A revista Época que começou a circular, traz como reportagem de capa uma ampla reportagem sobre as articulações de Eduardo Cunha.
O presidente da Câmara negocia ao mesmo tempo com o governo e com a oposição.
Ele não teme Teori Zavascki e Rosa Weber, sequer Janot, todos agindo em favor do governo e do PT e tentando destrui-lo. Uma campanha seletiva sem paralelo.
Ele tem um trunfo nas mãos, um ás de ouro, e não blefa. Eduardo Cunha quer usá-lo para vencer, o que pode ocorrer com algum tipo de blindagem parlamentar, com apoio do PT, ou para atacar o coração do governo e do PT, com apoio da oposição.
Tudo é possível e nada está descartado.
Leia mais sobre o impeachment, a seguir.
Presidente do PT ataca: "Levy muda ou cai fora do governo". Ministro pode demitir-se a qualquer momento.
O presidente do Partido dos Trabalhadores, Rui Falcão,
fez hoje duras críticas à política econômica do ministro da Fazenda, Joaquim Levy:
- É preciso que se libere crédito para investimento, para consumo... é uma
forma de fazer a economia rodar... da mesma forma, é insustentável manter a
atual taxa de juros.
As críticas abertas do presidente do PT tornam insutentável a presença de Levy no cargo.[
Ele poderá se demitir a qualquer momento.
O ministro, que chegou a redigir carta de três laudas para pedir demissão na sexta, foi até Dilma, manteve com ela reunião de três horas e não resistiu aos apelos para permanecer no cargo, sob promessa de apoio firme ao ajuste fiscal.
Lula já vinha criticando Levy abertamente.
. Ruy Falcão, replicando o chefe do PT, avisou:
- Está errada a política de contenção
exagerada do crédito... precisamos devolver esperança à população".
Rui
disse ainda que Levy deve sair se não estiver disposto a mudar o rumo atual.
Artigo, Miriam Leitão, O Globo - A dúvida Levy
A grande dúvida em relação ao ministro Joaquim Levy é por
que ele permanece no governo Dilma. A saída parece natural desde que ficaram
mais fortes os ataques internos contra ele. Aos muitos interlocutores que
perguntaram por que ele fica em uma equipe que nunca demonstrou valorizar seu
trabalho, Levy responde que acha que ainda tem contribuições a dar.
Em um ambiente assim, em que o ministro da Fazenda vira
alvo da própria base governista, e em uma crise desta dimensão, qualquer
reunião como a de ontem à tarde pode dar origem a uma onda de especulações
sobre a saída do ministro. Ainda mais quando há tanto fundamento, como foi o
caso ontem. A grande dúvida, na verdade, não é se o ministro Joaquim Levy sai
do governo, mas quando ele sai.
Houve vários momentos de estresse nesse período em que
ele está no governo. Levy nunca se importou muito com os integrantes do PT,
empresários ligados ao governo, ou líderes sindicais que o criticaram ou
pediram sua cabeça. Mas na última semana houve demonstrações públicas de
hostilidade a ele, e ao programa que tem tentado executar no governo até agora,
lideradas pelo ex-presidente Lula. Na convenção da CUT, o ex-presidente Lula
fez um discurso atacando o ajuste fiscal e foi interrompido várias vezes pelo
coro “fora Levy”. Depois disso, Lula passou a trabalhar abertamente pela troca
do ministro da Fazenda, culpando-o pelos desastres que foram plantados antes da
sua chegada e fortalecidos pela base do governo.
Um momento de grande tensão em que o ministro quase
deixou o governo foi o do envio do Orçamento deficitário para o Congresso. Ele
só foi informado quando já era fato consumado. A decisão fora tomada numa
reunião da qual não participou. Na época, quando um interlocutor perguntou por
que não deixava o governo, ele disse que não era o tipo de pessoa que sai no
pior momento e que previa que haveria muita turbulência a partir daquela decisão
equivocada. De fato, as consequências foram o rebaixamento do Brasil, a
disparada do dólar, o salto do custo cobrado do país e de suas empresas em
empréstimos no exterior.
Numa conversa com um interlocutor frequente, Joaquim Levy
disse que sabe que está na linha de tiro de cada vez mais gente, mas que tenta
manter a calma e continuar trabalhando. Nos últimos meses, ele fez inclusive o
que nunca em sua vida profissional teve a habilidade de fazer: a negociação
política para conseguir apoio às medidas propostas para reequilibrar o
Orçamento. E o fez porque no governo falta de tudo, inclusive, e
principalmente, articulador político. Levy acha que com essa sua iniciativa de
interlocução com o Congresso conseguiu em alguns momentos evitar o pior. O
problema é que frequentemente a maior derrota vem das bases do governo, como a
aprovação da permissão de recálculo da aposentadoria, que aprofunda o déficit
da Previdência e que teve apoio maciço do PT.
O Brasil está vivendo uma recessão forte com uma inflação
perto de 10% e nada disso se deve à tentativa de ajuste fiscal comandada pelo
ministro Levy. A inflação foi reprimida nos últimos anos com manipulação de
tarifas públicas. Os gastos públicos foram exacerbados nos últimos anos e, como
ficou provado pelo TCU, foram manipulados e jogados para adiante nas famosas
pedaladas fiscais.
A reunião de ontem, na parte em que participaram outros
ministros, foi dedicada ao problema de como pagar os atrasados aos bancos
públicos para eliminar qualquer risco de um processo semelhante ao do ano
passado nas contas públicas. Como esse é um dos caminhos do impeachment, a
presidente está preocupada em eliminar qualquer ruído com o Tribunal de Contas.
O problema é que os atrasados são uma conta alta demais para ser quitada de uma
vez. A engenharia financeira para pagar tudo o que se deve ao Banco do Brasil e
BNDES, e mais a conta de tarifas não pagas à Caixa, é muito alta.
Protestos contra o governo Dilma, Lula e o PT ocorreram em 15 cidades neste sábado
Neste sábado, ocorreram protestos em Brasília, em
São Paulo, Belo Horizonte, Botucatu (SP), Curitiba, Goiânia, Ipatinga (MG),
Natal, Recife, São Luís, Sorocaba (SP) e Uberlândia (MG).
