Sartori presidirá, segunda, ato pelo qual BRDE financiará R$ 89,3 milhões para CCGL, Santa Clara e Languiru

O Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) vai financiar novos projetos que beneficiam diretamente a cadeia produtiva do leite, no valor de R$ 89,3 milhões. A celebração dos contratos de financiamento com as cooperativas Santa Clara, Santa Clasra e CCGTL e será na presença do governador do Estado do Rio Grande do Sul, José Ivo Sartori, e do vice-presidente do BRDE, Odacir Klein, em cerimônia a ser realizada nesta segunda-feira, às 14h30, no Palácio Piratini, em Porto Alegre.

As cooperativas beneficiadas irão gerar 246 novos postos de trabalho diretos e centenas de outros indiretos em toda a cadeia produtiva. “Além disso, teremos um acréscimo de R$ 22,5 milhões de ICMS para o Rio Grande do Sul”, ressaltou o vice-presidente do BRDE, Odacir Klein.

SANTA CLARA
A Cooperativa Santa Clara irá construir uma nova indústria de produtos lácteos para 400 mil litros/dia e derivados de leite, com o financiamento de R$ 70 milhões, do BRDE. Serão gerados 166 empregos diretos.
“A Santa Clara já tem cerca de 250 mil litros / dia de leite que não consegue industrializar, por falta de capacidade instalada. Há grande espaço para crescimento do consumo interno per capita de leite (170 litros em 2013 para projetados 227 litros em 2024)”, acrescentou Klein.
A Santa Clara possui quase cinco mil associados e tem uma área de atuação em 100 municípios da Encosta Superior e Nordeste do RS.

CCGL
A Cooperativa Central Gaúcha - CCGL - teve aprovado pelo BRDE um financiamento de R$ 8,6 milhões para a construção de armazém para produtos lácteos com 7.500 m2 e capacidade para 9.600 toneladas. O novo projeto da CCGL irá gerar mais 20 empregos diretos.
A construção do armazém substituirá espaços alugados em municípios vizinhos e vai possibilitar a centralização da armazenagem e do despacho de produtos prontos da Indústria de Laticínios (leite em pó), em Cruz Alta. A CCGL reduzirá assim custos com fretes e manuseio de produtos, redução de quebra na armazenagem e garantia de manutenção da qualidade dos produtos pelo menor trânsito e manuseio e pelas melhores condições de armazenagem.
“O BRDE é parceiro da CCGL em vários projetos como a construção da Planta de Leite em Pó para um milhão de litros / dia, em 2007, depois com o início da produção de creme de leite e achocolatados em 2012/2013 e, ainda, em 2014 com o início da duplicação do leite em pó, com término previsto para janeiro de 2016”, lembrou o vice-presidente.

LANGUIRU
A Cooperativa Languiru recebeu um aporte de R$ 10,6 milhões para a aquisição de um Centro de Distribuição da Cooperativa Regional de Desenvolvimento Teutônia – Certel - e capital de giro associado. Também serão realizadas reformas, melhorias nas instalações, aquisição de equipamentos e de móveis no referido Centro de Distribuição, que trará ganhos logísticos para a indústria do leite, aves e suínos da Languiru.
Os resultados esperados com o investimento são: geração de 60 oportunidades de trabalho; aumento da qualidade de atendimento aos clientes, com entregas mais rápidas e logística mais eficiente; melhoria na qualidade da armazenagem dos produtos; melhores oportunidades de criação de novos negócios; logística única, permitindo redução nos custos com fretes.
A Cooperativa que conta com quase seis mil associados teve, em maio de 2012, inaugurado o novo Frigorífico de Suínos (Poço das Antas), financiado pelo BRDE e Badesul.

Protestos populares tentam derrubar presidente bolivariano do Equador

O material a seguir é do jornal La Hora. A declaração a seguir é do prefeito da Capital: 'Es momento de la patria', dice alcalde de Guayaquil Jaime Nebot. A reportagem a seguir vai toda em espanhol. A foto é também do jornal. CLIQUE AQUI para examinar mais fotos do protesto e o texto original. 

En medio de gritos 'Fuera Correa Fuera' y 'Nebot presidente', el alcalde aseguró que el país de Rafael Correa se acabó, y está volviendo a ser el país que 'queremos' libre, justo, unido. Precisó que lo que han querido es hacer (Gobierno) es iniciar una lucha de clases, pero que el pueblo es inteligente y que no lo va a permitir.

Aseguró que la propuesta del Gobierno es coartar libertad de expresión, vulnerar derecho de trabajadores, poner en peligro las  jubilaciones,  y que el pueblo no lo va a permitir.

Dijo también que ha demostrado sus mentiras al llamar al diálogo. Recordó que cuando llamó al diálogo a los maestros, luego les quitó sus fondos, tras hablar con los empresarios, les impuso las salvaguardias,  y a los comunicadores, les clavó la ley mordaza.

