O maior crime politico esclarecido nos últimos 60 anos no Rio Grande do Sul, a encomenda de assassinato de adversário político, feita pelo presidente do PT de Estância Velha, junto com um secretário do governo municipal petista, um empresário e uma cafetina, voltou a agitar a cidade nos últimos dias.
. A ré Clací Campos da Silva, mais conhecida como “Ana Campos, ou Aninha”, foi presa no último dia 3 de agosto por volta das 14h30min, na sala de audiências do foro da cidade, por ordem da juíza Rosali Terezinha Chiamati Libarti. A ré foi presa por coação de testemunha.
. No dia 22 de julho, a cafetina petista tentou matar a principal testemunha do MP no processo. É que Vera Lúcia Vanzan foi atacada por Clací e mais dois homens em uma lancheria no bairro Rincão dos Ilhéus em Estância Velha. Ferida, Vera foi conduzida até o hospital da cidade para atendimento na emergência, onde foi novamente agredida e ameaçada por Clací e seu companheiro.
Relembre o caso
A vítima é o sociólogo Mauri Martinelli, na época dos fatos colunista político e de opinião do jornal O Minuano, de fevereiro de 2005 até dezembro de 2011, quando o jornal deixou de deixou de circular com a versão impressa. O crime ocorreu por volta das 23 horas, do dia 17 de agosto de 2006, quando Martinelli chegava a sua casa após um jantar-comício do falecido deputado federal Júlio Redecker (PSDB), ocorrido no CTG Serigote. O pistoleiro chegou por trás, bateu em sua cabeça com a coronha da arma, e avisou: "Agora você vai ver quem manda na cidade". E esvaziou o pente de 16 tiros. Mauri Martinelli foi atingido por sete tiros disparados de uma pistola Glock 380, semiautomática, mas sobreviveu. Martinelli reproduzia no jornal local as denúncias de corrupção feitas em Plenário, na câmara local e no Ministério Público e também Tribunal de Contas, pelo ex-vereador João Valdir de Godoy, (Duduzinho), PMDB, que chegou sofrer várias ameaças e uma tentativa de assassinato. Martinelli fazia denúncias de corrupção existente no governo petista local, de Elivir Desiam, conhecido pelo como "Toco". O principal réu no processo por formação de quadrilha e tentativa de assassinato é o jornalista Jaime Dirceu Schneider, dono de outro jornal da cidade, que dava amplo apoio ao governo petista.