Na reportagem que o jornal Zero Hora publica hoje, assinada pelos repórteres Adriana Irion e Juliano Rodrigues, é demonstrado que enquanto deputados de oposição e do governo debatiam,
desde 2011, a possibilidade de o plano de saúde do IPE ser ampliado para
atender aos pais de servidores, auditores do Tribunal de Contas do Estado, auditores do Tribunal de Contas investigaram as contas do instituto e descortinaram
um quadro de sangria que tem como principal consequência a incapacidade do
sistema de se autossustentar. O relatório indica que a situação só será
revertida a partir de reformas que garantam o aumento de receitas e a redução
de despesas.
. O cenário é de incompetência, descalabro e incompetência administrativa, mas que a situação agravou-se dramaticamente a partir do governo Tarso, porque durante o governo Yeda Crusius um programa forte de saneamento começou e as contas resultaram equilibradas. Já no seu primeiro ano, o governo Tarso produziu déficit e não parou mais de perder dinheiro e acumular dívidas bilionárias.
. No atual governo, o IPE paga consultas para pacientes que já estão mortos há muito tempo. O IPE chegou a pagar 193 consultas feitas por um único médico em apenas 10 horas.
. Leia toda a reportagem. Vale a pena.
. O cenário encontrado pela auditoria indica que, desde
2004, as despesas aumentaram 104%, enquanto as receitas, 40%. O estudo mostra
que há negligência na cobrança de devedores — são R$ 3,4 bilhões a reaver, dos
quais R$ 2,9 bilhões deveriam vir do caixa do Estado, que deixa de cumprir com
suas contribuições. Déficits são consecutivos desde 2011, segundo o
levantamento, e a previsão é de que se repita pelo próximos anos, gerando
dívida acumulada entre R$ 3,1 bilhões e R$ 4,7 bilhões. Quando a análise mergulha em rotinas básicas de controle,
o cenário piora: há usuários mortos que seguem sendo atendidos, lançamento de
consultas sem senhas, pacientes diferentes sendo atendidos pelo mesmo médico no
mesmo dia e horário, mais de 39 mil segurados identificados com número de RG
zerado e médicos com atendimentos excessivos, como um que teve 193 consultas em
um período de 10 horas — entre 20h e 6h.
Ao entregar para a Assembleia Legislativa o resultado da
inspeção, na semana passada, o TCE contribuiu para estancar o andamento de dois
projetos que previam a ampliação de segurados no IPE-Saúde. Um deles, de
autoria do deputado estadual Paulo Odone (PPS), já estava em condições de ser
votado.
O parlamentar vai propor nesta terça-feira, na reunião de
líderes na Assembleia, que a proposta seja suspensa até que as condições do
sistema possam ser discutidas em busca de soluções saneadoras. O outro projeto,
de autoria do governo e que prevê a inclusão de pai e mãe como dependentes, mediante
pagamento de contribuição com base em cálculos atuariais, será retirado da
Assembleia nesta terça..
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