Análise, Samuel Pessôa - O baixo crescimento do Brasil


* Artigo de Samuel Pessôa, Folha de S. Paulo de domingo

 Recentemente o FMI divulgou a atualização do relatório do panorama da economia mundial com a revisão (para pior) da taxa de crescimento para as principais economias em 2012.

Fomos informados de que o FMI espera que o crescimento econômico mundial real, isto é, controlando pela inflação nos diversos países, será de 3,3%, e não 3,5%, como se imaginava anteriormente. Os países desenvolvidos crescerão menos, o que motivou a revisão para baixo.

Não foi notado que, apesar da revisão para baixo, a taxa de crescimento de 3,3% ao ano está longe de ser um péssimo resultado. Esse foi o crescimento médio dos 20 anos de 1980 até 1999.

Ou seja, as economias emergentes, quase que sozinhas, visto o péssimo desempenho da Europa e o desempenho ruim dos EUA, estão conseguindo rodar a economia mundial à mesma taxa que vigorou até a crise de 2008.

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Um comentário:

Anônimo disse...

"Existe só no Brasil e não é jabuticaba? Não presta". Poucos ditados concentram tão bem, em mensagem tão convincente, uma ideia tão equivocada.

Oscar Niemeyer é uma jabuticaba arquitetônica. O Bolsa Família é jabuticabalmente admirado e copiado pelas instituições internacionais que lidam com pobreza. A agilidade do sistema financeiro brasileiro, jabuticanabolizada pela sobrevivência à hiperinflação, não tem igual no mundo. O Plano Real, baseado em experiências internacionais e aclimatado para o solo brasileiro, foi uma jabuticabeira providencial, que rende frutos até hoje.

O ditado da jabuticaba é uma versão pouco frutuosa do que o economista Albert Hirschman, baseado em sua experiência como consultor internacional, especialmente na América Latina, chamava de "fracassomania": a incapacidade de ver os méritos nas adaptações e soluções locais, o pessimismo em relação às políticas - inclusive os aperfeiçoamentos incrementais e heterodoxos do capitalismo. Fernando Henrique Cardoso, amigo e admirador de Hirschman (como, aliás, José Serra), foi um dos que popularizam o termo fracassomania (que, curiosamente, Hirschman aplicou também a certos aspectos da teoria cardosiana da dependência).

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