A reportagem abaixo da Folha de hoje é de Gustavo Uribe e
Daniela Lima. O rapaz que está na foto, atrás de Dlúbio, chama-se Gustavo
Uribe. Essa foto está no seu perfil do Facebook com a seguinte legenda:
"Delubio Soares: uma amizade que nasceu numa partida
de gamao (sic.) em Goias (sic)".Gustavo Uribe é jornalista da Folha de São
Paulo. Foi ele um dos responsáveis pela cobertura pejorativa das manifestações
de ontem contra o PT.
Seis dias após a reeleição da presidente Dilma Rousseff
(PT), cerca de 2.500 pessoas, segundo a Polícia Militar, foram às ruas de São
Paulo neste sábado (1º) para protestar contra o resultado das urnas e o governo
da petista.
Com uma bandeira do Brasil sobre os ombros, o cantor
Lobão defendeu a recontagem dos votos das eleições presidenciais e negou que o
movimento tenha como propósito dar um novo golpe militar no país. "Não tem
ninguém aqui golpista", disse ao microfone.
Além de pedirem o impeachment da petista, parte dos
manifestantes defende um novo golpe militar no país.
"É necessária a volta do militarismo. O que vocês
chamam de democracia é esse governo que está aí?", criticou o investigador
de polícia Sérgio Salgi, 46, que carregava cartaz com o pedido "SOS Forças
Armadas".
Os manifestantes diziam que o resultado das eleições
deste ano de ser a "maior fraude da história" e o PT de ser "o
câncer do Brasil". "Pé na bunda dela [presidente], o Brasil não é a
Venezuela", gritaram.
No microfone, o perito Ricardo Molina também acusou ter
havido fraude no resultado das eleições presidenciais deste ano. "As urnas
são fraudáveis, qualquer um que não seja analfabeto sabe disso", criticou.
Ao final da caminhada, por volta de 17h30, já próximo ao
Monumento às Bandeiras, houve uma ameaça de racha entre favoráveis e contrários
à intervenção militar.
Alguns manifestantes que participaram da concentração na
avenida Paulista subiram em um segundo carro de som, que aguardava próximo ao
parque Ibirapuera, e iniciaram uma discussão com o primeiro veículo, que
participou de toda a caminhada.
"Vocês estão querendo desviar, isso é sacanagem,
aqui não tem político", disse um manifestante no segundo carro.
"Ninguém é a favor de golpe", respondeu Lobão,
no primeiro carro.