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Acaba de ser preso, na Itália, o executivo Giuseppe Orsi,
presidente da empresa Finmeccanica, uma gigante da área de defesa. O motivo:
corrupção internacional na venda de fragatas. Nas investigações, foi também
citado o ex-ministro Nelson Jobim, da Defesa, numa negociação de 5 bilhões de
euros para renovação de equipamentos de Marinha, que envolveria uma comissão
ilegal de 550 milhões de euros; Jobim diz que o negócio não saiu por
"razões fiscais"
247 - Um escândalo de proporções gigantescas, que
envolve o segundo maior grupo industrial da Itália, a Finmeccanica, da área de
Defesa, pode desaguar no Brasil. Foi preso, nesta terça-feira, o executivo
Giuseppe Orsi, presidente do grupo, acusado de comandar um esquema de corrupção
internacional na venda de fragatas e outras embarcações militares para as
marinhas de países em desenvolvimento.
A determinação do juiz Bruno Arsizio ocorreu depois da
comprovação do pagamento de propina a oficiais do governo indiano para a venda
de 12 navios. No curso das investigações, no entanto, o Brasil também foi
citado. Segundo uma testemunha, o projeto ProSuper, da Marinha brasileira, que
previa a compra de várias fragatas italianas, envolvia o pagamento de uma
propina de 550 milhões de euros (mais de R$ 1,2 bilhão) – e ex-ministro Nelson
Jobim, da Defesa, foi citado como um dos beneficiários.
A propina corresponderia a 11% da encomenda total,
avaliada em 5 bilhões de euros. A testemunha que envolveu Jobim no caso é
Claudio Scajola, um ex-ministro do governo Berlusconi. “É verdade que encontrei
o ministro da Defesa, Jobim. Na Itália, havia crise e tentei vender as
embarcações. Era meu dever ajudar”, afirmou Scajola. Jobim, no entanto, nega
que tenha havido qualquer tipo de negociação ilícita. “Nunca chegamos a falar
de um tema como esse”, afirmou ao jornal italiano La Stampa. “Não sei o
que fizeram os italianos. Só sei que o projeto ProSuper, que previa a aquisição
por parte da Marinha brasileira de fragatas com a transferência de tecnologia,
foi cancelado por questões fiscais. Além disso, os italianos tinham de
encontrar um parceiro brasileiro e não conseguiram.”
LEIA AQUI, a notícia de hoje do Corriere dela Sera
sobre a prisão do presidente da Finmeccanica, e, abaixo, a primeira notícia, do
247, sobre o envolvimento de Jobim no caso
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