Guaíba alcança seu maior nível em 74 anos e água já invade até zona central de Porto Alegre
O Exército foi chamado e já está nas ilhas e áreas mais alagadas de Porto Alegre, ajudando os desabrigados.
Além do Guaíba, os rios Gravataí e Sinos, que desembocam no lago, atingiram níveis de alerta. No interior, o caso mais grave é do importante rio Uruguai.
Além do Guaíba, os rios Gravataí e Sinos, que desembocam no lago, atingiram níveis de alerta. No interior, o caso mais grave é do importante rio Uruguai.
Pela segunda vez em menos de uma semana, o nível do Guaíba
atingiu proporções históricas. Por volta das 14h, as águas chegaram a 2m94cm,
superando em 5 centímetros os 2m89cm de segunda-feira, e atingindo a maior
marca em 74 anos. Às 15h, o nível era de 2m93cm
Com a elevação do volume, as águas invadiram o Cais Mauá,
passando por frestas das comportas, e atingindo a Avenida Mauá.
Simon repete Getúlio ao ajudar a criação da Rede
O PMDB gaúcho não estranha e nem se alarma com a aproximação entre o ex-senador Pedro Simon e o novo Partido de Marina, o Rede Sustentabilidade.
E lembram que Getúlio Vargas ajudou a criar PTB e PSD.
E lembram que Getúlio Vargas ajudou a criar PTB e PSD.
Perondi avisa que novo pedido de impeachment vai sair na semana que vem
O deputado Darcisio Perondi disse na tarde deste sábado ao editor que o novo pedido de impeachment contra Dilma Roussef será protocolado na semana que vem com toda a pompa e circunstância, inclusive com a presença dos movimentos sociais.
Hélio Bicudo e Reale Júnior estarão presentes.
O deputado do PMDB gaúcho avisou que o start do processo cabe a Eduardo Cunha, mas que o caso é jurídico e político, sendo tratado desta forma.
Hélio Bicudo e Reale Júnior estarão presentes.
O deputado do PMDB gaúcho avisou que o start do processo cabe a Eduardo Cunha, mas que o caso é jurídico e político, sendo tratado desta forma.
Manifestações pró-impeachment serão diárias, com qualquer número
Os grupos que lideram as manifestações de rua pelo
impeachment da presidente Dilma Rousseff desistiram de atuar em conjunto e
mudaram suas estratégias de ação.
Em Porto Alegre, segunda-feira, 17h, haverá manifestação de apoio às investigações do Lava Jato, na frente da Polícia Federal, avenida Ipiranga.,
Leia esta reportagem da Folha de S. Paulo de hoje:
Com o objetivo de pressionar o presidente da Câmara,
Eduardo Cunha (PMDB-RJ), a deferir a petição assinada pelos juristas Hélio
Bicudo, Miguel Reale Jr. e Janaina Paschoal, eles desistiram de convocar mais
uma grande manifestação nacional, como as que ocorreram em agosto e março, e
optaram por promover ações diárias de rua nos moldes dos atos promovidos em
2013 em São Paulo pelo Movimento Passe Livre (MPL), que defendia a
redução das tarifas de transporte público. "Faremos manifestações todos os
dias até o dia que o Cunha apresentar o impeachment", diz Carla Zambelli,
porta-voz da Aliança dos Movimentos Democráticos.
O primeiro ato, que está marcado para este domingo, na
avenida Paulista, será bem mais modesto que os anteriores. "Não teremos
carros de som nem os bonecos infláveis, que estão em outras cidades", diz
a ativista. Já Vem Pra Rua marcou sua manifestação para segunda-feira (19), no
largo da Batata, em Pinheiros. "Será um modelo mais dinâmico. Não vai ter
carro de som. E dessa vez não vamos ficar parados. Faremos uma marcha pelo
impeachment", diz o porta-voz do VPR, Rogério Chequer.
Ele diz que o grupo deve promover um novo ato nos mesmos
moldes na quinta-feira se Eduardo Cunha não der andamento ao pedido.
Apesar de atuarem separadamente, os grupos anti-Dilma
adotaram a mesma tática: pressionar o presidente da Câmara, mas sem pedir seu
afastamento do comando da Casa ou a cassação de mandato.
Na semana passada, o PSOL e a Rede entraram com uma
representação no Conselho de Ética da Câmara contra o presidente da Casa,
Eduardo Cunha (PMDB-RJ), por quebra de decoro parlamentar.
O pedido está fundamentado no documento enviado na semana
passada ao PSOL pela Procuradoria-Geral da República (PGR), após um pedido
formal do partido, confirmando que Cunha mantém contas bancárias secretas na
Suíça.
"Eduardo Cunha não é nosso aliado é nosso aliado
estratégico, mas também não estamos pedindo a cassação de outros acusados (na
Operação Lava Jato). Não temos recurso para isso", diz Rogério Chequer.
Em abril, os grupos reuniram 701 mil pessoas, segundo a
polícia, ou 1,5 milhão, segundo os organizadores. Os números foram menores do
que nos atos de 15 de março, que reuniram 2,4 milhões de pessoas, segundo a
polícia, ou 3 milhões, segundo os organizadores. Em agosto foram 375 mil
pessoas, segundo a Polícia Militar. As informações são do jornal "O Estado
de S. Paulo".
Alexandrino gosta de mandar beijinhos por celular. Solto, ele voltará para a diretoria da Fiergs.
Curitiba, via WhatsApp
A libertação de Alexandrino Alencar da cadeia não fez bem aos seus companheiros de cela, sequer ao seu ex-chefe, Marcelo Alencar.
É que o lobista da Odebrecht animava os outros presos.
A jornalista Marta Sfredo, conta na sua coluna de hoje do jornal Zero Hora que os advogados dos investigados e condenados costumavam mandar fotos de Alexandrino, colhidas na prisão, nas quais ele mandava beijinhos para amigos e conhecidos.
Diretor da Fieregs, Alexandrino poderá continuar mandando seus beijinhos, mas, agora, apenas nas reuniões presididas por Heitor Muller ou nos escritórios e residências dos seus parceiros do RS.
A libertação de Alexandrino Alencar da cadeia não fez bem aos seus companheiros de cela, sequer ao seu ex-chefe, Marcelo Alencar.
É que o lobista da Odebrecht animava os outros presos.