Finalmente terminó su discurso diciendo que las luchas tienen metas, y que sin duda esta marcha ha contribuido a impedir que se ultraje al Ecuador. "La patria y la familia lo deben todo, así eso implique otro 9 de octubre u otro 24 de mayo", puntualizó.

Con banderas y cánticos, los manifestantes marchan pacíficamente en las calles del Puerto Principal para mostrar su rechazo a las políticas del Gobierno. Nebot convocó hace dos semanas a marchar “porque el pueblo está cansado del abuso, del engaño y del atropello”, dijo el Alcalde.

Los manifestantes exigen el archivo definitivo de los proyectos de Ley de herencias y Plusvalía. Esto, a pesar de que hace varios días el presidente Rafael Correa comunicara al país de una “suspensión temporal” de dichas leyes. (BA / VET)

Trabalhadores da GM de Gravataí voltam nesta segunda à produção, mas temem demissões em massa.

Depois de duas semanas de férias coletivas forçadas, os funcionários metalúrgicos da GM e das empresas sistemistas voltam ao trabalho na segunda-feira (29/06). De acordo com o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Gravataí (SMG), Valcir Ascari, os trabalhadores retornam preocupados do que pode acontecer, caso a crise econômica continue.

O que disse o sindalista em mensagem ao editor, esta noite:

- Um ministro disse esses dias que o país está de ressaca econômica. Quando o ministro fala isso, o que sobra para os trabalhadores? O Governo está deixando a população sem capacidade de investimento. Olhando as montadoras, o que encontramos é uma situação muito ruim. A GM de Gravataí está com cerca de 15 mil carros estocados.

O sindicalista alerta que o risco de desemprego é iminente no setor, apesar de todo esforço do SMG para evitar que os trabalhadores sejam afetados pela instabilidade econômica em Gravataí.

Eis o que ele disse:

- Nós negociamos o day off até o final do ano com a GM de Gravataí. Normalmente, existe uma perspectiva de tempos bons. Mas não é o que a conjuntura econômica está mostrando agora. Não podemos ficar pessimistas, mas a situação está realmente ruim. Está complicado ficar otimista

Em maio, o Sindicato conseguiu, junto com os funcionários da GM, manter os três turnos de produção e ampliar o day off. Assim, o trabalhador recebe folga sem perda de remuneração. Além disso, caso ocorra alguma dispensa, o banco de horas é zerado, sem débito desse item do trabalhador para com a empresa.

Governo grego decreta fechamento dos bancos, proíbe compra de euros e proíbe remessas para o exterior. Calote grego é iminente.

O governo grego, comandado por Alexis Tsipiras, anunciou no início da noite deste domingo que os bancos ficarão fechados nesta segunda-feira. Além disso, haverá controles de capitais, ou seja, as transferências de recursos para o exterior estão proibidas.

Com isso, é praticamente certo o calote da dívida grega, o que lança dúvidas sobre o futuro do euro; como a Grécia deve abandonar o projeto da moeda comum, a questão é: outros países seguirão o exemplo?

Guido Mantega, ministro da Fazenda de Lula e de Dilma, é apupado de novo em restaurante. A turba grita: "Ladrão, ladrão !".

Nas fotos, nas extremidades, Guido e Benito, comparados entre si como dois fascistas ladrãoes e mentirosos. 
CLIQUE AQUI para examinar o video com o incidente de hoje. 



Onde tem petista, atualmente, fica difícil conter a ira do povo e evitar que explodam exclamações do tipo daquela que atingiu novamente o  ex-ministro da Fazenda, Guido Mantega, que voltou a ser agredido, quando almoçava, neste domingo, no restaurante Trio em São Paulo>

- Ladrão, ladrão, sim senhor, palhaço, sem vergonha, sem vergonha, é isso o que o senhor é.

Foi o disse um cidadão, que conseguiu agredir o ex-ministro, revoltado com as roubalheiras de Lula e seus companheiros do PT.

O protesto foi além, porque outro frequentador do restaurante interrompeu o almoço para também protestar, sob aplaudos gerais:

- Estão acabando com esse país. Acabaram com a Petrobras, acabaram com tudo.

Os líderes do PT precisam saber que serão vaiados e hostilizados em qualquer local público do País, porque não há quem não os queira ver na cadeia.

Mantega já havia sido hostilizado no Hospital Albert Einstein.

Outro ex-ministro petista, Alexandre Padilha, foi também atacado por um executivo.

Recentemente, a calçada do apresentador Jô Soares foi pichada com ameaça de morte.


O  escritor Fernando Morais também recebeu ameaças pelas redes sociais. 

Mais 28 imigrantes haitianos desembarcam em Porto Alegre

Outro ônibus despachado pelo governo petista do Acre, chegou nesta madrugada a Porto Alegrew, desta vez com  28 imigrantes haitrianos a bordo.

