Foi proposital a enxurrada de queixumes de naturezas diversas feitas pelo novo secretário da Fazenda, misturando contas diferentes para embaralhar sua principal preocupação: atacar as afirmativas do governo tucano de que tinha alcançado o déficit zero no RS. Sobre o déficit do ano passado, o que é claro nas contas do novo secretário, admito pelo anterior: o déficit de 2010 não foi zero. É que ele foi de R$ 150 milhões. Longe de ser dramático, este déficit corresponde a tres dias iniciais de arrecadação. Mas até que o secretário pegou leve e evitou adjetivos. Quem queria ver sangue, acabou vendo somente algumas escoriações. Tonnolier disse que talvez haja déficit este ano (R$ 550 milhões). É possível. Basta que seu governador continue promovendo anistias e aumentando salários na casa dos tres dígitos percentuais, como acabou de fazer. As denúncia do secretário da Fazenda do governo do sr. Tarso Genro, Odir Tonnolier, sobre os saques do caixa único, não resistem a qualquer análise técnica.
. Disse o sr. Odir: " Ao contrário do que disse o governo anterior, que o Rio Grande do Sul começaria o ano com R$ 3,6 bilhões em caixa, o que encontramos é um Estado com caixa negativo em R$ 4,6 bilhões e um déficit de R$ 150 milhões em 2010. Em 3 de janeiro, o saldo no caixa do Rio Grande do Sul era literalmente zero". O secretário sabe bem que os saques são cumulativos e grande parte do "rombo" foi formado pelo próprio PT no governo, se é que se pode chamar assim o governo do sr. Olívio Dutra, que terminou sua administração sem dinheiro para pagar o 13o salário, valor que lhe alcançou o prsidente FHC em troca de estradas que o PT entregou-lhe de mão beijada. Estas tabelas a seguir, vão em valores correntes e corrigidos. Elas são incontestáveis e desconstróem a retórica falsa do novo governo.
Tabela 8.1 - Resgates do Sistema de Caixa Único - SIAC
Em valores correntes
ANO/ VALOR/ GOVERNO/ %/ SACOU/ VAR.%
1999 767.307.404 100,0
2000 1.040.328.202 135,6 35,6%
2001 1.351.828.202 176,2 29,9%
2002 1.728.728.202 OLÍVIO 225,3 1.728.728.202 27,9%
2003 1.663.319.366 216,8 -3,8%
2004 2.335.000.000 304,3 40,4%
2005 2.729.600.000 355,7 16,9%
2006 3.242.116.272 RIGOTTO 422,5 1.513.388.070 18,8%
2007 4.736.916.272 617,3 46,1%
2008 4.636.916.272 604,3 -2,1%
2009 4.636.916.272 YEDA 604,3 1.394.800.000 -
Fonte: Balanços do Estado.
Nota: O saldo de 2009 permanece em setembro/2010.
Tabela 8.2 - Resgates do Sistema de Caixa Único - SIAC
Em valores atualizados para 2009 pelo IPCA
ANO/ VALOR/ % /SACOU/ Relativo
1999 1.488.546.456 100,0
2000 1.885.386.853 126,7
2001 2.293.064.476 154,0
2002 2.703.903.987 OLÍVIO 181,6 2.703.903.987 100,0%]
2003 2.267.881.131 152,4
2004 2.986.660.045 200,6
2005 3.266.961.285 219,5
2006 3.724.548.517 RIGOTTO 250,2 1.738.582.709 64,3%
2007 5.250.597.420 352,7
2008 4.863.571.091 326,7
2009 4.636.916.272 YEDA 311,5 1.394.800.000 51,6%
Fonte: Balanços do Estado.
- O déficit de R$ 150 milhões de que falou o secretário Odir Tonollier é contábil, mas não é financeiro. Ele decorre do fato de ter havido realização de despesa paga com recursos apurados em outros exercício. No caso, foi a utilização do produto da venda das ações do Banrisul (2007) que foram inicialmente destinados á previdência. Da mesma forma, a realização de despesa com recursos do caixa único também gera déficit. Quanto aos restos a pagar, todo governo paga os de seu antecessor e deixa os seus para o seu sucessor. Para um governo pagar os dois, necessitaria fazer um superávit tal que inviabilizaria saus realizações. Isso sempre foi assim. So não é quando o PT recebe governos, mas quando deixa. valem inclusive despesa sem registro, como ficou patente em 2002: mais de um bilhão, conforme Parecer Prévio do TCE.
- O déficit de R$ 150 milhões de que falou o secretário Odir Tonollier é contábil, mas não é financeiro. Ele decorre do fato de ter havido realização de despesa paga com recursos apurados em outros exercício. No caso, foi a utilização do produto da venda das ações do Banrisul (2007) que foram inicialmente destinados á previdência. Da mesma forma, a realização de despesa com recursos do caixa único também gera déficit. Quanto aos restos a pagar, todo governo paga os de seu antecessor e deixa os seus para o seu sucessor. Para um governo pagar os dois, necessitaria fazer um superávit tal que inviabilizaria saus realizações. Isso sempre foi assim. So não é quando o PT recebe governos, mas quando deixa. valem inclusive despesa sem registro, como ficou patente em 2002: mais de um bilhão, conforme Parecer Prévio do TCE.