A jornalista Marta Sfredo, conta na sua coluna de hoje do jornal Zero Hora que os advogados dos investigados e condenados costumavam mandar fotos de Alexandrino, colhidas na prisão, nas quais ele mandava beijinhos para amigos e conhecidos.
Diretor da Fieregs, Alexandrino poderá continuar mandando seus beijinhos, mas, agora, apenas nas reuniões presididas por Heitor Muller ou nos escritórios e residências dos seus parceiros do RS.
iPlace do Iguatemi, Porto Alegre, começou a vender o Watch da Apple
A loja iPlace, shopping Iguatemi, Porto Alegre, começoua vender, hoje, o Watch. No Brasil, a Apple usa 15 das suas lojas.
Dinheiro do Banco Mundial mofa sem uso no RS. Tarso tomou o empréstimo sem ter garantido a contrapartida.
O Banco Mundial emprestou US$ 480 milhões ao governo Tarso Genro para rfeformar escolas, apoiar parquers e polos tecnológicos e melhorias ambientais e de gestão de ativos, mas acabou não usando porque não tinha os US$ 433 milhões da contrapartida.
Sartori também não tem o dinheiro necessário.
Mas acha que terá uma parte.
Sartori negocia ampliação do prazo do contrato e contrapartida de US$ 233 milhões.
Sartori também não tem o dinheiro necessário.
Mas acha que terá uma parte.
Sartori negocia ampliação do prazo do contrato e contrapartida de US$ 233 milhões.
R$ 4 milhões pelo lobby: os contratos milionários de Lula com a Odebrecht
A revista Época deste final de semana revela com documentos reproduzidos em fac similes, que expõem os termos de contratos assinados entre o ex-presidente e
a empresa. No papel, dinheiro para “palestras”. Na prática, dinheiro para
alavancar os negócios da empreiteira no exterior.
A reportagem estarrecedora sobre as relações carnais, permissivas e de advocacia administrativa, portanto corruptas, vai na íntegra, a seguir. É assinada por Thiago Bronzatto, Ana Clara Costga e Alana Rizzo.
Leia tudo:
No final da manhã de quinta-feira, 15 de outubro, o
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva estava bem-humorado. Por
iniciativa própria, prestava umdepoimento reservado ao Ministério Público
Federal, em Brasília, para explicar sua atuação ao lado da
empreiteira Odebrecht. Em vez de ir ao prédio da instituição, Lula foi
ouvido em uma casa no Lago Sul, de forma discreta. Foi seu único pedido ao
procurador, para escapar ao assédio de jornalistas. Ao seu estilo sedutor, Lula
fez piadas com o procurador da República Ivan Cláudio Marx, ao dizer que o
Corinthians, seu time, será campeão brasileiro. Na hora de falar sério, disse
que não fez lobby, mas sim palestras no exterior com a missão de
explicar a receita brasileira de sucesso em países da África e
da América Latina. Procurou defender-se na investigação, revelada por
ÉPOCA em maio, que apura se ele praticou tráfico de influência
internacional em favor da empreiteira Odebrecht. Lula disse que não é
lobista, que recebeu “convites de muitas empresas e países para ser consultor”,
mas não aceitou porque “não nasceu para isso”. Num termo de declaração de
quatro páginas obtido por ÉPOCA, ele sustenta que todos os eventos para os quais
foi contratado estão contabilizados em sua empresa L.I.L.S. – um acrônimo de
seu nome. Foi por meio dela que Lula ficou milionário desde que
deixou o Palácio do Planalto, em 2011.
AMIGOS
Lula com Alexandrino Alencar, da Odebrecht (de barba,
atrás), no Peru. Alexandrino era o responsável pelas palestras de Lula no
exterior e viajava com ele (Foto: reprodução)
ÉPOCA obteve cópia dos contratos
privados, notas fiscais edescrições das relações entre o
ex-presidente e sua principal contratante. Nomeado projeto “Rumo ao Caribe”, as
viagens de Lula bancadas pela Odebrecht inauguraram um padrão de relacionamento
do ex-presidente, poucos meses após deixar o Planalto, com a empreiteira-chave
da Lava Jato. Ao longo dos últimos quatro anos, a L.I.L.S. foi
acionada para que Lula desse 47 palestras no exterior, muitas a convite de
instituições. Sua maior cliente é, de longe, a Odebrecht.
A construtora que lidera a lista das patrocinadoras de
Lula pagou quase R$ 4 milhões para o ex-presidente fazer dez
palestras. Além disso, bancou os custos das viagens para países em
que possui obras financiadas pelo Banco Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social (BNDES), como Angola e Venezuela. Esses gastos de R$ 3
milhões, ao câmbio da época, incluem transporte e hospedagem em hotéis “5
estrelas ou superior”, com dormitório com cama king size, sofás, frutas, pães,
queijos, frios, castanhas, água, refrigerantes normais e do tipo “zero” e, em
alguns casos, fora do contrato, bebidas alcoólicas. As contratantes eram
responsáveis por fretar aeronaves particulares. Ter Lula como palestrante
custava caro. Mas, na maioria das vezes, valia muito a pena.
O “Palestrante” Lula (grafado desse jeito pela própria
empresa em seus papéis internos) passou a ser mobilizado para atuar em locais onde
a Odebrecht enfrentava pepinos em seus contratos. Em 1º de maio de 2011, Lula
se comprometeu, por R$ 330 mil, a desembarcar na Venezuela no
início de junho para falar sobre os “Avanços alcançados até agora pelo Brasil”.
A descrição das atividades que constam da cláusula 1.1 do contrato dizia que o
“Palestrante” não participaria de qualquer outro evento além daqueles descritos
“exaustivamente” no anexo 1. O tal anexo, no entanto, possui duas linhas que
mencionam apenas que o ex-presidente ficaria hospedado no Hotel Marriott de
Caracas. Quando superposto aos documentos doInstituto Lula sobre o mesmo
evento, vê-se que Lula se encontrou com o empresário Emílio Odebrecht, pai
de Marcelo Odebrecht, hoje preso em Curitiba, e com o então presidente
venezuelano, Hugo Chávez, morto em 2013. Era um momento de tensão entre o
governo venezuelano e a empreiteira, que cobrava uma dívida de US$ 1,2
bilhão.
