- Ao não corrigir sequer pela inflação, o governo impõe perdas enormes a todos os trabalhadores brasileiros. A defasagem já chega a 60%. Ganha com isto o governo, que arrecada cada vez mais dos salários das pessoas.
A nova tabela de Imposto de Renda da Pessoa Física entra
em vigor amanhã, dia 2. Será corrigida em 4,5% na última correção
automática. A tabela vinha sendo corrigida em 4,5% desde 2007 e a previsão era
acabar com o uso do percentual em 2010. Entretanto, no início de 2011, por meio
da Medida Provisória 528, o governo resolveu aplicar o mesmo percentual até
2014. As informações são de hoje, da Agência Brasil. Leia mais:
As deduções do imposto serão feitas nos salários pagos em
2014, mas valem para a declaração de Imposto de Renda de 2015. Na declaração
que será feita no próximo ano será usada a tabela de 2013.
De acordo com a tabela da Receita Federal, estará isento
do imposto quem ganhar até R$ 1.787,77, por mês. A alíquota de 7,5% valerá para
quem ganha entre R$ 1.787,78 e R$ 2.679,29. De R$ 2.679,30 a R$ 3.572,43, a
alíquota é 15%. A alíquota de 22,5% vai incidir nos salários de R$ 3.572,44 até
R$ 4.463,81. E a alíquota de 27,5% é para quem ganha acima de R$ 4.463,81 por
mês.
O Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita
Federal tem alertado sobre a defasagem entre a tabela do Imposto de Renda
Pessoa Física e a inflação. A defasagem deve fechar o ano em 60%. Segundo o
sindicato, várias pessoas que eram isentas, por causa da renda baixa, passaram
a pagar o imposto.
Enquanto a correção da tabela é 4,5%, a inflação, medida
pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, este ano, deve ficar em
5,73%. Para 2014, a projeção é 5,98%, de acordo com pesquisa do Banco Central.
A correção da tabela em 4,5% foi definida porque o governo estabeleceu o percentual
como meta para a inflação anual.