Dias Toffoli negou tudo numa curta nota.
A revista Veja dedica seis páginas da sua edição desta semana para revelar que a casa do ministro do STF, Dias Toffoli, que virou mansão pelas mágicas mãos do dono da OAS, Leo Pinheiro, o mesmo do triplex e do sítio de Lula, é apresentada pela força-tarefa da Lava Jato como obra resultante das relações existentes entre o empreiteiro e o ministro. Um dos relatórios do MPF apresenta mensagens que tratam de visitas à casa de Dias Toffoli, presentes de aniversário ao ministro, festa em homenagem ao ministro e alguns negócios.
O MPF revela que os dois estreitaram laços há quatro anos, mas desde o governo Lula os interesses da OAS já eram defendidos junto ao ministro, que na época era chefão da AGU. Em agosto de 2013, mensagem em poder da Lava Jato revela que a OAS tratou com Dias Toffoli "sobre o assunto dos aviões", ou seja, do Aeroporto de Guarulhos, negócio de interesse de Leo Pinheiro.
Os fatos narrados por Veja não são "altamente" comprometedores, mas a revista lembra que "um anexo de uma colaboração premiada, que é o caso, só é feito quando há um fato criminoso". Leo Pinheiro promete aprofundar o caso quando fizer a delação premiada completa, já que por enquanto só existem pré-delações.
No caso específico da casa que virou mansão, totalmente reformada em 2011, a propriedade ganhou novos quartos, adega, espaço gourmet, instalações de gás, energia solar e paisagismo, passando de 370 para 451 m2. O supervisor da obra, Mário Augusuto Fernandes, disse que não cobrou nada. Ele disse que uma arquiteta o indicou como engenheiro. A arquiteta é mulher do advogado Carlos Ribeiro, que admitiu o negócio.