Atos políticos para enaltecer ou criticar a revolução de 1930, a intentona comunista de 1935, o golpe fascista de 1937, o suicídio de Vargas em 1954 ou a revolução de 64, são sempre bem vindos, desde que os custos não saiam dos cofres públicos.
Caso o governador Tarso Genro insista em usar dinheiro público para apoiar ataques
políticos ao golpe militar de 1964, ele poderá responder a processo por
improbidade administrativo, o mesmo que resultou esta semana na condenação do
ex-prefeito de São Leopoldo e atual presidente do PT, Ary Vannazi.
. Ary Vannazi foi condenado a ressarcir os R$ 33.600,00
que gastou na época, valor que terá que ser atualizado pelo IGP-M a contar da
data do evento. Ele também terá que pagar multa equivalente a 10 vezes o valor
do seu salário da época. Além disto, teve os direitos políticos cassados
por três anos e seu nome será inscrito no Cadastro Nacional dos Condenados por
Ato de Improbidade Administrativa.
. Os promotores provaram nos autos que um evento denominado IV Fórum da Juventude, apoiado
financeiramente pela prefeitura, só
atendeu aos interesses do PT.
. Acontece que o governador, da mesma forma que Vannazi,
poderá ser acusado “pela infração de direitos e deveres inerentes ao
administrador público, considerando que os ataques ao movimento de 64 será
direcionado exclusivamente em benefício dos grupos que se situam no espectro político e
ideológico da esquerda, não possuindo nenhum interesse público. Neste caso,
há clara infringência ao parágrafo 1º do artigo 37 da Constituição Federal, que
estabelece o seguinte:
- A publicidade dos atos, programas, obras, serviços
e campanhas dos órgãos públicos, deverá ter caráter educativo, informativo ou
de orientação social, dela não podendo constar nomes, símbolos ou imagens que
caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos.
. Durante 50 anos, nem um só governador do RS ousou usar
dinheiro público para custear caras campanhas publicitárias contra os
adversários. As agências que atendem as contas do governo (R$ 70 milhões para
este semestre) já preparam material para a campanha publicitária, mas o
Piratini prepara também atos públicos, todos custeados pelos cofres públicos.