Tarso completa 100 dias com nota 6,9 e péssima avaliação em saúde, estradas e segurança

Pesquisa do Ibope deste domingo, publicada por Zero Hora, indica que 79% dos gaúchos disseram confiar no governador, contra 14% que disseram não confiar, após cem dias de Tarso Genro no comando do Estado. Apesar da aprovação de 8 de cada dez gaúchos, Tarso recebeu nota 6,9. Os dois números não fecham. Segundo a pesquisa encomendada pelo Grupo RBS, a expectativa de 78% dos entrevistados é de que o Rio Grande do Sul estará pelos próximos quatro anos melhor do que está hoje.

. Questionados se o Estado está indo no caminho certo, 80% dos entrevistados afirmaram que sim, enquanto 12% consideram que está no caminho errado. Quando comparado ao governo anterior de Yeda Crusius, 75% alegaram que a expectativa é de que a atual administração seja melhor, contra 17 que acham que será igual.

- Na avaliação por áreas do governo, a saúde, as estradas e a segurança receberam as piores considerações (ruim e péssimo), com 52%, 43% e 35%, respectivamente. As áreas melhor avaliadas (ótimo e bom) foram cultura, educação e funcionalismo, com 44%, 32% e 32%, respectivamente. São  justamente as áreas onde a retórica e os factóides mais impressionam o distinto público.


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Artigo - Tarso Genro enfiou a maconha na agenda e depois fugiu da discussão

O governador e seus companheiros de governo e do PT calaram-se de modo assustador depois da apologia do uso da maconha, conforme declarações destemperadas, inaceitáveis e irresponsáveis feitas pelo governador na sessão em que proferiu a Aula Magna da Ufrgs. É possível que tenham percebido a enormidade do mal causado. Vai a seguir a opinião do leitor e um artigo irrepreensível de um médico, eleitor do PT, sobre as barbaridades pronunciadas e externadas pela expressão fisionômica travessa do governador. Não dá para entender o silêncio do Ministério Público, o mesmo MP que processou o editor por defender brigadianos que balearam bandidos que os confrontaram com armas na mão, mas silencia diante do que ocorreu na Ufrgs. Na Assembléia, o silêncio foi do gênero crepuscular, bem no clima das sessões atuais na Praça da Matriz.

