A editora-chefe do jornal estatal cubano 'Granma', Mairelys Cuevas Gómez, está em Miami e pediu asilo às autoridades americanas, divulgou nesta sexta-feira o site 'Café Fuerte' - página na web mantida por exilados cubanos com foco em notícias de Cuba e de Miami. Ainda segundo o site, Mairelys, de 27 anos, chegou no domingo passado aos EUA após atravessar a fronteira com o México, aonde estava em viagem como convidada para participar de um evento.
A jovem negou entrevista ao site. A publicação divulgou o testemunho de um ex-companheiro de Mairelys sobre o impacto que fuga teve no país. O 'Café Fuerte' também publicou declarações de uma amiga da jornalista que vive em Miami – ela diz que Mairelys tem um namorado na cidade americana.
A conhecida blogueira e jornalista Yoani Sánchez desejou sorte a Mairelys Cuevas pela rede social Twitter – a intenção foi expressa “ainda que [Mairelys] tenha feito parte aqui [em Cuba] do monopólio informativo que nos silencia e agride”, disse a militante.
Onda - A deserção da jornalista do Granma se soma a uma onda de fugas de jovens integrantes da imprensa oficial durante o último ano. Em agosto, Luis López Viera, chefe da seção esportiva do diário Juventud Rebelde, pediu asilo político em Londres, onde acompanhava a delegação cubana na Olimpíada.
Daniel Benítez, ex-funcionário da Agência Cubana de Notícias (ACN), chegou a Miami em julho passado. Em outubro de 2011, os jornalistas Daniel Anaya, do Instituto Nacional de Deportes (INDER), e Damián Delgado Averhoff, diretor da seção de esportes da revista Bohemia, desertaram quando estavam com a delegação cubana nos jogos Panamericanos de Guadalajara, México.