Eleição será a previsível disputa entre Serra e Dilma

OPINIÃO DO LEITOR

Ao ler este artigo em que Fernando Rodrigues, Folha, hoje, comenta o embretamento da sucessão de Lula em uma escolha entre Serra e Dilma e lamenta a falta de “alternativas renovadoras, que dessem novo impulso ao país”, brotou uma pergunta a vocês, militares, como eu: o que foi feito nestes últimos vinte anos para gerar uma alternativa renovadora, que desse novo impulso ao país?
Passamos esse tempo olhando só para trás. Afastamo-nos do debate porque não tratamos de nos articular e consolidar uma representatividade. Porque insistimos em nos posicionar onde sabidamente somos fracos, na arena política do parlamento.
Quais as alternativas renovadoras que geramos nestes vinte anos?
Tivéssemos tirado os olhos do retrovisor e pensado no futuro, seguramente teríamos hoje uma “alternativa renovadora que desse um impulso ao país” para oferecer ao eleitorado porque massa crítica não nos falta. Muito pelo contrário. Péricles da Cunha, Porto Alegre, RS.


Um país previsível


FERNANDO RODRIGUES

BRASÍLIA - Passado o Carnaval, entrará em rápido processo de consolidação a tese da inevitabilidade das candidaturas de José Serra (PSDB) e de Dilma Rousseff (PT).Faltam 19 meses para a eleição presidencial, mas esse cenário previsível parece cada vez mais imutável.Desde o retorno à democracia, em 1985, a política brasileira tem sido incapaz de produzir grandes novidades positivas e longevas. O PT injetaria oxigênio no sistema. Virou um partido tradicional do establishment. Aliou-se ao Democratas (ex-PFL) na escolha dos presidentes da Câmara, Michel Temer, e do Senado, José Sarney.José Serra, 66 anos, e Dilma Rousseff, 61 anos, são dois candidatos respeitáveis para um país como o Brasil. Mas talvez não preencham a demanda completa dos eleitores.Para comprovar, bastaria uma pesquisa simples nos portões dos sambódromos do Rio e de São Paulo.O pesquisador mostraria as fotos de Serra e de Dilma. Identificaria os retratos e indagaria: "Você considera essas duas opções suficientes para a eleição presidencial ou gostaria de ter alternativas renovadoras, que dessem novo impulso ao país?".A resposta seria óbvia, a favor de mais nomes na disputa. Mas esse mesmo eleitor certamente não fará nada para buscar um possível Obama brasileiro.Há um trauma no Brasil por causa da última saída novidadeira. Em 1989, o jovem Collor foi eleito. Em 1992, sofreu impeachment.Tudo somado, o Brasil se tornou um país convencional na política. Medroso, sem coragem de inovar. É um caminho de coerência histórica.A Independência e a República foram concertações da elite e não fruto de grandes conflitos nem de amplo desejo da população.Além do mais, há o Carnaval. Todas as transgressões são reservadas para esta semana. Depois, o brasileiro sabe se comportar e votar nos políticos de sempre.
frodriguesbsb@uol.com.br

Saiba como votarão os Partidos no caso da anistia aos professores

O PMDB será o Partido da base aliada do governo estadual que sairá mais dividido na votação do veto à emenda que anistiou professores públicos grevistas do RS.

. O Partido tem nove deputados, mas votarão contra o governo que apóia os deputados Alberto Oliveira e Nelson Harter.

- As outras baixas: PTB, Cassiá Carpes / PP, Miki Breier / DEM, Paulo Borges e Mano Changes. No PPS e no PSDB ninguém trairá o governo que apoiam.

- PT, PSB e PC do B votarão unidos contra o governo.

Extratos de banco já estão no processo Salazar x Pont x Bohn Gass

Banrisul e Unibanco já entregaram ao juiz da 9ª. Vara Criminal de Porto Alegre os extratos das contas correntes do ex-tesoureiro da DS, Paulo Salazar, que ajuizou ação contra os deputados Raul Pont, Ervino Bohn Gass e o PT. Salazar alega que os dois deputados confiscaram parte do salário que recebia na Assembléia, que levantava notas frias para prestação de contas e que além disto Pont, Bohn Gass e o PT lavavam dinheiro através das suas contas. A DS, que mascara a sua condição através de uma ONG intitulada Em Tempo, no dia 23 de setembro de 2005, reconheceu o vínculo empregatício de Salazar, concordou na 23a. Vara da Justiça do Trabalho de Porto Alegre que sonegou os recolhimentos do INSS e FGTS, e acertou um acordo trabalhista com seu ex-tesoureiro, pagando-lhe o que devia de indenização. O editor tem cópia de todo o processo (00686-2005-028-04-00-5).

. O juiz Mauro Gonçalves mandou os dois bancos entregarem os extratos que vão de agosto de 1999 a fevereiro de 2005. Isto já ocorreu.

. A ação leva o número 001/1.08.0196557-1.

- O delegado da 2ª. Delegacia de Polícia de Canoas, que investiga o assassinato da principal testemunha de acusação contra Pont e Bohn Gass, Mauro Kruger, disse ao editor que não tem prazo para terminar o inquérito.

