Ao lado, Tuma Júnior na foto à esquerda. Na outra foto, Tarso e Lula ouvem Paulo Li, chefe da Máfia Chinesa no Brasil, cujas ligações com Tuma Júnior decretaram sua queda. Li chegava a usar cartões de visita com a logomarca do ministério da Justiça. Tuma Júnior denuncia que sob o comando do ministro Tarso Genro, o ministério foi uma fábrica de dossiês e "atiradores de elite" contratados para assassinar reputações, sobretudo no RS.
O editor já produziu centenas e centenas de notas e
reportagens nesta página e escreveu um livro, "Cabo de Guerra", para
denunciar de que modo o então chefe da Políicia Federal, Tarso Genro, atual
governador do RS, usou seus delegados para subjugar o governo Yeda Crusius no
RS e também quebrar as pernas dos adversários dos outros Partidos, promovendo a mais devastadora campanha de assassinatos de reputação jamais
vista no Estado. A Polícia Federal no RS, operada pelo delegado Ildo Gasparetto, homem de confiança de Tarso, mirou diretamente sobre Yeda Cruius, PSDB, e José Otávio Germano, PP (Operação Rodin), Eliseu Padilha, PMDB. Agora, no seu livro "Assassinato de
reputações", matéria de capa da revista Veja desta semana, o delegado Tuma
Júnior, ex-secretário nacional de Justiça de Tarso Genro no ministério da
Justiça, confirma tudo o que o livro do editor conta e denuncia que, sob o comando de Tarso Genro, hoje governador do Rio
Grande do Sul, o governo patrocinava a produção de dossiês contra adversários
políticos. Ele usou e abusou da Polícia Federal, inclusive no RS, onde usou até mesmo Partidos alinhados ou laranjas.
. Está tudo no livro. Tuma Júnior avisou que tem provas de tudo. Ele é um policial experimentado. E também é filho do ex-senador Romeu Tuma, chefe da Polícia Federal de SP durante a ditadura militar e carcereiro de Lula. Em relação a Lula, Tuma Júnior faz uma acusação mais grave. Afirma que ele foi "informante da ditadura". "Eu e o Lula vivemos juntos esse momento. Ninguém me contou. Eu vi o Lula dormir na sala do meu pai. Presenciei tudo", diz o delegado.
. Tuma Júnior não só foi secretário de Tarso Genro no
ministério, como foi nomeado por ele presidente da Comissão Nacional de
Pirataria. No dia 6 de setembro de 2010, quando Tarso era candidato ao governo
do RS, ele foi escalado para ajudar seu antigo chefe na campanha, programado
para participar do evento sobre o Plano de Governo do PT no Estado, a Quinta
Plenária.
.O delegado Tuma Júnior revela na reportagem de Veja que um
dos alvos das campanhas de desmoralização (espionagem e formação de dossiês
falsos) foi Marconi Perillo, governador de Goiás. "Só porque ele avisou o
Lula da existência do mensalão", diz Tuma. Outro alvo, segundo o delegado,
teria sido o ex-senador cearense Tasso Jereissati, também adversário do
ex-presidente. Tuma Júnior afirma que o pedido partiu do hoje ministro Aloizio
Mercadante.
. José Dirceu também é alvo de chumbo grosso. Tuma afirma
que caiu do governo não em razão dos supostos vínculos com a máfia chinesa, mas
por ter descoberto a "conta do mensalão" no exterior. Ela teria sido
criada nas Ilhas Cayman e seria operada pelo ex-ministro da Casa Civil, hoje
preso na Papuda. "Mandei cópia para o ministro Tarso Genro apurar isso, e
espero resposta até hoje... Será que fui defenestrado por ter chegado à conta
caribenha do mensalão?"
. Tuma Júnior afirma ainda que Celso Daniel foi alvo de um
assassinato político e que recursos desviados na prefeitura de Santo André
alimentavam campanhas do PT. Diz que isso foi dito a ele pelo ministro Gilberto
Carvalho.
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