Telegramas sigilosos do Itamaraty sugerem que Lula e
Chávez trataram sobre a dívida. A Odebrecht construía, desde 2009, a linha II
do Metrô de Los Teques e a linha 5 do Metrô de Caracas. Fruto de uma negociação
entre Lula e Chávez, o projeto foi irrigado com US$ 747 milhões (R$ 1,2 bilhão,
em valores da época) em empréstimos do BNDES. A pressão de Lula surtiu efeito. Quatro
dias após a visita do ex-presidente a Caracas, Chávez se encontrou com a
presidente Dilma em Brasília. Naquele momento, a dívida com a Odebrecht já
estava acertada. As duas obras são investigadas pelo Ministério Público
Federal e pelo Tribunal de Contas da União. A principal suspeita, conforme
revelou ÉPOCA em maio, é que os recursos tenham sido utilizados de forma
irregular e de maneira antecipada sem o avanço do projeto – o dinheiro chegou,
mas a obra não andou.
Em seu depoimento ao Ministério Público, Lula disse que
não é lobista e “não nasceu” para ser consultor
Em alguns casos, as viagens de Lula eram sucedidas por
concessões de empréstimos do BNDES para obras de infraestrutura no
país.Angola é um exemplo disso. Desde 2011, a Odebrecht foi a que mais
recebeu financiamentos do BNDES no país africano, que está no topo da lista de
recursos destinados pelo banco para exportação. Entre abril de 2011 e abril de
2014, foram liberados US$ 3,1 bilhões dos cofres do BNDES para a Odebrecht. Nos
dias 30 de junho e 1o de julho de 2011, Lula foi contratado pela Odebrecht para
dar uma palestra na Assembleia Nacional em Luanda, capital da Angola, sobre “O
desenvolvimento do Brasil – modelo possível para a África”. Em seguida, Lula se
reuniu por 40 minutos com o presidente do país, José Eduardo dos Santos. Após a
conversa, Lula se encontrou com Emílio Odebrecht e com diretores das
empreiteiras Queiroz Galvão, Camargo Corrêa e Andrade Gutierrez. Lula
aterrissou em São Paulo no dia 2 de julho, à 0h30. No dia 28 de julho de 2011,
o BNDES liberou um empréstimo de US$ 281 milhões (R$ 455 milhões, em valores da
época), tão aguardado pela Odebrecht, para a construção de 3 mil unidades
habitacionais e desenvolvimento de infraestrutura para 20 mil residências em
Angola.
No dia 6 de maio de 2014, Lula e Emílio Odebrecht
voltaram a se encontrar em Angola. O ex-presidente viajou, numa aeronave cedida
pelo governo angolano, de Luanda para a província de Malanje, onde visitou a
usina de açúcar e etanol Biocom, sociedade entre a Odebrecht Angola e a
Sonangol. Em depoimento de sua delação premiada, o lobista Fernando
Soares, o Baiano, disse que se associou ao empresário José Carlos Bumlai,
amigo de Lula, para viabilizar a palestra do ex-presidente em Angola. Baiano
atendia a um pedido de um general angolano, interessado no negócio. Lula estava
a todo momento acompanhado por Emílio Odebrecht, pela ex-ministra do
Desenvolvimento Social Márcia Lopes e pelo ex-deputado federal Sigmaringa
Seixas, além de autoridades angolanas. Na manhã do dia seguinte, o
ex-presidente teve uma reunião de cerca de uma hora com o presidente de Angola,
José Eduardo dos Santos. Nesse encontro, discutiram, entre outros assuntos, a
linha de crédito do BNDES para a construção da hidrelétrica de Laúca, segundo
telegramas do Itamaraty. Em dezembro do ano passado, sete meses após a
visita de Lula, o ministro de finanças de Angola, Armando Manuel, assinou o
acordo de financiamento com o BNDES. Em maio deste ano, o presidente do banco,
Luciano Coutinho, deu o último aval para a liberação de um empréstimo que pode
chegar a US$ 500 milhões (R$ 1,5 bilhão). Questionado pelo Ministério Público,
Lula disse que “nada foi referido sobre o financiamento do BNDES para a
construção da hidrelétrica de Laúca e que o presidente José Eduardo nunca
tratou desses temas”, embora documentos oficiais do Itamaraty mostrem uma
versão diferente. “Não passa de uma ilação, porque o comunicante (do Itamaraty)
não teria participado da reunião”, disse Lula.
EFICIENTE
Lula com Hugo Chávez em Caracas, em 2011, e trechos de
seus contratos com a Odebrecht (abaixo). Após uma palestra de Lula, o governo
venezuelano pagou uma dívida com a Odebrecht (Foto: Jorge Silva/Reuters)
Em suas viagens pela América Latina e pela África, Lula
era acompanhado de perto pelo diretor de relações institucionais da
Odebrecht, Alexandrino Alencar, apontado como o lobista da
construtora na Operação Lava Jato. Após quatro meses preso, o executivo foi
libertado na sexta-feira por decisão do ministro do Supremo Tribunal
Federal, Teori Zavascki, após quatro meses preso em Curitiba, no Paraná. O
contrato original, que selou a parceria da Odebrecht com Lula, leva a
assinatura de Alexandrino e de Paulo Okamotto, braço direito do ex-
presidente. Lula e Alexandrino se conhecem desde os
tempos de Lula no Planalto. A proximidade entre eles era tão grande que se
cumprimentavam com um beijo no rosto. Essa intimidade se intensificou após
2011, quando Lula passou a defender, ao lado de Alexandrino, os interesses da
Odebrecht no exterior. Um relatório de perícia do MPF sobre os movimentos
migratórios de Lula e o ex-funcionário da Odebrecht aponta que os dois
companheiros compartilharam ao menos cinco voos juntos nos últimos quatro anos,
de acordo com dados extraídos do sistema de tráfego internacional da Polícia
Federal. Nesta semana passada, no depoimento ao Ministério Público, Lula
manteve uma distância olímpica do amigo ao dizer que “Alexandrino era
representante da Odebrecht, não sabendo precisar o cargo; que só tinha relação
profissional com Alexandrino”.