A ruína da Era Lula

Os repórteres Flávia Tavars, Leandro Loyla e Diego Escosteguy, escrevem na revista Época deste final de semana qyue acossado pelas investigações da Lava Jato e cada vez mais impopular, o ex-presidente parte para o ataque - e expõe o ocaso do modo petista de fazer política;

Leia toda a reportagem:

Num encontro recente com os principais chefes do PMDB, o ex-presidente petista Luiz Inácio Lula da Silva, novo líder da oposição ao governo petista de Dilma Rousseff, comparou a presidente a uma adolescente mimada. Na analogia, Lula se apresenta no papel de pai preocupado. O petista, como é de seu hábito, sempre aparece nesse tipo de metáfora como figura sensata, arguta, sábia. Desempenha a função do pai - do bom pai. "Ela (Dilma) faz bobagem, você senta para conversar e dizer por que aquilo foi errado. Ela concorda, claro" disse Lula. Mas não demora, logo no dia seguinte, ela vem e faz tudo de novo. Te chamam na delegacia para buscar a filha pelo mesmo motivo." Todos eram homens, e riram. A culpa pelas desgraças do país não é da Geni. É de Dilma.

A historinha de Lula, compartilhada num momento de intimidade política, revela quanto Lula tem, de fato, de argúcia - e quanto Dilma tem de impopularidade. Conforme a aprovação da presidente aproxima-se do chão (10%), como mostrou o Datafolha na semana passada, mais à vontade ficam os políticos para fazer troça da petista. Até ministros próximos de Dilma, que conseguem trabalhar há anos com ela, apesar das broncas mal-educadas que recebem cotidianamente, não escondem mais o desapreço pela presidente. "A Dilma conseguiu implodir as relações com os movimentos sociais, com o Congresso e com o PIB", diz um desses ministros, que é do PT. "O segundo governo acabou antes de começar. Estamos administrando o fracasso e os problemas do primeiro mandato. Resta apenas o ajuste fiscal para o país não quebrar"

Ninguém discorda que Dilma é uma presidente estranha. 

Num momento de crise profunda no país que ela governa, só aparece em público para pedalar pelas ruas de Brasília. Os políticos mais antigos lembram-se das corridas matinais de Collor nas proximidades da Casa da Dinda, quando o governo dele desmoronava. Transmite o mesmo tipo de alienação. Na semana passada, num discurso que entrará para os arquivos da Presidência da República, Dilma "saudou a mandioca, uma das maiores conquistas do Brasil". Estava no lançamento dos Jogos Indígenas. Falou de improviso. Inventou expressões como "mulheres sapiens" e pôs-se a elogiar a bola usada pelos índios. "É uma bola que eu acho um exemplo, é extremamente leve. Já testei e ela quica", disse Dilma. Um ministro que presenciou o discurso não acreditou no que via/"Dava vontade de sair correndo e tirar o microfone dela", diz ele, ainda rindo da cena.

O esporte do momento em Brasília, como fez Lula, é ridicularizar Dilma. Mas será ela a verdadeira responsável pela crise que acomete o Brasil em 2015? 

Ninguém discorda de que a presidente tem responsabilidade - e muita - pela crise econômica. Mas os fatos políticos dos últimos meses, e em especial das últimas semanas, demonstram que a crise prolongada — política, social, criminal e econômica -é sintoma da ruína de uma era, uma era definida não por Dilma, mas por quem a concebeu politicamente: Lula, o pai. Trata-se de uma era em que o PT exerceu o poder por meio do fisiologismo do mensalão e do petrolão, abandonando, a partir do governo Dilma, a razoabilidade econômica e a conciliação política.

O fim da era Lula se determina pelo avanço das investigações da Lava Jato, que chegam cada vez mais perto do ex-presidente, e pela defesa amalucada, pelo PT, de empreiteiros do petrolão, com aplausos até para um tesoureiro preso. As investigações da Polícia Federal e do Ministério Público, seja no petrolão, seja no esquema do governador de Minas, o petista Fernando Pimentel, revelam que não há mais espaço fácil para a corrupção sem freios da era Lula. O desastre nas contas públicas revela que o programa econômico do PT deu errado. A crescente influência de Eduardo Cunha revela, por sua vez, que não há mais espaço para que Dilma negligencie os demais atores políticos. E, por fim, a impopularidade do PT, que quebra recordes após recordes, revela que os brasileiros, cada vez mais, e apesar da reeleição de Dilma, não querem esse jeito de fazer, e pensar, política.
Lula decidiu - pois, não tenha dúvida, é ele quem decide as coisas no PT - no começo de 2009 que Dilma seria a candidata do partido a sua sucessão. Àquela altura, Dilma não era bolada, fã de mandioca ou ciclista de contas públicas. Pilotava, como ministra-chefe da Casa Civil, uma locomotiva política que tirava milhões da pobreza enquanto puxava a economia velozmente para a frente - para um futuro de prosperidade que finalmente chegara. Lula resolvia a política e unia um país dividido pelo mensalão; Dilma resolvia o governo e unia uma burocracia hostil ao trabalho duro. 
A locomotiva petista parecia irrefreável.