Pergunta: O que eu e os outros pais dizemos agora aos nossos filhos após a apologia ao uso de maconha pelo gov Tarso ?cientificamente sabemos que" embota " o cérebro entre outros efeitos nefastos transformando irreversivelmente e uperemptoriamente o comportamento do usuário   Jorge Fregapani
Médico
Assunto: Reinaldo Azevedo - 8 abril 2011 ::> Tarso pode ler na imprensa gaúcha os efeitos nefastos da maconha - aquela, que "dizem ser saborosa".
Responder A: "Rommel" <rommel.simoes@gmail.com>
Reinaldo Azevedo - 8 abril 2011
Tarso pode ler na imprensa gaúcha os efeitos nefastos da maconha — aquela, que “dizem ser saborosa”…
Vocês conhecem Taro Genro.
É o governador do Rio Grande do Sul. Do PT. Anteontem, ele deu uma aula inaugural na Universidade Federal do Rio Grande do Sul e, ao falar sobre a maconha, minimizou seus efeitos negativos e ainda emendou, com a responsabilidade do cargo que ocupa: “Deve ser saboroso”.
Tarso também diz que agora só lê a imprensa gaúcha. A do resto do país, em especial a de São Paulo, ele considera desprezível, desnecessária. Compreendo o maragato… Eu não padeço de tara isolacionista ou separatista. Leio a imprensa gaúcha também.
Hoje o jornal Zero Hora publica um artigo sobre a maconha escrito por Sérgio Paula Ramos. Ele é psiquiatra e psicanalista e membro do conselho consultivo da Associação Brasileira de Estudos sobre o Álcool e outras Drogas. Para Tarso, o homem talvez tenha o defeito de ter nascido em São Paulo. Mas tem a qualidade, governador, de ter escolhido o Rio Grande do Sul para morar: gaúcho por opção! Embora eu não saiba em quem ele votou, minhas fontes no Estado me dizem que é eleitor do PT. Tarso sempre pode aprender alguma coisa sem se deixar contaminar pelos “reacionários”.
Entre outras coisas, o artigo intitulado “Cuidado, companheiro”, informa:
“(…) também está bem demonstrado, em nossa cultura, que, na história natural de um dependente químico, a primeira droga de experimentação é o álcool. A segunda, a maconha, que, no Brasil, é a droga ilícita mais consumida e, infelizmente, Porto Alegre, a campeã no seu consumo por jovens que, ensinam-nos os últimos achados das neurociências, apenas aos 22, 23 anos completam seu amadurecimento cerebral. Antes disso, apresentam importantes dificuldades no processo de tomada de decisões razoáveis, posto que sua região cortical responsável por fazer isso, o córtex pré-frontal, encontra-se imatura.
Devido a esta grande imaturidade do cérebro juvenil, é que se impõe que tanto os pais quanto os educadores tomem conta de seus filhos/alunos adolescentes. De fato, pais que sabem onde seu filho está, com quem e fazendo o que, têm 12 vezes menos filhos envolvidos com drogas do que os que não sabem. Igualmente, um Estado que protege seus adolescentes impedindo-os de consumir bebidas alcoólicas e reduzindo a oferta das drogas ilícitas está cumprindo o seu papel.”
Segue a íntegra. Volto com um breve comentário o fim de tudo:
Já havia sido bem demonstrado que o uso de maconha por jovens está associado à queda no desempenho escolar, à evasão escolar, à formação acadêmica inferior e ao aumento do desemprego medido aos 25 anos. Igualmente, está bem demonstrado o aumento da prevalência dos quadros depressivos em usuários de maconha. Agora, a prestigiosa revista British Medical Journal acaba de publicar um estudo bem controlado de seguimento de 10 anos e conduzido em diferentes centros de pesquisa, entre os quais o King’s College of London e o Max Planck Institute de Munique, com jovens usuários de maconha, concluindo o que outros autores tinham suspeitado: que o uso de maconha duplica a chance de alguém ter um quadro psicótico.
Por outro lado, também está bem demonstrado, em nossa cultura, que, na história natural de um dependente químico, a primeira droga de experimentação é o álcool. A segunda, a maconha, que, no Brasil, é a droga ilícita mais consumida e, infelizmente, Porto Alegre, a campeã no seu consumo por jovens que, ensinam-nos os últimos achados das neurociências, apenas aos 22, 23 anos completam seu amadurecimento cerebral. Antes disso, apresentam importantes dificuldades no processo de tomada de decisões razoáveis, posto que sua região cortical responsável por fazer isso, o córtex pré-frontal, encontra-se imatura.
Devido a esta grande imaturidade do cérebro juvenil, é que se impõe que tanto os pais quanto os educadores tomem conta de seus filhos/alunos adolescentes. De fato, pais que sabem onde seu filho está, com quem e fazendo o que, têm 12 vezes menos filhos envolvidos com drogas do que os que não sabem. Igualmente, um Estado que protege seus adolescentes impedindo-os de consumir bebidas alcoólicas e reduzindo a oferta das drogas ilícitas está cumprindo o seu papel.
Portanto, um dos vértices importantes de um programa de prevenção dos problemas decorrentes do consumo de drogas é diminuir o aporte global destas em nossa sociedade. Mecanismos eficazes de controle estão bem delineados. Entre eles a lei seca no trânsito, a proibição de propaganda de álcool e tabaco, bem como o desestímulo geral de consumo de drogas ilícitas.
Quando os jovens que já experimentaram maconha são perguntados por que o fizeram, a resposta universal é por curiosidade e pressão do grupo. Quando os não experimentadores, a maioria, são inquiridos sobre os motivos da não experimentação, a resposta é porque faz mal para a saúde e porque é proibido. Logo, qualquer grau de liberação de seu consumo haverá de elevá-lo, com consequente aumento de todos os problemas acima mencionados.
Conclusão: dependência química é uma doença evitável, sua prevenção se faz através de programas públicos bem orquestrados em que, segundo a Organização Mundial de Saúde, não há qualquer espaço para a liberação do consumo de maconha.
Como os profissionais de saúde que lidam com a questão encontram-se bem preparados para colaborar na elaboração destes programas, colocamo-nos à disposição. A primeira colaboração deverá ir no sentido de proteger as autoridades de expressarem opiniões que colidam com o que a ciência tem nos demonstrado e que, em boa hora, a Organização Mundial de Saúde acaba de defender.
Encerro com as palavras do governador do RS
“Dizem que é muito saboroso!”
                                                                   

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