Um dos destinos da dupla foi uma caravana para Cuba
e República Dominicana entre 28 de janeiro e 3 de fevereiro de 2013. Lula
recebeu R$ 373 mil pelas palestras. Naquela ocasião, Lula visitou o Porto de
Mariel, parceria entre a Odebrecht e o governo cubano. Ao todo, a obra recebeu
US$ 832 milhões do BNDES com um prazo para pagamento de 25 anos – e com uma
parte das garantias atreladas à produção de fumo na ilha. Quatro meses após a
passagem de Lula por Cuba, o banco estatal brasileiro liberou a quinta parcela
do financiamento do projeto, de US$ 229,9 milhões (R$ 482,7 milhões), que
estava represada devido ao atraso nos pagamentos e à falta de garantias para a operação.
Em 31 de janeiro, Lula desembarcou na República Dominicana, onde se encontrou
com o presidente Danilo Medina. E lá foi o líder petista visitar, novamente,
outro canteiro de obras da Odebrecht. Seis meses depois, a Odebrecht conseguiu
mais US$ 114 milhões (R$ 228 milhões) do BNDES para desenvolver o corredor
Viário Norte-Sul no país.
Procurada, a Odebrecht afirma por meio de nota
que mantém “uma relação institucional e transparente com o ex-presidente
Lula. O ex-presidente foi convidado pela empresa para fazer palestras para
empresários, investidores e líderes políticos sobre as potencialidades do
Brasil e de suas empresas, exatamente o que têm feito presidentes e ex-presidentes
de outros países, como Estados Unidos, França e Espanha”. A Odebrecht nega
que Lula tenha feito lobby em seu favor junto a governos estrangeiros. O
depoimento de Lula pode ter sido agradável, mas o Ministério Público Federal no
Distrito Federal estuda formar uma força-tarefa de procuradores para investigar
as suspeitas de tráfico de influência. Pediu até o compartilhamento de provas
da Operação Lava Jato que mencionem o ex-presidente, a Odebrecht e o
BNDES.
Lobista Fernando Baiano relata em detalhes sua atuação a serviço do PT e aliados no assalto à Petrobras
Jaws é Sérgio Moro.
Em um documento de dezesseis páginas obtido pela revista Veja e publicado neste final de semana, o lobista Fernando Soares, o Fernando “Baiano”, revela ter pago propina ao presidente do Congresso, ao líder do governo Dilma no Senado, a um ministro do governo Lula e a um senador do PMDB.
A Veja garante que “a esperança de um Brasil mais
justo trazida pela operação comandada pelo juiz Sergio Moro continua de pé,
longe das manchetes. A Lava Jato tem seus ritos e tempos próprios. Mais dia,
menos dia, ela emerge das águas profundas e desfaz os acordos espúrios tramados
na superfície.
Em um documento de dezesseis páginas obtido pela revista Veja e publicado neste final de semana, o lobista Fernando Soares, o Fernando “Baiano”, revela ter pago propina ao presidente do Congresso, ao líder do governo Dilma no Senado, a um ministro do governo Lula e a um senador do PMDB.
A reportagem é assinada por Daniel Pereirfa e Robson Bonin.
Leia tudo:
O ex-presidente Lula se reuniu no fim de junho com os
líderes do PT e do PMDB, em Brasília. O encontro ocorreu na casa de Renan
Calheiros, presidente do Senado. Acossado pelo petrolão, o maior escândalo de
corrupção da história do Brasil, Lula saiu-se com a tática que sempre adotou,
com sucesso, nesses casos: arrastar mais gente para o seu lado, na tentativa de
tornar o grupo maior do que a boca do abismo que o ameaça. Lula disse aos
presentes que toda a primorosa investigação da Polícia Federal secundada pelo
trabalho implacável dos procuradores federais e de juízes de diversas
instâncias não passa de uma "campanha para desmoralizar a classe
política". Lula chamou de arbitrários o juiz Sergio Moro e os demais
responsáveis pela Operação Lava-Jato. "O país foi sequestrado pelo Moro.
Temos de reagir no Supremo Tribunal Federal", concordou José Sarney, o
ex-presidente cuja filha, Roseana, é investigada no caso. Obviamente o objetivo
da reunião na casa de Renan não foi arrancar o país das garras do arbítrio e
devolvê-lo à normalidade democrática. O objetivo foi encontrar um jeito de
restaurar a velha ordem da impunidade para os poderosos da República que a
Lava-Jato ameaça contrariar pela primeira vez em nossa história.
Em comum, muitos dos participantes da reunião tinham,
além do fervor republicano, o fato de estarem na boca dos delatores da
Lava-Jato como beneficiários do dinheiro desviado da Petrobras. Até mesmo
Delcídio Amaral, líder do governo no Senado, que participou da reunião, acabou
enlaçado no escândalo. Lula, Renan e Delcídio foram listados como beneficiários
do petrolão pelo lobista Fernando Soares, o Fernando "Baiano". Em sua
delação premiada ao Ministério Público, Baiano declarou ter pago a José Carlos
Bumlai, compadre de Lula, 2 milhões de reais em propina, cujo destinatário
final seria uma nora do ex-presidente. Comparsa de petistas e peemedebistas,
Baiano narrou minuciosamente como intermediou propina para as lideranças dos
dois partidos. Tudo custeado pelos cofres da Petrobras. Tudo registrado em um
documento de dezesseis páginas obtido por VEJA, no qual o delator, condenado a
dezesseis anos e um mês de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro,
relata em detalhes sua atuação a serviço do PT e aliados no assalto à
Petrobras.
Líder do governo Dilma no Senado, o petista Delcídio Amaral, também levou dinheiro sujo de Fernando Baiano
O lobista Fernando Baiano também denunciou ter dado R$ 2,5 milhões para Lulinha e R$ 2 milhões para uma nora de Lula concluir a construção da sua casa. -
O senador Delcídio Amaral (PT-MS) recebeu US$ 1,5 milhão
de dólares de propina pela compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos,
segundo o lobista Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano. O negócio
foi feito pela Petrobras em 2006 e rendeu um prejuízo de US$ 790 milhões aos
cofres da estatal. As informações são do Jornal Nacional, da TV Globo.
Ninguém do PT, PSOL e demais Partidos e parlamentares que pedem a casação de Eduardo Cunha, quis comentar a denúncia.
