O anunciado para a chamada desse texto perece absurdo, mas é verdade.
As aulas nas escolas estaduais gaúchas estão retornando nos próximos dias, a maior parte das instituições recomeça na terça-feira, com várias mudanças administrativas.
Algumas têm sido criticadas por "especialistas", gente ligada às administrações petistas que vai à imprensa reclamar da "falta de diálogo".
Muitos dos sublevados com a medida integraram os governos petistas, dentro da secretaria de Educação, inclusive com o Tarso Genro que chegou a ter o pedido de prisão solicitado pelo sindicato dos professores em marcha pelas ruas. Em 2013, protestavam defronte ao Piratini e o governador permanecia encastelado, sem explicar porque defendeu em campanha, mas não pagou o Piso nacional. Naquele tempo, o salário dos docentes e servidores de escolas era o mais baixo do país.
Hoje, cada escola tem autonomia para definir de que forma avalia. É comum conceitos amplos e imprecisos como A, B, C e D, ou péssimo, bom, muito bom, excelente e assim por diante. Isso também ocorre em algumas instituições privadas, mas agora o Estado está normatizando tudo com notas de zero a dez.
Um levantamento do própria secretaria estadual identificou o número absurdo de conceitos utilizados sem padronização nas escolas da rede. Ano passado, houve 326 diferentes formas de avaliação. Parece que as escolas ainda podem usar conceitos para entregar boletim, mas as informações tabuladas e remetidas à secretaria precisam ser, obrigatoriamente, relatadas numa escala de zero a dez, sem invencionices e nomenclaturas vagas, esquerdices.