Encontro no dia 7 de maio com o Senhor Gilson César
Pereira Braga, Superintendente Nacional de Loterias da Caixa Econômica
Federal, revelou que minha intuição estava correta. Na conversa, mostrei-lhe
números que pareciam surreais: um apostador que ganhou 550 vezes na loteria,
outro que ganhou 327 vezes, ou – o mais incrível de todos – um cidadão
agraciado com 107 prêmios da loteria, em sete modalidades diferentes, em
vários estados da Federação e no mesmo dia! Diante desses absurdos, ouvi do
superintendente uma resposta que, francamente, jamais poderia imaginar receber:
Ou eles têm muita sorte, ou fazem muitos jogos.
Ainda insisti, com perplexidade, em confirmar se esses
dados seriam verdadeiros. Sim, são verdadeiros, as suas informações estão
corretas, respondeu o Senhor Gilson Braga. Cabe notar, fato que deixei claro na
conversa, que o cálculo matemático encomendado por mim aponta que a
probabilidade de uma pessoa ganhar na loteria, jogando três cartões toda
semana, é de uma vez em 400 anos. Não é, portanto, razoável acreditar que
pessoas tivessem vencido prêmios mais de 500 vezes!
. Apesar de demonstrar segurança e de afirmar que as
Loterias da CEF são submetidas a rigorosos critérios de controle, o
Superintende de Loterias não me convenceu. Acho que nem a mim, nem a milhões
de brasileiros que fazem todos os dias suas apostas nas Loterias da Caixa. De
acordo com dados da própria instituição, retirados da publicação A Sorte
em Números 2012, só no ano passado o volume de vendas das Loterias Federais –
considerando todas as dez modalidades – totalizou R$ 10,49 bilhões, os quais
representaram a possibilidade de realização dos sonhos de milhares de
apostadores.
. Por essa razão, além de enviar requerimentos de
informação ao COAF – Conselho de Controle de Atividades Financeiras e à
própria Caixa Econômica Federal, vamos mobilizar o maior número de
assinaturas para instalar, com urgência, na Câmara Federal, a CPI das
Loterias da Caixa.
É melhor investigar que acreditar em tanta sorte!