Conheça melhor o negócio de R$ 1,5 da P-55 conquistada por Rio Grande

A Queiroz Galvão nem fez muita alaúza sobre a conquista do contrato de R$ 1,5 bilhão para construir a plataforma oceânica de exploração de petróleo P-55 em Rio Grande. Já começaram os preparativos para a instalação do canteiro de obras do chamado ERG 1, no dique seco que a W. Torre constrói e entregará para a Petrobrás em abril. Serão gerados 1.500 empregos diretos. A construção sairá ao longo de 18 meses.

. O casco da P-55 que está sendo feito em SUAPE não chega aqui no RS em março. Se continuarem no ritmo que estão, poderá chegar no final de 2009 ou até mesmo no meio de 2010.

- As notícias do final do ano passado davam conta do cancelamento do contrato da P-55, mas ele foi apenas suspenso para readequação de preços.

Queiroz Galvão atrai
outra plataforma de R$ 1,5 bi para o RS

Além da P-55, a Queiroz Galvão, que agora toca os negócios sem os sócios que tinha na Quip (a Quip construiu a P-53), também ficou com o contrato da P-63.

Saiba como a Kepler Weber saiu da crise e retomou a liderança do mercado

Em pouco mais de um ano, o ex-presidente da Vale do Rio Doce, Anastácio Fernandes Filho, renegociou as dívidas com os credores, sobretudo com os bancos, comandou um exitoso processo de recapitalização e recolocou a Kepler Weber, de Panambi, RS, no caminho das vendas e lucros em alta. Mais do que isto: a empresa voltou a liderar o mercado, com fatia igual a 51%. Os fundos (Previ, Aerus, Serpros) que controlavam 70% do capital há apenas três anos, reduziram sua participação para 30%. A dívida de R$ 400 milhões caiu para r$ 150 milhões e está quase toda concentrada no BNDES (longo prazo).

. Desde que saiu da Vale, há dez anos, Anastácio Fernandes Filho especializou-se em extrair empresas problemáticas do fundo do poço. Ele é mineiro, casado, três filhos, engenheiro eletricista e pós-graduado em administração e finanças.

. A Kepler Weber é o maior fabricante brasileiro de silos (60%), secadores (30%), implementos e equipamentos de limpeza (10%). A empresa tem uma fábrica em Panambi, outra em Campo Grande e uma terceira em Bauru, mas neste caso de Bauru a produção é de tanques de leite e ordenhadeiras mecânicas. No total, são 1.050 empregados. Não houve demissões. “E nem haverá”, avisou o presidente Anastácio Fernandes Filho. Dependendo da safra, o número de empregados varia, o que não tem nada a ver com a crise econômica global atual.

. O editor almoçou com Fernandes Filho em Porto Alegre. Estava junto o jornalista Miron Neto, que trabalha com a Kepler Weber.

. Em 2007, o balanço geral da empresa acusou vendas de R$ 170 milhões. Os números de 2008 ainda não saíram do forno e além disto Anastácio Fernandes Filho não quer abrir o que já sabe, porque a CVM pode criar problemas para as ações negociadas na Bolsa de SP. De qualquer modo, os números dos três primeiros trimestres do ano passado, que são conhecidos, informam que o faturamento foi a R$ 230 milhões. Caso a progressão seja a mesma para o quarto trimestre, o editor desta página imagina que o faturamento poderá ir a mais de R$ 300 milhões. Um resultado surpreendente sobre o ano anterior.

. “Teremos lucro em 2008”, avisou o presidente da Kepler Weber.

. A produção da empresa gaúcha não é colocada apenas no Brasil. É que 30% vão para mercados diversos da América Latina. A idéia do presidente é diversificar, porque ele quer ampliar a fatia e escapar dos altos e baixos que ocorrem nos mercados do continente. Uma primeira incursão está sendo feita na Ucrânia. E-mail:
anastacio.fernandes@kepler.com.br Site: www.kepler.com.br

Aliado do PT e de Maria do Rosário procura Fogaça para oferecer apoio

Aliado da deputada Maria do Rosário e do PT nas eleições para prefeito de Porto Alegre, no ano passado, o PRB ofereceu neste final de semana o apoio do Partido ao prefeito José Fogaça.

. O vereador Waldir Canal, do PRB, que se elegeu na coligação liderada pelo PT, procurou Fogaça na tarde desta sexta-feira, em companhia do vereador Valter Nagelstein,do PMDB. O prefeito Fogaça manifestou o desejo de ter o PRB dentre os partidos que compõem a sua base e o vereador Waldir Canal anuiu e expressou igual desejo. Se tudo avançar, o governo municipal passará a ter 26 vereadores na sua base de sustentação, sendo que o PRB concorreu em aliança com o PT na última eleição.

Tarso manda Polícia Federal atender 412 municípios do RS

Anote estas três informações a seguir e veja como o ministro Tarso Genro, candidato a governador do RS pelo PT, não está brincando em serviço: 1) ele já levou a Polícia Federal para 412 municípios do RS (isto corresponde a 95% do total de municípios do Estado), percentagem que nem de longe ocorre com Estados mais importantes como São Paulo, Rio e Minas. 2) dos 2.570 novos agentes, Tarso destacou 176 para apenas tres municípios do RS, Bagé, Esteio e Tabaí. 3) o ministro da Justiça visita o RS praticamente todas as semanas.

. Como se sabe, a campanha eleitoral no RS e no Brasil já começou.
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