Delatores não recebem o benefício da delação premiada, caso não comprovem o que dizem.
Em depoimentos da Operação Lava-Jato, o delator contou
ainda que fez os pagamentos quando o senador estava em campanha ao governo do
Mato Grosso do Sul. Como acabou perdendo as eleições, se manteve como senador,
até ser reeleito. Segundo Baiano, o dinheiro foi usado para ajudar na campanha
ao governo sul-matogrossense.
Ainda de acordo com Baiano, Delcídio seria o responsável
pela indicação de Nestor Cerveró ao cargo de diretor da área internacional da
Petrobras. Foi Cerveró quem fez o relatório indicando que a compra da refinaria
norte-americana seria uma boa oportunidade para a Petrobras. O senador nega que
tenha indicado Cerveró para o cargo.
O nome de Delcídio do Amaral também foi citado em outro
contrato da Petrobras, que trata do aluguel de navios-sonda para a estatal.
Segundo Baiano, houve um acordo entre Delcídio, o atual presidente do Senado,
Renan Calheiros (PMDB-AL), o senador Jader Barbalho (PMDB-PA) e o ex-ministro
Silas Rondeau, também filiado ao PMDB
Baiano afirmou na delação que o acerto envolvia um
pagamento inicial de US$ 4 milhões para os envolvidos. No entanto, após o
encerramento do contrato, o valor final da propina ficou em US$ 6 milhões. O
valor, no entanto, teria sido dividido pelo lobista Jorge Luz.
- Em nota, o senador Delcídio Amaral respondeu que
considera absurda a menção de Baiano na delação. "Além de absurdo, é muito
estranho que meu nome tenha sido novamente citado nessa investigação, colocado
numa época em que eu era considerado 'persona non grata' por todos que estavam
sendo investigados pela CPMI dos Correios, cuja presidência exerci exatamente
nesse período (2005/2006)", diz a nota.
Prossegue apagão dos serviços da GVT de fone e internet no RS
A GVT entrou no terceiro dia, hoje, sábado, sem normalizar seus serviços de telefonia fixa e de internet.
Isto acontece sobretudo em regiões de Porto Alegre.
A companhia não se explica.
Os serviços da GVT pioraram dramaticamente depois que foi adquirida pela Vivo.
O editor, que contratou os serviços da GVT para seus dois escritórios, localizados em pontos diferentes de Porto Alegre, só consegue conexões por telefonia celular e conexões wirelles de web da Claro, que durante 32 horas também deixaram de funcionar.
O editor também está há três dias sem conexões de Sky e Netflix.
Isto acontece sobretudo em regiões de Porto Alegre.
A companhia não se explica.
Os serviços da GVT pioraram dramaticamente depois que foi adquirida pela Vivo.
O editor, que contratou os serviços da GVT para seus dois escritórios, localizados em pontos diferentes de Porto Alegre, só consegue conexões por telefonia celular e conexões wirelles de web da Claro, que durante 32 horas também deixaram de funcionar.
O editor também está há três dias sem conexões de Sky e Netflix.
CEE, AES e RGE falham na crise. Nem planos de contingência parecem existir. Apagão abala confiança no RS.
As três grandes distribuidoras de energia elétrica do RS foram apanhadas com as calças nas mãos e não conseguem explicar a demora no restabelecimento dos seus serviços, tudo porque estão despreparadas para responder rapidamente a temporais como os de quarta-feira a noite.
Todas elas não fizeram investimentos necessários e falham até mesmo quando temporais mais fortes abatem-se sobre seus consumidores.
Nem seus telefones funcionam como devem.
As três distribuidoras não parecem contar sequer com planos de contigência.
A crise energética abala a confiança no RS.
O site do jornal Zero Hora fez um levantamento no final da noite de ontem para verificar a situação em cada uma das três distribuidoras. Leia o texto completo do site:
As agências reguladoras limitam-se a fazer discursos vazios e ameaças inúteis.
AES Sul (160 mil clientes sem energia até as 23h)
Distribuidora com mais clientes afetados pela falta de
energia (o número chegou a 490 mil), a AES Sul diz que a principal dificuldade
na resolução dos problemas se dá em função dos danos às redes. Muitas delas,
segundo a concessionária, foram danificadas pelas quedas de postes e árvores e
têm de ser reconstruídas.
Conforme o coordenador de leitura e entrega da AES Sul,
Fábio Calvo, cerca de 1,5 mil pessoas, entre técnicos e eletricistas, trabalham
no restabelecimento do serviço em todo o Estado. A empresa explica que a
prioridade no atendimento são serviços essenciais e ocorrências de perigo
(locais onde há cabos energizados, por exemplo). Em seguida, são atendidos os
casos que afetam mais clientes em uma mesma região, até chegar aos casos
individuais. Não há previsão para a normalização do serviço.
CEEE (9 mil clientes sem energia até as 23h)
Segundo o diretor de distribuição da CEEE, Júlio Hofer, o
principal entrave à normalização do serviço é a logística. Conforme Hofer, a
área de concessão da companhia teve muitos problemas isolados, como quedas de
postes e rompimento de cabos, em diferentes pontos de Porto Alegre, o que
provoca demora no deslocamento e, consequentemente, no atendimento às
ocorrências.
A Capital é o município mais afetado, com 3,1 mil
clientes sem luz. Metade deles, segundo a CEEE, são pontos na Região das Ilhas,
onde a energia foi desligada por questões de segurança. Alvorada, na Região
Metropolitana, é o segundo município com mais locais sem energia.
De acordo com a CEEE, 126 equipes leves (caminhonetes que
reparam cabos de baixa tensão e reenergizam locais onde não houve dano à rede)
e 41 equipes pesadas (caminhões com equipamentos especiais que trabalham na
reconstrução de redes danificadas) estão em campo para resolver os problemas. A
expectativa é de que 99% do serviço seja normalizado até a noite desta
sexta-feira.
RGE (4 mil clientes sem energia até as 23h)
O acesso às áreas rurais é considerado o maior
dificultador no restabelecimento da energia aos clientes da RGE. Diferentemente
das áreas urbanas, onde os problemas podem ser diagnosticados remotamente,
essas regiões exigem saídas de campo.
