A Polícia Federal prendeu na manhã na manhã desta sexta-feira o empresário Dario Galvão, presidente da empreiteira Galvão Engenharia. A prisão
preventiva de Dario Galvão foi decretada pelo juiz Sergio Moro, que conduz
todas as ações penais da Operação Lava Jato. A PF executa, pelo menos, outros
dois mandados de prisão.
A notícia é da Agência Estado. Leia tudo:
A Galvão Engenharia é uma das 16 empreiteiras alvo da
investigação sobre propinas, corrupção e carteilização na Petrobrás.
Na última quarta-feira (25), a Galvão protocolou no Rio
de Janeiro pedido de recuperação judicial, alegando dificuldades financeiras
por causa de inadimplência, inclusive da Petrobrás. Um dos executivos da
empreiteira, Erton Medeiros, está preso desde novembro.
Nos últimos dias, dois empreiteiros fizeram revelações à
força tarefa da Lava Jato, acerca do envolvimento de outros empresários. Um
deles é Gerson Almada, da Engevix Engenharia. O outro é o empreiteiro Ricardo
Pessoa, da UTC Engenharia.
O site Consultor Jurídico informou, também, que a Galvão Engenharia e a Galvão
Participações apresentaram, nesta quarta-feira (25/3), à Justiça do Estado do
Rio de Janeiro pedido de recuperação judicial. Alvos da operação “lava jato”,
as empresas apontam que a condição financeira da Galvão Engenharia foi agravada
pela inadimplência de alguns de seus principais clientes, dentre os quais, a
Petrobras. “A companhia estatal não honrou pagamentos de serviços adicionais
executados, por ela solicitados e atestados”, diz a companhia, em nota. O
problema reflete na Galvão Participações.
Na operação “lava jato”, o diretor da Galvão Engenharia,
Erton Medeiros Fonseca, foi preso. Além disso, a companhia foi proibida de
contratar com a Petrobras, por decisão administrativa da própria petroleira.
O Grupo Galvão declara que “sempre esteve à disposição
das autoridades para colaborar com as investigações” e que “jamais participou
de qualquer tipo de suposto ‘cartel’ de empresas em prejuízo dos interesses de
seus clientes”.
Busca polêmica
Uma das grandes polêmicas envolvendo o processo da “lava
jato” diz respeito à Galvão Engenharia e à Galvão Participações. A Polícia
Federal estendeu um mandado direcionado à Galvão Engenharia para a holding do
grupo, cuja sede fica 17 andares acima da empresa.
A Galvão Participações funciona no 19º andar de um prédio
em São Paulo e alegava que teve bens apreendidos sem autorização da Justiça,
pois a PF aproveitou um mandado de busca que era destinado à Galvão Engenharia,
localizada no 2º andar. O juiz responsável pelo processo, Sergio Moro, afirmou
que a atitude da PF foi correta e aponta que havia autorizado a entrada em mais
de um pavimento. No entanto, em dezembro de 2014, o Supremo Tribunal Federal
declarou nulas provas colhidas em empresa diferente da que consta no mandado de
busca e apreensão, ainda que no mesmo prédio.