"O Conselho Federal de Medicina não aceita essa
providência como solução. Destaca que 'medidas nesse sentido ferem a lei,
configuram uma pseudoassistência, com maiores riscos para a população, e, por
isso, além de temporárias, são temerárias, por se caracterizarem como programas
político-eleitorais'", destacou o senador Alvaro Dias (PSDB-PR), ao criticar
a anunciada contratação de 6 mil médicos cubanos para trabalharem no Brasil
Da Agência Senado - Em discurso nesta segunda-feira
(13), o senador Alvaro Dias (PSDB-PR) registrou que o Conselho Federal de
Medicina (CFM) posicionou-se contrariamente ao anúncio do governo federal de
contratação de 6 mil médicos cubanos para trabalharem no Brasil.
- O médico Dalton Paranaguá repetia incansavelmente: 'A
saúde do povo é a suprema lei.' Foi médico e secretário da Saúde do Estado do
Paraná, e, nas paredes da secretaria, até hoje, está esta frase verdadeira –
lembrou Álvaro, citando frase do também ex-prefeito de Londrina.
. A contratação dos médicos cubanos foi anunciada
recentemente pelos ministros das Relações Exteriores do Brasil, Antonio Patriota,
e de Cuba, Bruno Rodrigues.
- O Conselho Federal de Medicina não aceita essa
providência como solução. Destaca que "medidas nesse sentido ferem a lei,
configuram uma pseudoassistência, com maiores riscos para a população, e, por
isso, além de temporárias, são temerárias, por se caracterizarem como programas
político-eleitorais" – informou Alvaro Dias.
. Para o senador, a preocupação do CFM é procedente, pois
os diplomas dos médicos cubanos não foram revalidados no Brasil, não sendo
possível avaliar a qualidade da formação desses profissionais.
O parlamentar ressaltou que o conselho defende a criação
de uma "carreira de Estado" para os médicos do Sistema Único de Saúde
(SUS), com infraestrutura, remuneração e condições de trabalho adequadas.
Nos últimos três anos, afirmou o senador, os médicos
estrangeiros que realizaram o teste de validação de diploma apresentaram um
índice de reprovação de 99%, segundo dados do Ministério da Educação. Dos 182
profissionais cubanos inscritos no teste, apenas 20 foram aprovados.