada vez mais eficiente e de um
Brasil cada vez mais sustentável", assegurou.
Segundo os cálculos da estatal, sem os efeitos da lei, o
resultado consolidado seria positivo em R$ 3,2 bilhões, no ano passado. Além
disso, caso não fossem computados alguns fatores não recorrentes, como a usina
de Jirau, que teve atrasos nas obras e não entrou em operação, o lucro seria R$
5,9 bilhões em 2012. "Na operação normal do ano, a perfomance foi
relativamente boa. Se não [fosse] a nova lei, teríamos tido lucro", disse
o presidente da estatal.
Mesmo com o resultado negativo, Costa acredita que devido
as desafios enfrentados no ano passado, a companhia deve primar pela eficiência
e "procurar, dentro do espaço legal, reverter todas as provisões
regulatórias".
O presidente destacou que em 2012, foram
investidos R$ 9,9 bilhões, dos quais R$ 5,3 bilhões em geração, R$ 3 bilhões em
transmissão, R$ 1 bilhão em distribuição e R$ 600 milhões em pesquisa,
infraestrutura e qualidade ambiental. Segundo dados apresentados pela
Eletrobras, a estatal agregou 712 megawatts em geração de energia e 900
quilômetros de linhas de transmissão