A entrevista tem por título "Voz dissonante no partido, Tarso defende uma guinada à
esquerda". Diz a versão eletrõnica brasileira do jornal espanhol que visto como uma voz dissonante no Partido dos
Trabalhadores, o ex-ministro da Educação e da Justiça Tarso Genro é daqueles
políticos que não teme dizer o que pensa. Derrotado na tentativa de se reeleger
governador no Rio Grande do Sul, ele, ao contrário da maioria da legenda, já
defendeu refundar o PT. A proposta foi apresentada em 2006, após o escândalo do
mensalão, mas foi refutada. Agora, ele quer que o partido se vire, de fato, à
esquerda e rompa com o PMDB.
Em entrevista ao EL PAÍS, Genro disse que, sem um cargo
eletivo, o que lhe resta é voltar à atuação partidária. Ele avisou que não voltaria ao governo, mesmo se convidado por Dilma, mas Dilma nem sondou-o para nada.
A seguir, trechos editados para esta página. Ao final, link com a versão completa:
Pergunta. Como o PT deve agir neste segundo mandato da
Dilma?
Resposta. Precisamos agora mudar de atitude. É a hora de
desenvolver políticas públicas de maior coesão social e de redução drástica das
desigualdades sociais do país. O que mais emperra hoje o desenvolvimento do
país é o bloqueio da desigualdade.
P. Como dialogar melhor com uma base de sustentação com
partidos rachados, como por exemplo, o PMDB?
R. Essa é uma questão que está no centro da reforma
política. O PMDB é um partido fundamental no país depois da abertura
democrática e todo mundo governou com ele. Mas o PMDB está perdendo
gradativamente sua autoridade política por conta da fragmentação que ele tem e
pela forma que ele opera a sustentação dos governos, qualquer governo. O
Partido dos Trabalhadores tem de procurar aliados parciais em bancadas do
centro progressista e de esquerda e se preparar para que não dependa do PMDB para
um novo governo de esquerda governar a partir de 2018.
P. E esse novo governo de esquerda poderia ser encabeçado
por um candidato que não fosse do PT?
R. Sim, poderia ser.
P. Se fosse convidado, voltaria ao Governo Dilma?
R. Não volto. Acho que nem devo voltar. Sou um governador
que foi derrotado nas eleições e tenho de saber o tamanho da minha manguinha.
CLIQUE AQUI para ler tudo.