O Rio Grande do Sul teve um aumento de 31,6% nos
latrocínios no primeiro semestre deste ano, em comparação com igual período de
2012. De janeiro a junho do ano passado, foram 38 roubos seguidos de morte.
Agora são 50. O aumento concentrou-se no período de janeiro a março,
quando os latrocínios mais do que dobraram, passando de 16, em 2012, para 35,
em 2013. No segundo trimestre, houve queda de 32,8%, segundo dados
divulgados nesta quarta-feira pela Secretaria Estadual da
Segurança Pública.
Nos homicídios, houve queda de 6,3% no semestre. Foram
registradas 965 mortes em 2013, contra 904 em 2012. Nos crimes contra o
patrimônio, a tendência foi de aumento, com destaque para o furto de veículos
(incremento de 14,4%) e o roubo (12,6%).
Os números
As estatísticas da segurança pública gaúcha de janeiro a
junho nos últimos três anos:
Homicídio doloso
2011: 780 casos
2012: 965 casos (23,7%)
2013: 904 casos (-6,3%)
Furto
2011: 84.693 casos
2012: 80.754 casos (-4,6%)
2013: 77.852 casos (-3,6%)
Furto de veículo
2011: 7.369 casos
2012: 7.309 casos (-0,8%)
2013: 8.363 casos (14,4%)
Roubo
2011: 22.384 casos
2012: 22.353 casos (-0,13%)
2013: 25.166 casos (12,6%)
Roubo de veículo
2011: 5.536 casos
2012: 5.834 casos (5,4%)
2013: 6.091 casos (4,4%)
Latrocínio
2011: 39 casos
2012: 38 casos (-2,5%)
2013: 50 casos (31,6%)
Tráfico
2011: 4.238 casos
2012: 4.623 casos (9%)
2013: 4.860 casos (5,1%)
Fonte:http://diariogaucho.clicrbs.com.br
Nota do editor
Lamentáveis os índices apresentados,
porém desde o ano passado tenho me manifestado de forma pessimista acerca das
medidas anunciadas de forma midiática pelo governo, como a solução para o
aumento dos homicídios: remanejo de policiais do interior para a Região Metropolitana.
Isto não é, nem nunca será solução; é, sim, medida paliativa, já utilizada por
outros governo, que da mesma forma não possuíam política séria para a segurança
pública. Este amadorismo está encravado no DNA de sucessivos governos, portanto
a situação tende a piorar, ao contrário do que tentam fazer crer os governos,
os quias sempre venderam a ideia de que a pobreza era a fonte de todos os males
da falta de segurança e dos altos índices de criminalidade. E agora que todos a
renda da população está em melhor nível, qual é a desculpa?
A cada dia fica pior. Esta é a máxima que apavora o
cidadão de bem, o qual se vê cada vez mais refém dentro de sua própria casa.
Enquanto os "menos aquinhoados pela sorte" continuam nas ruas,
sob o beneplácito das políticas inclusivas dos governos, depredando o
patrimônio, roubando e assassinando, os trabalhadores se escondem cercados
pelas grades de suas casas privados de sua liberdade de ir e vir.
* Clipping do site Polícia & Política.