Conforme o presidente da distribuidora, Fernando Sartori,
em Taquara, o acesso ao meio rural, seja em função de problemas nas estradas ou
pelos alagamentos, tornam difícil prever quando a situação voltará ao normal.
Em Gravataí, onde se concentra quase todo o restante dos clientes sem energia,
o serviço deve ser normalizado ainda nesta sexta-feira.
Segundo a RGE, cerca de 900 pessoas trabalham no
restabelecimento da energia pelo Estado, sendo 600 delas somente na Região
Metropolitana.
Horário de verão vai começar à meia noite
Hoje, sábado, quando bater meia noite, os relógios deverão ser adiantados em uma hora. É que vai começar o horário de verão.
Contas de 2015 do governo Sartori poderão ser rejeitadas pelo TCE ?
Já tem jornalista querendo desaprovar as contas de 2015 do governo Sartori. No TCE. O TCE jamais rejeitou contas de governo estadual algum.
Nem do governo Tarso Genro.
Nem do governo Tarso Genro.
Governo gaúcho descobre que tem 200 terrenos no Paraná
A jornalista Taline Oppitz, Correio do Povo, passa neste sábado uma informação surpreendente para os leitores do jornal:
- O governo gaúcho possui 200 terrenos no município de Tapíra, Noroeste do Paraná.
Aconteceu que gaúchos que foram colonizar a região no início do século passado, tomaram financiamento do Banco Pelotense, não pagaram e os terrenos foram para o banco, mais tarde encampado pelo Banrisul, que os repassou para o governo do Estado.
Ninguém sabia da existência da propriedade, que ainda precisa de regularização.
Este caso de desordem administrativa não é exceção no governo do RS e nem é obra de Sartori, mas apenas mais uma das heranças malditas que recebeu.
- O governo gaúcho possui 200 terrenos no município de Tapíra, Noroeste do Paraná.
Aconteceu que gaúchos que foram colonizar a região no início do século passado, tomaram financiamento do Banco Pelotense, não pagaram e os terrenos foram para o banco, mais tarde encampado pelo Banrisul, que os repassou para o governo do Estado.
Ninguém sabia da existência da propriedade, que ainda precisa de regularização.
Este caso de desordem administrativa não é exceção no governo do RS e nem é obra de Sartori, mas apenas mais uma das heranças malditas que recebeu.
Gabeira sublinha existência de batom na cueca da organização criminosa do PT no Lava Jato
CLIQUE AQUI para ler, também, análise de Ricardo Noblat sobre o êxito, até aqui, da reação do governo ao processo de impeachmenbt, sempre com a ajuda do STF e da PGR. -
O título original dete artigo de Fernando Gabeira é "Revólver fumegante, Batom na cueca". Ele foi publicado originalmente no jornal O Globo.
O título original dete artigo de Fernando Gabeira é "Revólver fumegante, Batom na cueca". Ele foi publicado originalmente no jornal O Globo.
Batom na cueca e revólver fumegante são duas imagens que dizem a mesma coisa: uma prova contundente. A imagem brasileira inspira-se na sensualidade, a americana expressa mais uma cultura bélica, tecnológica. O fato é todos entendem que alguma coisa decisiva foi descoberta.
Nos filmes policiais americanos, o revólver fumegante às
vezes aparece num simples detalhe esquadrinhado pelos equipamentos científicos.
Aqui no Brasil também houve um avanço científico na busca de provas. A Operação
Lava-Jato soube recolher e cruzar dados, estabeleceu conexões internacionais. Isso
é novo no país. Mas ao contrário de crimes individuais, ele desvenda uma
organização que se moveu na confluência pantanosa da política e das grandes
empresas. E o faz num período pós-moderno em que ainda tem força a tese de que
as evidências não importam e sim as narrativas. Uma variante apenas da antiga
expressão: os fatos não interessam e sim as suas versões.
Quando um empresário preso por corrupção em obras da
Petrobras afirmou que deu quase dez milhões para a campanha de Dilma, em troca
de negócios na Petrobras, já estávamos diante de algo contundente. Ao aparecer
em suas anotações uma conexão clara entre o dinheiro, o PT e o resgate do
dinheiro da Petrobras, isso configura um batom na cueca. É inevitável que as
contas de Dilma sejam analisadas pelo TSE a partir dessa denúncia. Caberá a
cada ministro decidir se o empresário deu o dinheiro como propina ou
simplesmente pelo amor à democracia.
Da mesma maneira, as contas de Eduardo Cunha na Suíça são
um batom na cueca. Ele foi campeão nas citações dos delatores premiados. Um
deles afirmou que depositou o dinheiro precisamente em sua conta na Suíça. Um
homem sem mandato estaria preso para explicar tudo isso. Mas vamos levando o
faz de conta, todos sabendo que o país foi assaltado e por quem foi assaltado.
Na cultura sensual brasileira, é conhecida a frase de Nelson Rodrigues de que o
homem deve negar sempre um encontro amoroso, mesmo com o batom na cueca.
Isso se estende à política. Na tática Paulo Maluf, por
exemplo: não tenho conta na Suíça e essa assinatura não é minha. E na elaborada
tática petista: não existe nada estranho, exceto o seu olhar nublado pela
ideologia conservadora, elitista etc. Uma medida provisória para isentar a
indústria automobilística em R$ 1,3 bilhões em impostos foi assinada por Lula.
Uma empresa de lobby gastou R$ 36 milhões com propinas para que isto
acontecesse. Desse dinheiro, R$ 2,4 milhão foi pago pela empresa lobista ao
filho do ex-presidente. Isso pra mim é batom na cueca. Sempre se pode dizer que
foram prestadas consultorias de marketing esportivo. Mas qual grande gigante da
indústria gastaria tanto em assessoria de marketing?
Da mesma maneira, no caso do dinheiro de Ricardo Pessoa
para a campanha, o nome da Petrobras está grafado como PB: pode se dizer que PB
quer dizer dizer Paraíba ou pequena burguesia e assim por diante, neste jogo
interminável.
O governo e os partidos que assaltaram a Petrobras não
vão sair ilesos. Mesmo se a Justiça for muito sinuosa, se os ministros amigos
derem uma pequena ajuda, se alguns formadores de opinião torcerem os fatos, a
sociedade já viu, ouviu, leu documentos suficientes para ver o batom na cueca.