Nesse ambiente de euforia e triunfalismo, poucos aliados se opuseram ao nome de Dilma. José Dirceu e Antonio Palocci, os dois homens fortes do PT, que poderiam suceder a Lula, haviam tombado, vítimas da própria empáfia e do cálculo equivocado de que poderiam participar impunemente de esquemas de corrupção. Dilma era desconhecida do público. Tinha apenas a fama, trabalhada no marketing de João Santana, de gerentona. Alguns políticos e assessores mais atentos, contudo, temiam pelo temperamento de Dilma, pela aparente falta de vocação dela para a articulação política e, finalmente, duvidavam da capacidade da então ministra de tocar o governo. Um deles era o ministro das Relações Institucionais, o experiente José Múcio, hoje ministro do Tribunal de Contas da União. Lula perguntou a ele o que achava da candidatura de Dilma. "Todos em Brasília conhecem a Dilma, menos você", disse Múcio. Lula, que já havia escolhido Dilma, fez cara feia.

Os anos mostrariam o que Múcio queria dizer. A locomotiva de Lula e Dilma rodava com uma mistura de diesel importado e diesel batizado. O importado vinha de uma economia mundial que precisava muito, naquele momento, de matérias-primas como minérios e soja, produtos abundantes no Brasil. Com um combustível dessa qualidade, a locomotiva nem precisava de piloto. As barbeiragens econômicas não diminuíam a velocidade dela. Cedo ou tarde, porém, as necessidades da economia mundial mudariam, Foi o que aconteceu: o dinheiro de fora secou. As barbeiragens de Dilma prosseguiram. Ainda no primeiro mandato da petista, o trem começava a descarrilhar.
O diesel batizado, que garantia a estabilidade política, vinha da distribuição de cargos endinheirados no governo para partidos aliados. Numa palavra, do fisiologismo. Após comprar os aliados diretamente com dinheiro do mensalão no primeiro mandato, Lula, no segundo, descentralizou a corrupção que financia os políticos, seja na pessoa física (grana no bolso ou na Suíça), seja na jurídica (grana nas campanhas dos partidos). É o modelo tradicional de corrupção política 110 Brasil. Existe há décadas. Existia também no primeiro mandato de Lula, mas em menor escala, precisamente pela prevalência do mensalão.

Na locomotiva petista, nenhum vagão rodava com tanto combustível batizado quanto a Petrobras. Foi Lula quem nomeou Paulo Roberto Costa (cota do PP), o companheiro Paulinho, nas palavras do presidente, para a Diretoria de Abastecimento. Foi Lula quem nomeou Renato Duque (cota do PT) para a Diretoria de Serviços, Foi Lula quem nomeou Nestor Cerveró para a Diretoria Internacional (cota do PT e do PMDB). Foi Lula quem nomeou, após a ida de Cerveró para a R Distribuidora, Jorge Zelada (cota do PMDB da Câmara) para a mesma Diretoria Internacional. Foi, enfim, Lula quem nomeou o ex-senador Sérgio Machado (cota do senador Renan Calheiros, do PMDB) para a Presidência da Transpetro. Algumas dessas nomeações aconteceram quando Dilma presidia o Conselho de Administração da Petrobrás – copilotava a locomotiva. Hoje, Paulinho, Duque e Cerveró estão presos; suas contas na Suíça, bloqueadas. Zelada, Renan e Sérgio Machado são acusados de receber propina no petrolão.

Ano passado, pouco antes da campanha que reelegeria Dilma, o mesmo José Múcio esteve no Instituto Lula. O ex-presidente perguntou-lhe o que achava do governo de Dilma, que já apresentava fissuras. "Agora todo o país conhece a Dilma, inclusive você", disse Múcio. Lula já estava acostumado a ouvir reclamações sobre Dilma. O que nenhum político ousava dizer a ele, mas Múcio deixara no ar, era a dura verdade: a responsabilidade pela escolha de Dilma recaía sobre Lula, Os erros dela eram, em certa medida, erros dele. Como os erros de um filho, muitas vezes, podem ser atribuídos a um pai -inclusive os erros de uma adolescente que, como na metáfora de Lula, são repetidos, apesar das censuras da figura paterna.

O Partido dos Trabalhadores vive, há pouco mais de dez dias, um destempero emocional Tentou pacificar os próprios militantes, que vinham se digladiando por causa do ajuste fiscal promovido pelo governo Dilma, num encontro em Salvador, entre os dias 11 e 13 de junho. O resultado da confraternização parecia promissor. Foi produzida a Carta de Salvador, que tem um tom ameno e conciliador. Típica e anacronicamente, no documento o partido culpa "a crise global do capitalismo" por seus problemas. Mas ainda sinaliza um apoio à cambaleante gestão de Dilma Rousseff. "Diante do cenário atual, em que o mundo sofre as consequências do terremoto da crise global do capitalismo, o PT vem a público apresentar propostas de superação das dificuldades do momento, ao tempo em que nos fiamos na determinação e competência do governo da presidenta Dilma para nos liderar nessa travessia", diz a carta. A palavra corrupção não foi citada uma vez sequer.

