A ilustração é também do Brazil Journal.
Na sua newsletter deste sábado, o jornalista Geraldo Samor, publisher da newsletter Brazil Journal, entrevista o ex-superintendente da Agência Nacional do Petróleo
(ANP), Adriano Pires, que continua sendo o maior especialista em Petrobras que a publicação costuma consultar. Nos últimos anos, ele não deu trégua ao governos do PT,
criticando tudo que levou a Petrobras ao estado atual: preços
artificiais, política de conteúdo nacional, ufanismo com o pré-sal, gigantismo
e corporativismo.
O Brazil Journal conversou com ele nesta sexta-feira à noite sobre a
nova política de preços anunciada pela Petrobras.
O editor resolveu publicar tudo para melhorar a massa crítica dos seus leitores em relação ao assunto.
Você passou os últimos 10 anos batendo forte no governos
do PT porque eles usaram a Petrobras como instrumento de política econômica —
congelando preços para não gerar inflação e criando uma política
de conteúdo nacional que se tornou uma estufa de corrupção e ineficiência.
Essa nova política de preços põe fim a essa instrumentalização?
Começa a por fim na medida em que atende a duas coisas
que há muito tempo o mercado pede à Petrobras: uma política de preços
transparente e com previsibilidade. O presidente da Petrobras falou que daqui
para frente o preço da gasolina e do diesel não será inferior ao do
mercado internacional. Com isso, ele garante que a empresa não será mais usada
de forma populista para ajudar a eleger políticos e controlar a inflação. É
sempre bom lembrar que a Petrobras perdeu no primeiro mandato da
Presidente Dilma US$ 40 bilhões com os subsídios à gasolina e ao diesel. [Pedro
Parente] também anunciou que será criado um grupo dentro da empresa para
acompanhar os movimentos do mercado internacional, a taxa de câmbio e
o market share da empresa no mercado interno.
Houve outros avanços?
Outra medida é que a empresa poderá praticar preços
diferenciados por região no Brasil, com o objetivo de preservar seu market
share.
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