A revista Istoé que já circula, publica ampla reportagem de capa, botando mais gasolina no incêndio que engole a Petrobrás no maior escândalo de uma estatal em todo o século, levando junto a presidente Dilma, o PT e boa pasrte da base aliada. Diz a revista que enquanto os peemedebistas adotam um método pulverizado de
doação de campanha, o PT é o que concentra a maior fatia do dinheiro das
empresas citadas no escândalo. Andrade Gutierrez, OAS, Queiroz Galvão, Engevix
e UTC destinaram R$ 28,5 milhões à direção nacional do PT. À candidata Dilma
Rousseff, R$ 20 milhões foram repassados pela OAS e outros R$ 5 milhões pela
UTC.No total, são 53,5 milhões, mais do que o total que Aécio recebeu até agora de todos os doadores somados, empreiteiros, banqueiros, empresários em geral.
Istoé conta em detalhes, inclusive com nomes e valores, como o esquema na Petrobras abasteceu o caixa de
aliados do governo e apresenta os novos nomes denunciados pelo ex-diretor de
Abastecimento Paulo Roberto Costa na delação premiada
. A reportagem é de Mário Simas Filho, Sérgio Pardellas e Josie Jerônimo. Leia material trabalhado pelo editor em cima dela. O texto completo vai no link ao final desta nota.
. Até agora, eram conhecidos trechos da delação do
ex-diretor de Abastecimento e Refino da Petrobras Paulo Roberto Costa,
considerado o maior arquivo vivo da República. Em depoimento à Polícia
Federal, o ex-executivo da estatal entregou nomes de políticos e empresas que
superfaturaram em 3% o valor dos contratos da Petrobras exatamente no
período em que ele comandava o setor de distribuição, entre 2004 e 2012.
, A relação de nomes entregue pelo ex-executivo da
Petrobras é ainda mais robusta. ISTOÉ apurou com procuradores e fontes ligadas
à investigação que, além desses políticos já citados, também foram delatados
por Paulo Roberto Costa o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o governador do
Ceará, Cid Gomes, e os senadores Delcídio Amaral (PT-MS) e Francisco Dornelles
(PP-RJ).
Partidos como PDT, PT, PCdoB e PROS dividiram os
recursos.
. O ex-presidente do PP, Francisco Dornelles - O senador Francisco Dornelles, alvo do delator Paulo
Roberto Costa. Ele obteve R$ 400 mil da Andrade Gutierrez e R$ 800 mil da
Queiroz Galvão
. O filho do Ministro de Minas e Energia - Ainda no Estado maranhense, o filho do ministro de
Minas e Energia, integrante da lista de Paulo Roberto Costa, e candidato do
PMDB ao governo do Maranhão, Lobão Filho, recebeu para sua campanha R$ 500 mil
da empresa Andrade Gutierrez. A PF apura ligações do candidato com a empresa
fornecedora de material para a construção da refinaria, no município de
Bacabeira. O ex-ministro de Minas e Energia Silas Rondeau atua há muito tempo
nessa área para a família do ex-presidente José Sarney (PMDB), pai da
governadora do Maranhão, Roseana Sarney. Quando saiu do ministério, Rondeau foi
trabalhar na Engevix, uma das cinco empreiteiras abraçadas pelo escândalo.
. O senador do PT e candidato ao governo do Mato Grosso, Delcídio Amaral - Recém-incluído na rumorosa relação do delator, o senador
petista Delcídio Amaral também obteve recursos para sua campanha de empresas
mencionadas como integrantes do esquema. A campanha de Delcídio ao governo de
Mato Grosso do Sul recebeu R$ 622 mil da OAS, R$ 2,8 milhões da Andrade
Gutierrez e R$ 2,3 milhões da UTC. Entre 2000 e 2001, Delcídio ocupou a
diretoria de Gás e Energia da Petrobras.
O líder do PMDB, deputado Eduardo Cunha - É outro integrante do PMDB incluído na lista do ex-diretor da Petrobras
. O ex-líder do PT, Cândido Vacarezza - O deputado Cândido Vaccarezza
(PT-SP) foi agraciado com R$ 150 mil provenientes da UTC. J
. O governador do Ceará, Cid Gomes, do Pros - Na delação que fez à PF, Paulo Roberto Costa menciona
ainda o governador Cid Gomes, do Ceará, com quem negociou a instalação de uma
minirrefinaria no Estado. O projeto seria apenas uma fachada para um esquema de
lavagem de dinheiro por meio de empresas que nunca sairiam do papel, conforme
ISTOÉ denunciou em abril. “Não sei quem é Paulo Roberto. Nunca estive com esse
cidadão e sou vítima de uma armação de adversários políticos”, disse o
governador Cid Gomes à ISTOÉ na tarde da sexta-feira 12.
. Pelo que se pode depreender até agora, as movimentações
feitas com os recursos desviados da Petrobras abrangem o caixa formal dos
candidatos, como mostra esta reportagem, e também dinheiro de caixa 2. No curso
de seu trabalho para desvendar as tenebrosas transações, Sérgio Moro deu uma
ordem: não quer depender de grampos ou suposições e vai fugir da “teoria do
domínio do fato”, método que permeou o julgamento do mensalão, o maior
escândalo de corrupção dos governos do PT.
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