Numa tacada só, PSDB, DEM e PPS fazem duras críticas à
política econômica. Análise do Instituto Teotônio Vilela, dos tucanos, diz que
"país corre o risco de pôr a perder sua maior conquista recente: a
estabilidade da moeda". Pelo Twitter, presidente do Democratas, senador
Agripino Maia, aponta esgotamento de modelo baseado no "pouco incentivo ao
investimento", enquanto Roberto Freire, do PPS, destaca "tombo da
indústria no governo petista"
Os tiros da oposição foram apontados todos na
mesma direção nesta sexta-feira 8. PSDB, DEM e PPS, os dois últimos por meio
dos presidentes das siglas, fizeram duras críticas à política econômica do
País. Inflação, câmbio, pouco incentivo aos investimentos, preços altos e
crescimento baixo – os ataques passam por uma série de subtemas que envolvem as
decisões da equipe econômica do governo federal.
Análise do Instituto Teotônio Vilela publicada
no site do PSDB afirma, por exemplo, que o "país corre o risco
de pôr a perder sua maior conquista recente: a estabilidade da moeda". No
texto, a entidade aponta que "se a luz amarela já estava acesa há tempos,
agora soaram todas as sirenes", depois que o IBGE informou, nesta
quinta-feira, que o índice da inflação acumulado dos últimos 12 meses é de
6,15%, próximo da meta do governo, que é de 6,5%.Após incluir opiniões do presidente do Banco Central,
Alexandre Tombini – que admitiu que a inflação não está confortável – e de
avaliações de colunistas da imprensa, o texto ataca o PT, acusando o partido de
historicamente ter tratado a inflação como "mal menor" e de "não
morrer de amores pela austeridade". Mais:
- O descontrole de agora decorre de erros da política
econômica posta em prática pelo PT nos últimos anos. As ações do governo, seja
o de Lula, seja o de Dilma Rousseff, foram todas voltadas a incentivar a
demanda, enquanto a oferta não apenas não crescia como também enfrentava dificuldades
ascendentes – como custos em escalada, escassez de mão-de-obra e infraestrutura
insuficiente.
PPS - Já por parte do PPS, o ataque veio de Roberto Freire,
presidente nacional do partido, que criticou, em artigo, "o
tombo da indústria no governo petista". Segundo o deputado, ao contrário
do que pensa a presidente Dilma Rousseff, que o Brasil vive uma boa situação
econômica, dados "mostram uma realidade tremendamente preocupante na
questão do emprego e, particularmente, no setor industrial brasileiro".
Freire aponta a região do ABC Paulista, onde praticamente
nasceu o sindicalismo brasileiro e a vida política do ex-presidente Lula, como
"um dos exemplos mais emblemáticos de tamanho descalabro causado pela
incompetência do governo". O deputado lembra: "O tombo da indústria
na região foi dramático em 2012, com o fechamento de 52 mil postos de trabalho
formais e informais".
DEM - Pelo Twitter, nesta manhã, o presidente do DEM, José
Agripino Maia (RN), não ficou atrás de bater no que considera um modelo
"esgotado", baseado, segundo ele, "no expansionismo fiscal
descontrolado e no pouco incentivo ao investimento". "É preocupante
ver o Brasil inserido no grupo dos que crescem pouco, por um lado; e dos que
apresentam índices de preço mais alto, de outro", escreveu o senador.
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