Maria do Rosário mobilizará a Comissão Nacional da Verdade e os peritos da Polícia Federal para atender os pedidos da família e checar quem matou Celso Daniel, como faz com Jango?
Bruno Daniel, um dos irmãos de Celso, assassinado há 12 anos, afirma que, no dia
da Missa de Sétimo Dia, Gilberto Carvalho, hoje secretário-geral da Presidência
do governo Dilma, confessou que levava dinheiro do esquema montado na
Prefeitura para a direção do PT. Carvalho disse que chegou a entregar
R$ 1,2 milhão ao então presidente do partido, José Dirceu. Bruno e sua família acabaram se exilando na França, onde receberam o estatuto oficial de “exilados”. Eles achavam que o PT queria assassiná-los. Francisco, o outro irmão, também teve de se mandar. Eles não aceitam a tese de
que o irmão foi vítima de crime comum. O ressentimento de Bruno – ele e a mulher eram militantes
do PT – com o partido é grande. Ele acusa os petistas de terem feito pressão
para que a morte fosse considerada crime comum.
Na entrevista concedida ao repórter Robson Bonin, Veja deste final de semana, o delegado Romeu Tuma Júnior conta que a morte do então prefeito de Santo André Celso Daniel "foi um
crime de encomenda", como denuncia a família e como acusa o Ministério Público e que, como "delegado da área onde o crime
ocorreu", à época, acabou ouvindo uma "confissão" do ministro
Gilberto Carvalho sobre a prática de desvios da prefeitura do município do ABC
Paulista para campanhas políticas do Partido dos Trabalhadores. No livro que lançará nos próximos 15 dias, "Assassinato de Reputação", Tuma Júnior escreve:
- Quando saiu aquela história de que havia desvios na
prefeitura, eu, na maior boa fé, procurei a família dele (de Celso Daniel) para
levar um conforto. Fui dizer a eles que o Celso nunca desviou um centavo para o
bolso dele, e que todo recurso que arrecadávamos eu levava para o Zé Dirceu,
pois era para ajudar o partido nas eleições.
. À Veja, Romeu Tuma Júnior dispara ainda contra outros petistas, como o ex-ministro da Justiça Tarso Genro, hoje governador do Rio Grande do Sul, o ex-presidente Lula e o ex-ministro José Dirceu.Tuma diz que, no livro, conta tudo "em detalhes, com nomes, datas e documentos", para "revelar o motivo de terem me tirado da função, por meio de ataque cerrado à minha reputação, o que foi feito de forma sórdida"
. Ao saber das novas acusações, Gilberto Carvalho emitiu nota na secretaria Geral da Presidência:
"Repudio as acusações absolutamente falsas do senhor
Romeu Tuma Júnior. Vou processá-lo imediatamente, para que ele responda na
Justiça pelas calúnias que fez contra mim.
CLIQUE AQUI para ler "Promotor diz que Celso Daniel foi morto porque sabia demais". A reportagem é do portal Terra.