Segundo reportagem da revista Veja desta noite, tudo publicado no seu site, informa que o juiz afirma que Lava Jato comprovou lavagem de dinheiro
por meio de doações oficiais e indica nome de réus para depoimento em ação
contra Dilma e Temer.
O material assinado por Daniel Pereira e Felipe Frazão é o que segue:
Ao lado, fac simile de doumento pelo qual Sérgio Moro encaminhou ao TSE lista de delatores que
poderão ser ouvidos para confirmar propina em doações eleitorais.
O juiz federal Sergio Moro afirmou à Justiça Eleitoral
que a Operação Lava Jato comprovou o repasse de propina a campanhas eleitorais
em troca de contratos da Petrobras. Moro encaminhou ao Tribunal Superior
Eleitoral (TSE) documentos de dez ações penais da Lava Jato em primeira
instância para subsidiar um dos quatro processos que podem resultar na cassação
da presidente Dilma Rousseff e de seu vice, Michel Temer.
"Destaco que na sentença prolatada na ação penal
5012331-04.2015.404.7000 reputou-se comprovado o direcionamento de propinas
acertadas no esquema criminoso da Petrobras para doações eleitorais
registradas", escreveu Moro, em ofício ao Tribunal Superior Eleitoral,
encaminhado em outubro do ano passado. No processo citado por Moro, a Justiça
Federal entendeu que o diretório nacional do PT recebeu propina de 4,26 milhões
de reais, entre 2008 e 2012. O dinheiro ilícito era destinado à Diretoria de
Serviços da Petrobras, então comandada por Renato Duque, e repassado ao partido
por empresas de Augusto Ribeiro de Mendonça Neto com aval do ex-tesoureiro
petista João Vaccari Neto, preso e condenado pela lavagem de dinheiro por meio
dessas doações.
Ele também indicou caminhos para que a corte eleitoral
verifique a acusação dos autores da ação, o PSDB e a Coligação Muda Brasil, do
senador tucano Aécio Neves (MG), candidato a presidente derrotado no segundo
turno das eleições em 2014. Em uma das ações de investigação judicial eleitoral
(AIJE), Dilma e Temer são acusados de abuso de poder político e econômico com
"gastos acima do limite" e "recebimento de doações oficias de
empreiteiras contratadas pela Petrobras como parte de distribuição de
propinas".
Sérgio Moro sugeriu à Corregedoria-Geral Eleitoral que
sejam ouvidos os delatores da Lava Jato que confirmaram em âmbito criminal que
repasses de propina foram mascarados como doações eleitorais oficiais e também
entregue como caixa dois. "Saliento que os criminosos colaboradores
Alberto Youssef, Paulo Roberto Costa, Pedro José Barusco Filho, Augusto Ribeiro
de Mendonça Neto, Milton Pascowitch e Ricardo Ribeiro Pessoa declararam que
parte dos recursos acertados no esquema criminoso da Petrobras era destinada a
doações eleitorais registradas e não-registradas. Como os depoimentos abrangem
diversos assuntos, seria talvez oportuno que fossem ouvidos diretamente pelo
Tribunal Superior Eleitoral a fim de verificar se têm informações
pertinentes", escreveu Moro.
CLIQUE AQUI para ler mais.