2020, o ano do tempo emprestado 2020 vai ficar conhecido como o ano do tempo adiado. Casamentos, comemorações de aniversário, premières de filmes, festivais de música, cinema e tecnologia que não migraram para Zoom e Teamsforam postergados na expectativa do dia em que tudo voltar ao normal.
Outros, cancelados, devem mudar completamente o formato, porque vem aí uma nova ordem, que romperá definitivamente com o modo de viver antigo. Esses 70 dias –e os muitos que ainda virão –seriam apenas um intervalo entre o velho normal e o que vem depois.
Tempo adiado é o nome de um poema da austríaca IngeborgBachmann, nascida no entreguerras. Na tradução em inglês, o poema ganha o nome de “tempo emprestado”.
Vivemos num tempo emprestado. Em momento raro na história, temos a chance de nos adaptar antes do tempo, como pessoas, consumidores, marcas, empresas e formadores de opinião.
A ponte entre os abraços dos dias melhores e o horizonte desconhecido ainda não está construída. Cabe a nós definir qual será essa nova ordem, e se os dias que vêm pela frente serão melhores