- No RS são permanentes os apagões nas áreas de segurança pública, saúde pública, educação pública e infraestrutura material (rodovias, hidrovias, portos, aeroportos e energia elétrica), enquanto o governo estadual desvia a atenção para factóides do tipo Patrulha Maria da Penha e viagens inúteis a Cuba e Paris. Há também um apagão do governo.;
* Clipping jornal Zero hora
Material de José Luís Costa
A deficiência do Estado em administrar presídios tem decretado sentenças
fatais a apenados gaúchos. A cada três dias, um preso morre em cadeias do Rio
Grande do Sul fulminado pela precariedade no atendimento de saúde ou
assassinado em guerras de facções que dominam as prisões. Os óbitos têm gerado
novos dissabores: a redução de vagas nos presídios, em razão de interdições, e
o aumento de ações indenizatórias contra o Estado.
Somente entre 1º e 6 de outubro ocorreram três casos. Dois por doença,
em hospitais da Capital, e um sob suspeita de enforcamento na Penitenciária de
Arroio dos Ratos — a segunda vítima na cadeia que começou a ser ocupada em
agosto.
— Isso é um absurdo. Qualquer pessoa pode ser presa, seja por acidente
de trânsito, embriaguez, sonegação, e está sujeita a morrer, doente ou
assassinada — lamenta Ricardo Breier, presidente da Comissão de Direitos
Humanos da seccional da Ordem dos Advogados do Brasil no Estado.
Levantamento da Vara de Execuções Criminais (VEC) da Capital aponta que,
desde 2009, apenas em prisões da Região Metropolitana morreram 255 detentos,
76% por causa de doenças respiratórias como broncopneumonia e tuberculose. A
estatística é resultado de minucioso monitoramento da VEC e do Ministério
Público.