O desequilíbrio foi ficando latente conforme o cerco policial foi se fechando em tomo das empreiteiras que são alvo de investigação na Operação Lava Jato- Com a prisão de alguns dos maiores executivos do país, no dia 19 de junho, o discurso de "superação" do PT cedeu espaço a uma autocrítica agressiva. Quem a verbalizou foi justamente o petista-mor, o ex-presidente Lula. A Lava jato fora longe demais: prendera Marcelo Odebrecht, presidente da maior empreiteira do Brasil — e um dos empresários mais próximos de Lula. Ele disse em um encontro com líderes religiosos na sede de seu instituto, em São Paulo; "Dilma está 110 volume morto, o PT está abaixo do volume morto e eu estou no volume morto. Todos estão em uma situação muito ruim5"Ainda que usasse uma metáfora jocosa, referindo-se ao passivo tucano da crise hídrica em São Paulo, chocou seus correligionários.

Num surto de sinceridade Lula prosseguiu com a depreciação três dias depois. Desta vez, em público. Ao lado do ex-primeiro-ministro espanhol Felipe González, o ex-presidente desancou o partido que fundou. Disse que o PT está envelhecido e viciado em poder* Como no caso de Dilma, falava e se comportava como um observador distante, não como o político que criou e moldou o jeito petista de governar e se relacionar com o poder. "Não sei se o defeito é nosso, se o defeito é do governo. Mas eu acho que o PT perdeu um pouco a utopia. Hoje a gente só pensa em cargo, em emprego em ser eleito. Ninguém hoje trabalha mais de graça." Nunca antes na história deste país Lula falara algo tão duro contra seu partido e, assim, contra si mesmo.

A fala de Lula causou rebuliço. Na semana passada, petistas do governo e do Congresso se esforçavam para responder à questão: "O que Lula quer?" O ministro Edirtho Silva, da Secretaria de Comunicação Social, foi o escolhido para abdicar de seus afazeres em Brasília e dar um pulo até São Paulo para ouvir do próprio Lula a resposta. Na conversa, Lula disse ao ministro que quer ser mais ouvido pelo governo, quer que suas opiniões sejam levadas em conta e que precisa se aproximar mais para poder defender a gestão de Dilma. Ainda naquela noite de quarta-feira, Lula também se encontrou com o presidente do PT, Rui Falcão. Selaram a paz. O resultado foi uma nova "resolução política", publicada pela Executiva Nacional do partido depois de um encontro que tomou toda a quinta-feira, 11a sede nacional do PT, numa rua estreita do centro de São Paulo.

O descontrole emocional completa, nesse documento, seu ciclo. O PT decide fazer uma defesa escancarada das empreiteiras da Lava Jato. Associa as investigações do petrolão à redução da maioridade penal, num contorcionismo ideológico movido a ácido. "Tão grave quanto as tentativas de reduzir a maioridade penal, de realizar a contrarreforma do sistema político-eleitoral e de comprometer o sentido progressista do Plano Nacional de Educação é a ação ilegal, antidemocrática e seletiva dos setores do Judiciário, do Ministério Público e da Polícia Federal no âmbito da Operação Lava Jato" diz o documento. Mais adiante, a cúpula petista se diz preocupada com "as consequências para a economia nacional do prejulgamento11 das empreiteiras e pede pressa nos acordos de leniência,"que não paralisem obras ou se suspendam investimentos previstos, a fim de impedir a quebra de empresas e a continuidade de demissões daí resultantes".

A locomotiva petista descarrilhou de vez.


Justiça Eleitoral vai ouvir delator em ação que investiga campanha de Dilma

O dono da empreiteira UTC, Ricardo Pessoa, será ouvido pela Justiça Eleitoral para esclarecer se a campanha à reeleição da presidente Dilma Rousseff no ano passado foi beneficiada pelo esquema de corrupção e cartel na Petrobras.

Pessoa é um dos delatores da Operação Lava Jato e disse em depoimento à Procuradoria-Geral da República que repassou R$ 750 mil ao tesoureiro da campanha presidencial de Dilma Rousseff em 2010, José de Filippi, e outros R$ 2,9 milhões ao ex-tesoureiro nacional do PT, João Vaccari Neto, que está preso preventivamente.


Ele entregou uma planilha intitulada “pagamentos ao PT por caixa dois” em que relaciona os dois petistas ao repasse de 3,6 milhões entre 2010 e 2014.

A oitiva de Pessoa foi autorizada no dia 23 pelo corregedor-geral eleitoral João Otávio de Noronha, que é relator no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de uma ação de investigação judicial eleitoral da campanha à reeleição de Dilma em 2014. A ação foi protocolada no TSE em dezembro de 2014 a pedido da coligação pela qual o senador Aécio Neves disputou as eleições presidenciais, liderada pelo PSDB, e pede apuração de “abuso do poder econômico e político” e “obtenção de recursos de forma ilícita” da campanha petista.