Isso não é uma expressão jurídica. É apenas uma
constatação ao alcance de todos, uma imagem popular. Não há como negá-la. Dizer
que não usa cueca, que a mancha veio da lavanderia? Com as contas reprovadas
pelo TCU, o que também é novo no país, o governo ainda tem a campanha sob
investigação: tudo vai desabar no Congresso e seus labirintos. Não importa o
caminho tortuoso das evidências pelas instituições. A sociedade brasileira já
sabe o que aconteceu.
É nessa brecha entre a consciência social e as
instituições, algumas aparelhadas pelo petismo, que mora o perigo. Não é
preciso grandes termômetros para sentir que sobe a temperatura nas ruas. O escritor
moçambicano Mia Couto disse que às vezes pensamos que estamos na nossa cidade,
mas ela nos escapa, vivemos apenas um sonho de estar nela. Nesse caso, pensamos
que vivemos num país mas ele nos escapa como se fôssemos estrangeiros. Os
fatos, o conjunto de leis, tudo isso é relativizado numa esfera longínqua. O
batom na cueca, o revólver fumegante se tornaram tão frequentes quanto um
guarda-chuva esquecido ou o resfriado na virada do tempo. Mas nunca é demais
lembrar que não há nada de errado com nossos olhos: a paisagem é moralmente
desoladora. Daí a irritação das pessoas que insultam petistas nos lugares
públicos. Gritam ladrões, mas no fundo deveriam pedir que lhes devolva um
Brasil inteligível, um país em que os fatos evidentes tenham consequência.
No sua dramaticidade cívica, o hino diz: ou ficar a
pátria livre ou morrer pelo Brasil. De fato, o dilema agora é impor a realidade
ou viver num outro Brasil, esse estranho país em que os fatos ainda são
atropelados pelas versões do poder.
*** * *Fernando Gabeira*- é escritor, jornalista e
ex-deputado federal pelo Rio de Janeiro. Atualmente na Globo News, onde produz
semanalmente reportagens sobre temas especiais, por ele próprio filmadas (no ar
aos domingos, 18h30, e em reprises na programação). Foi candidato ao Governo do
Rio de Janeiro nas últimas eleições. Articulista para, entre outros veículos, O
Estado de S. Paulo e O Globo, onde escreve aos domingos. Seu blog é
no www.gabeira.com.br
Marco Alba decreta estado de emergência em Gravataí
O prefeito Marco Alba decretou ontem o total estado de emergência em Gravataí, Grande Porto Alegre, sede da GM.
O número de desabrigados já é de 4.500.
O número de desabrigados já é de 4.500.
Conheça o estado da freeway, on line
No link a seguir, o leitor poderá acompanhar on line o estado da freeway, a rodovia expressa que liga Porto Alegre a Osório.
As 8h da manhã, prosseguia bloqueio em Cachoeirinha.
CLIQUE AQUI para acompanhar on line.
As 8h da manhã, prosseguia bloqueio em Cachoeirinha.
CLIQUE AQUI para acompanhar on line.
Esmagadora maioria dos leitores acha que Sartori é mais verdadeiro do que Dilma e Fortunati
49% dos leitores consideram que numa lista que inclui Dilma e Fortunati, o governador José Ivo Sartori é o mais verdadeiro.
Mas 34% não votaram em nenhum dos três.
Dilma é a pior avaliada, com 6%, enquanto que Fortunati conseguiu 9%.
Nova enquete pergunta quem será o próximo bandido a ser libertado pelo ministro Teori Zavascki, do STF. Vá aí ao lado, à direita, e vote.
Mas 34% não votaram em nenhum dos três.
Dilma é a pior avaliada, com 6%, enquanto que Fortunati conseguiu 9%.
Nova enquete pergunta quem será o próximo bandido a ser libertado pelo ministro Teori Zavascki, do STF. Vá aí ao lado, à direita, e vote.
Prefeitura volta a fechar as comportas que protegem o centro de Porto Alegre. Guaíba subiu muito.
A prefeitura voltou a fechar os 13 portões que permeiam o muro da avenida Mauá, zona mais central da cidade, já que o nível do Guaíba foi a 2,90min esta madrugada e se subir mais 10 cms inundaria a zona central de Porto Alegre.
O cais do porto está submerso desde ontem, conforme mostra esta bela foto ao lado da repórter-fotográfica do jornal Correio do Povo, Bruna Cabrera.
Embora não tenha chovido nos últimos dois dias, o tempo é instável em todo o RS e os institutos de meteorologia não conseguem acertar previsões para mais de um dia.
O temor de que o Guaíba ultrapassa a quota máxima é fundado e pode ocorrer a qualquer momento, dependendo dos cinco rios principais que abastecem o lago.
O cais do porto está submerso desde ontem, conforme mostra esta bela foto ao lado da repórter-fotográfica do jornal Correio do Povo, Bruna Cabrera.
Embora não tenha chovido nos últimos dois dias, o tempo é instável em todo o RS e os institutos de meteorologia não conseguem acertar previsões para mais de um dia.
O temor de que o Guaíba ultrapassa a quota máxima é fundado e pode ocorrer a qualquer momento, dependendo dos cinco rios principais que abastecem o lago.
Tempo volta a instabilizar no RS neste sábado
Neste momento, 7h42min de sábado, o tempo está nublado, não chove e faz frio em Porto Alegre. A capital terá mais nuvens e chance de instabilidade.
O sol vai aparece em meio de nuvens na metade Sul do Rio Grande do
Sul neste sábado, mas o ingresso de ar mais frio estimula a formação de nuvens
do Centro para o Norte do Estado, de acordo com a MetSul Meteorologia. Na
região próxima a Santa Catarina, o dia terá nebulosidade e períodos de chuva e
garoa, apesar de aberturas de sol em algumas áreas.
Será um dia de
temperatura baixa para esta época com sensação de frio no Sul e na Serra. O ar
mais frio ingressa com vento do quadrante Sul que se intensifica sobre a Lagoa
dos Patos e pode agravar o represamento do Guaíba e dos alagamentos no Sul.
A mínima no Estado será de 7ºC em São José dos Ausentes e
a máxima de 22ºC em Santa Rosa. Na Capital, a temperatura irá variar entre 11ºC
e 18ºC.
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