Quatro meses depois do telefonema, o STF reuniu-se para examinar o inquérito e Gilmar deu o voto decisivo para livrar a cara do governador.
O vazamento do grampo aplicado legalmente pela PF em cima de telefonema de Gilmasr Mendes e o governador do Mato Grosso, Silval Barbosa, grampeado por autorização dada em 15 de maio do ano passado pelo Supremo Tribunal Federal,
a pedido da Procuradoria-Geral da República.
Cinco dias depois da autorização, o governador foi preso e solto no mesmo dia. As 17h15min, ele recebeu telefonema de Gilmar Mendes, que nasceu em Mato Grosso e cuja família tem fazenda no Estado. No telefonema, parece surpreso
com a situação de Silval Barbosa: “Governador, que confusão é essa?”. Começavam
ali dois minutos de um telefonema classificado pela PF como “relevante” às
investigações.
Silval Barbosa: E é com isso que fizeram a busca e
apreensão aqui em casa.
Gilmar Mendes: Meu Deus do céu!
Silval Barbosa: É!
Gilmar Mendes: Que absurdo! Eu vou lá. Depois, se
for o caso, a gente conversa.
Silval Barbosa: Tá bom, então, ministro. Obrigado
pela atenção!
Gilmar Mendes: Um abraço aí de solidariedade!
Silval Barbosa: Tá, obrigado, ministro! Tchau!
Silval Barbosa é acusado de corrupção pela PF num
inquérito que corre no Supremo.