A indústria calçadista brasileira já perde 1% de postos de trabalho por mês. Foram 7,.7% entre janeiro e maio. São dados do IBGE. O vetor é de queda.
Embora só falte o anúncio oficial, já é certo que a
economia brasileira entrou em recessão, o que ocorre sempre que por dois
trimestres seguidos o PIB trabalhe abaixo de zero.
. A desaceleração econômica é evidente até mesmo nas
ruas, onde a própria quantidade de carros em circulação já é menor.
. Sem poder ampliar e até mesmo segurar seus custos
variáveis, as empresas buscam reduzir o quadro de pessoal.
. Trabalhadores sobretudo da indústria estão sendo
demitidos ou submetidos a políticas flexíveis de administração de recursos
humanos.
. Em Novo Hamburgo, a Abicalçados,que representa as
indústrias de calçados do Brasil, confirmou que propôs a flexibilização da
jornada de trabalho para evitar demissões imediatas.
. Os números recolhidos pela Abicalçados são de que o
comércio calçadista vendeu 2,5% menos em junho,no comparatibvo com o mesmo
mes de 2013. No acumulado do semestre, a queda é de 0,7%. Isto significa que
toda a cadeia calçadista é atingida, inclusive a indústria, que recebe menos
encomendas.
. Em entrevista ao jornal NH de hoje, Heitor Klein,
presidente executivo da Abicalçados, explica o problema:
- Mantidas as condições atuais de inflação alta e
endividamento dos consumidores, a tendência é de quedas maiores até o final de
ano.
. A entidade recomenda a adoção de medidas urgentes,
começando pela redução da jornada de trabalho. A proposta em exame pelo governo
é de que as indústrias paguem menos e o governo cubra a diferença com dinheiro
do FAT.