Crise econômica no Brasil deve fechar 1 milhão de vagas até o fim do ano

A recessão econômica bateu em cheio no mercado de trabalho e a geração de empregos dos últimos anos deu lugar a demissões em massa. No primeiro mandato da presidente da República, Dilma Rousseff, 4,9 milhões de postos formais foram criados, mas nos cinco primeiros meses deste ano, 243.948 pessoas já foram dispensadas, segundo dados Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Os analistas temem uma aceleração do nível de desemprego a partir de junho, o que resultaria no fechamento de 1 milhão de vagas com carteira assinada até dezembro. Há quem aposte que a taxa de desocupação ultrapassará os 10% em 2016. Para piorar, o rendimento médio real dos assalariados também está em queda. Esse processo derrubará ainda mais a popularidade da chefe do Executivo, que já tem um índice de rejeição de 65%.

Das 27 unidades da Federação, em 19 o número de dispensas supera as contratações. E essa situação se agravará nos próximos meses. Nas regiões Norte, Nordeste e Sudeste, 314.870 vagas formais desapareceram. Com o baixo nível de confiança dos empresários, não há expectativa para reposição dos postos de trabalho nessas localidades pelo menos até o fim do próximo ano.

Nos três estados do Sul, a geração de empregos ainda supera os desligamentos quando analisados os resultados acumulados nos cinco primeiros meses do ano. A agropecuária e o setor de serviços são os que mais empregam. Mas, em abril e maio, o ritmo de demissões cresceu e já supera as contrações no Paraná, em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul. No Centro-Oeste, o Distrito Federal é a única localidade em que o fechamento de postos formais é maior do que o número de contratações. A construção civil é o segmento que mais dispensa, seguido pelo comércio e pelo setor de serviços.

Prepare-se -para o que vai acontecer nesta segunda-feira

Rodolfo Amstalden, consultoria Empiricus, Rio, passou ainda há pouco, neste domingo a tarde, uma análise imediata do que está acontecendo neste domingo na Gréccia.

Leia e previna-se:

Neste momento, a típica família ateniense procura um caixa eletrônico que ainda contenha dinheiro.
No caso, euros.
Dentre os 7 mil caixas instalados na Grécia, 500 estavam completamente vazios às 10 horas do sábado.
Ninguém sabe o que ocorrerá amanhã, quando chegar o horário oficial de abertura da rede bancária.
Poderemos ter outra Black Monday - a lembrar do histórico dia de 1987 em que todos os mercados globais derreteram simultaneamente.
Nestas poucas horas restantes, há três alternativas urgentes para se evitar uma segunda-feira negra.
1) Decretar feriado forçado na Grécia.
2) Levantar um controle de capitais que impeça a saída de euros do país.
3) Estender as linhas de crédito prestadas pelo Banco Central Europeu.
A terceira das alternativas foi praticamente descartada pelo BCE nesta manhã - um indício de que os próprios europeus estão fartos da Grécia.
A segunda saída violaria frontalmente o princípio de uma zona monetária integrada, e geraria revolta popular.
Quanto à primeira opção, cada vez mais provável, só empurrará o calendário para terça-feira.
O relógio corre rápido contra a Grécia.
Felizmente, você ainda tem tempo de se preparar para uma Black Monday.
Como o responsável direto pela série de investimentos a longo prazo da Empiricus, publiquei na sexta-feira as diretrizes de uma alocação ultra-defensiva, à prova dos piores riscos.
Essa alocação combina aplicações em renda fixa, dólares, ouro, ações, fundos imobiliários.
E todos os investimentos podem ser facilmente colocados em prática.
(Para conhecer minha estratégia ultra-defensiva, clique aqui)
Além dessas diretrizes especiais, meu sócio Felipe Miranda preparou dois vídeos de análise sobre como encarar os desafios financeiros do segundo semestre.
O primeiro desses vídeos irá ao ar amanhã, às 17 horas. Garanta acesso gratuito inscrevendo-se nesta lista exclusiva.
Em um domingo cinza ou segunda-feira negra, temos o preceito de oferecer as melhores recomendações para proteger seu patrimônio.
Seu caixa nunca pode ficar vazio.


