O Jornal do Comércio, Porto Alegre, disse esta semana que os documentos relacionados ao processo na justiça americana dizem que, desde pelo menos 2012, uma empresa brasileira detinha uma conta em uma instituição financeira sediada em Manhattan. A empresa seria o grupo varejista Zaffari, e a conta pertenceria a um dos integrantes da família Zaffari. Questionado em setembro de 2018, o Grupo Zaffari disse que possuía uma conta em uma instituição financeira nos EUA, para suas atividades de importação e exportação. Em 2014, ao perceber que a conta havia sido violada, o grupo notificou imediatamente a instituição financeira envolvida e passou a colaborar com as investigações das autoridades americanas. O Zaffari já foi restituído do valor depositado.
O gestor de investimentos
Marcos Elias, 47, se declarou culpado, na última segunda-feira, de
conspiração para cometer fraude eletrônica e roubo agravado de identidade em um
esquema que desviou mais de US$ 750 mil (R$ 2,7 milhões) de um banco de
Manhattan.
Marcos Elias foi um dos fundadores da Empiricus, empresa que é sócia majoritária do blog O Antagonista e da revista Crusoé. Ele saiu da Empiricus em 2012.
O brasileiro, sócio da Modena Capital, responde por uma
acusação de conspiração para cometer fraude eletrônica, que possui sentença
máxima de 30 anos, e por uma acusação de roubo agravado de identidade, com uma
sentença mínima obrigatória e consecutiva de dois anos. A pena deve ser
anunciada pela juíza em 4 de abril. Elias ficou preso na Suíça entre junho
e agosto de 2018, quando foi extraditado. Ele teria participado de um esquema
fraudulento que desviou mais de US$ 750 mil de um banco de Manhattan usando
documentos falsos e identidades roubadas de correntistas da instituição.