O carrasco de Waack volta ao local do crime, faz pose de conquistador e com imagem e texto tenta tripudiar sobre o caso. Deu-se muito mal.
O texto a seguir é do jornalista Juan Arias, El País, e demonstra o cinismo, a hipocrisia e a maldade dos detratores do jornalista William Waack, punido pela Rede Globo em função da delação dessa figura horrenda aí ao lado, Diego Rocha Pereira, operador da TV Globo. Ele gravou traiçoeiramente o colega, numa fala de intervalo do seu programa, tornando pública uma conversa que foi considerada
um ato de racismo contra os negros.
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A notícia teve repercussão até mesmo internacional, dada
a estatura profissional de um dos melhores jornalistas da Globo. O gesto do
operador Rocha Pereira foi considerado um ato de coragem e visto como uma
denúncia justa do comportamento de Waack, até que as redes sociais começaram a divulgar, nesta
quarta-feira, uma foto do denunciante, postada por ele mesmo no Instagram, em
que Diego Rocha aparece sentado no estúdio de TV de onde Waack fazia seus
programas, com um ar de conquistador e a seguinte legenda: “O que acham?”.
Não sei como Rocha entrou nas dependências da Globo nem
como conseguiu chegar até o local de trabalho de Waack. Isso ainda precisará
ser explicado. Mas eu gostaria de responder, da minha parte, ao seu desafio: “O
que acham?”. É chacota.
E o pior, aquilo que talvez tenha sido mais dolorido para
mim, foi a surpresa ao ler os comentários sobre a foto de Diego no Instagram.
Esperava encontrar a mesma raiva que ela gerou dentro de mim. O meu espanto é
que foi o contrário que aconteceu. Vejam alguns deles:
“Que pisão da porra”
“Bicho, tu é o cara”
“Obrigado por essa imagem”
“Que foda do caralho”
Se a nossa sociedade vê o gesto vulgar de Diego como algo
a ser admirado, então creio que a febre das redes e a sede de notoriedade estão
roubando aquilo que há de melhor no ser humano, que é o respeito e a dignidade
da pessoa, de todas elas, vítimas e carrascos.