Artigo, Ronald Hillbrecht - Tragédia grega

E-mail do autor: ottohill@ufrgs.br - 


Com poucas exceções, os países da zona do euro compartilham uma longa história de indisciplina fiscal. A dívida pública média mais que dobrou entre 1970 e 1995, passando de aproximadamente 30% do PIB dos respectivos países para mais de 60%. Nos dez anos seguintes ela se reduziu um pouco, mas a partir da crise financeira global de 2008 a dívida pública média aumentou rapidamente, chegando a quase 100% em 2013. Embora todos os países da zona do euro tivessem aumento nas suas dívidas públicas, em dois casos (Irlanda e Grécia) o aumento foi explosivo.
No que diz respeito à acumulação de dívida pública, é razoável que ela ocorra durante períodos de dificuldades econômicas, como guerras ou mesmo recessões, mas não é razoável que ocorra persistentemente ao longo do ciclo econômico. O problema é que a acumulação da dívida tem consequências negativas para o crescimento econômico, em particular quando a dívida se torna grande e sujeita a crises autorrealizáveis.
A acumulação da dívida tem consequências negativas para o crescimento econômico
Considere o caso da Grécia. Em 2007, sua dívida pública representava mais de 100% do PIB e mesmo assim o prêmio de risco relativo a títulos do governo alemão era pequeno. Investidores não consideravam seriamente o risco imediato de calote pelo governo grego e, na ausência da crise financeira de 2008, tratava-se de um cenário plausível. Esta situação representa o que se chama equilíbrio bom. Entretanto, com o advento da crise financeira global, os investidores começaram a questionar cada vez mais este cenário, o que elevou o prêmio de risco e tornou a dívida grega cada vez mais instável, particularmente em função da queda subsequente do PIB.
O rápido crescimento da renda per capita grega até 2009 foi fruto de uma bolha criada pela acumulação de dívida pública e financiada com endividamento externo, pois não teve contrapartida em crescimento de produtividade. Adicionalmente, o déficit público grego ficou, em média, em 11,3% do PIB entre 2008 e 2013, elevando a dívida pública rapidamente de um patamar de 100% do PIB em 2006 para 175% em 2014. Esta rápida acumulação de dívida levou a economia grega a um equilíbrio ruim: da mesma forma que os prêmios de risco no equilíbrio bom eram muito baixos, eles se tornaram exageradamente elevados em 2010 – considerando ainda a descoberta de “contabilidade criativa” na mensuração dos déficits.
Em 2009, no rastro da crise financeira global, a situação econômica da Grécia começou a deteriorar muito rapidamente, o que levou à sua crise autorrealizável. O governo grego começou a perder acesso a mercados e ficou rapidamente claro que não seria capaz de lidar sozinho com esta situação: ou receberia auxílio externo –o que ocorreu – ou decretaria moratória.
A deterioração iniciada em 2009 agravou-se pela adoção parcial das condicionalidades impostas pelo acordo de bailout: por um lado, a implantação de um regime de austeridade fiscal requer a redução do déficit público, o que tem um impacto negativo adicional sobre o PIB, já em queda; por outro lado, a não implantação de reformas estruturais impediu os ganhos de produtividade necessários para que a economia grega voltasse a crescer.
A despeito dos ajustes já efetuados, a Grécia ainda precisa de recorrentes socorros financeiros, mas seu governo parece ser incapaz de estabelecer os necessários compromissos de longo prazo. O problema é que as dificuldades econômicas da Grécia têm origem política. O atual partido no poder, o Syriza, tem compromissos com seus eleitores que são incompatíveis com novos acordos com a troika. Adicionalmente, elevados gastos públicos e empreguismo no setor são considerados virtudes pelo eleitor do partido, enquanto reformas pró-mercado são condenáveis. Entretanto, fica o lembrete: sair do euro para poder desvalorizar sua nova moeda apenas reduz os gastos correntes, permitindo que o país sobreviva à margem dos mercados financeiros. Mas ela não resolve os problemas de falta de crescimento de produtividade que comprometem a prosperidade do país.


Ronald Hillbrecht, doutor em Economia pela University of Illinois, é professor do Programa de Pós-Graduação em Economia da UFRGS e especialista do Instituto Millenium.
Este artigo foi publicado hoje na Gazeta do Povo, Curitiba. 

Precatórios já somam R$ 9.,5 bilhões no RS. Assembléia faz audiência pública amanhã.

A Assembléia Legislativa, por solicitação do deputado Frederico Antunes, presidente da Frente Parlamentar em Defesa do Pagamento dos Precatórios, realiza nesta segunda-feira, Audiência Pública, promovida pela Comissão de Finanças, para debater a evolução da dívida do Estado com os precatórios e também os valores que estão sendo repassados para os pagamentos.

Segundo a Central de Precatórios do Tribunal de Justiça, a dívida do Rio Grande do Sul com ações judiciais de precatórios, cresceu 67% entre dezembro de 2010 e março de 2015. O valor saltou de R$ 4,9 bilhões para R$ 8,3 bilhões neste período. Se forem considerados também os precatórios de municípios e INSS, o valor salta para R$ 9,5 bilhões.


A Audiência Pública acontece a partir das 14h30, no Plenarinho da Assembleia Legislativa.

