No sentido relógio, a jornalista, a capa de BrazilcomZ, FHC e o jornalista Mário Sérgio Conti.
Passados 30 anos, a jornalista Miriam Dutra, ex-Globo, resolveu quebrar o
silêncio em relação a seu caso extraconjugal com o ex-presidente Fernando
Henrique Cardoso.
Ao mesmo tempo em que
qualifica FHC como uma pessoa sorrateira e manipuladora, Miriam também aponta
os bastidores da blindagem midiática em torno do caso.
Antes da disputa presidencial de 1994, quando FHC se
elegeu presidente pela primeira vez, vários veículos de comunicação
investigaram a história do filho extraconjugal do então candidato tucano. Mas
nada foi publicado.
Ao falar do famoso exame de DNA, que teria dado resultado
negativo, ela diz que foi o próprio FHC quem divulgou: "Ele divulgou! E
isso me prejudicou muito. É o estilo dele: fazer tudo sorrateiramente e posar
de bom moço". Ela desmente a história de que, mesmo o filho não sendo de
Fernando Henrique, o ex-presidente teria decidido assumi-lo. "O Tomas
nunca teve pai, nunca foi reconhecido", afirma. "Se falarem...
provem! Porque eu nunca vi nenhum documento. Essa história de que veio aqui em
Madri é tudo mentira!".
Questionada sobre o episódio em que FHC teria ido até os
Estados Unidos se encontrar com Tomas para um segundo teste, ela responde:
"Eu acho que é mentira, porque eu só vi um documento, mas todo mundo pode
enganar com um DNA". Miriam diz ainda que nunca proibiu que se fizesse o
exame de DNA. "Ao contrário, eu sempre incentivei que fizesse, que tivesse
contado, essa coisa toda". Outra importante revelação feita pela
jornalista é a de que FHC, segundo ela, a forçou dar uma entrevista à revista
Veja: "Me obrigou a dar uma entrevista pra Veja dizendo que o pai do meu
filho era um biólogo. Foi Fernando Henrique com Mário Sérgio Conde (Mário
Sérgio Conti, hoje na Globonews)".
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