O secretário, cobrado, recuou, dizendo que estava brincando. O que ele disse, expressa o que quase toda a população pacífica brasileira também pensa e diz.
Na foto, a deputada Maria do Rosário, um dos políticos que ficou indignado com as declarações de Bruno Júlio. Como ela, também o Jornal Nacional manifestou repulsa. O JN dedicou 40% da sua edição de hoje para defender os bandidos e criticar as autoridades, sobretudo o ministro da Justiça, que não tem nada a ver com o caso, já que a responsabilidade pela segurança pública do Amazonas é do governo estadual.
Ao comentar a chacina que vitimou 56 presos no Complexo
Penitenciário Anísio Jobim, em Manaus, entre domingo e segunda-feira, o
secretário nacional da Juventude, Bruno Júlio (PMDB), afirmou que "tinha
era que matar mais". As informações são da coluna de Ilimar Franco,
do jornal O Globo.
Ainda segundo a publicação, o secretário também afirmou
que "tinha que fazer uma chacina por semana". Júlio utilizou a
chacina de Campinas, onde um homem matou sua ex-mulher, seu filho e mais 10
pessoas durante comemoração de Ano-Novo, para justificar sua declaração.
O secretário afirmou que fica triste ao ver a repercussão
que a morte dos presos teve no país. Segundo ele, "ninguém se importou com
as meninas que foram mortas em Campinas". Júlio também foi irônico ao
citar os apenados, usando termos como "coitadinhos" e "santinhos".
O governo federal, por meio de sua assessoria, afirmou
que o secretário foi cobrado sobre as declarações e que ele não tem autorização
para falar sobre o assunto e não expressa a opinião do governo.
De acordo com o
jornal O Globo, o secretário procurou a coluna para alegar que estava
"brincando".