"A blindagem da caixa preta do Carf", por Elio Gaspari

Ao lado, Jorge Gerdau, um dos donos do grupo Gerdau., també inestigado no escândalo do Carf. A Polícia Federal e o Ministério Público meteram-se numa saia justa com o juiz Ricardo Soares Leite, da 10ª Vara Federal de Brasília. O doutor negou todos os pedidos de prisão, suspendeu escutas telefônicas e não autorizou operações policiais. Acusam-no de cultivar um "crônico e grave quadro de ineficiência". -

Há anos parlamentares e curiosos fazem perguntas banais ao Conselho Administrativo de Recursos Fiscais: qual a percentagem de contribuintes que se livram de pagar impostos recorrendo a ele contra autuações da Receita Federal?

Qual a percentagem de contribuintes que recorreram contra autuações superiores a R$ 1 milhão e foram atendidos? Graças à Polícia Federal e ao Ministério Público já se sabe que há décadas funcionavam no Carf quadrilhas de conselheiros, auditores aposentados e escritórios de advocacia. A Operação Zelotes investiga a conduta de 21 conselheiros e a central de bocarras teve seu funcionamento suspenso.

A má notícia é que as perguntas banais nunca foram respondidas. A boa é que o presidente do conselho, doutor Carlos Alberto Freitas Barreto, informou à Câmara dos Deputados que "em breve" poderá divulgá-las. Só não o faz logo porque surgiu um problema no serviço de armazenamento de dados do Serpro. Fica combinado assim, faltando definir o significado de "em breve".

Apesar do silêncio, o Carf divulgou uma valiosa planilha. Ela mostra que, entre 2004 a 2014, chegaram ao Conselho 77 mil pleitos. Em metade deles, os contribuintes recorreram contra autuações com valores na faixa de R$ 10 mil a R$ 100 mil. Juntos deviam R$ 1,2 bilhão. Outros 19 mil pleitos (24,6%) envolviam autuações superiores a R$ 1 milhão. Totalizavam cerca de R$ 515 bilhões. Para se ter a ideia do tamanho desse ervanário, de janeiro a maio deste ano, a Viúva arrecadou R$ 510 bilhões.

Recorrer ao Carf não é coisa para o andar de baixo. Mesmo empresas de porte médio pensam duas vezes antes de contratar advogados ou consultores especializados no assunto. Isso para não se falar nas contratações desvendadas pela Operação Zelotes. Na série agora divulgada, em nenhum ano o valor total dos recursos dos contribuintes milionários ficou abaixo de R$ 10 bilhões (2013 foi um ano gordo: R$ 129 bilhões).

"Em breve", quando o Carf especificar os valores dos recursos atendidos, vai-se descobrir o tamanho e a qualidade de sua compreensão. Se os recursos aceitos pelo conselho contra atuações milionárias ficar acima de 50%, de duas uma: a Receita está autuando de forma leviana ou o Carf virou um ralo. Por enquanto, o Conselho está na posição de um hospital que não sabe informar as estatísticas de seu desempenho.

A Polícia Federal e o Ministério Público meteram-se numa saia justa com o juiz Ricardo Soares Leite, da 10ª Vara Federal de Brasília. O doutor negou todos os pedidos de prisão, suspendeu escutas telefônicas e não autorizou operações policiais. Acusam-no de cultivar um "crônico e grave quadro de ineficiência".


Blindar o Carf pode parecer uma boa ideia. Afinal, em 2009 a empreiteira Camargo Corrêa blindou-se contra a operação Castelo de Areia e as empreiteiras assistiram a um verdadeiro milagre. Os recursos judiciais, ratificados pelo próprio Supremo Tribunal Federal, limparam os acusados e condenaram os investigadores. Passou o tempo e veio a Lava Jato.

Entenda o que ocorreu de errado na Grécia

CLIQUE AQUI para ler, também, artigo do Die Welt sobre a crise grega. - 



A Grécia foi resgatada durante cinco anos, com muito esforço e dinheiro e com muito pouco êxito. O que correu mal entre Atenas, Bruxelas e Berlim? O diário alemão Die Welt fez uma reconstrução em sete passos.

É o que analisa ol site Vox Europa. CLIQUE AQUI para conhecer e leia toda a análise a seguir:

Os países industrializados e, ainda mais, o FMI, fundado em 1945 com essa finalidade, têm anos de experiência na reabilitação de estados sobreendividados e no estabelecimento de fundações para a sua recuperação sustentável. É verdade que se cometeram muitos erros no passado, mas também se tiraram muitas lições, tantas que antes da crise do euro pensámos que sabíamos o que fazer quando um país estivesse prestes a entrar em falência.

No entanto, em 2010, a crise grega tornou-se a questão da ordem do dia. Pouco depois a crise grega tornou-se a crise da zona euro, uma vez que a Irlanda, Portugal e Espanha também precisaram de ajuda. Mas enquanto no geral os outros países em crise estão no caminho certo, os parceiros da zona euro e as organizações internacionais parecem ter chegado aos seus limites relativamente à Grécia.

A Grécia ficou destruída com o excesso de austeridade – é assim que os gregos e alguns dos principais economistas americanos o veem. A Grécia simplesmente não teve vontade de implementar reformas e pode de qualquer forma obter um novo começo através de uma desvalorização e uma “Grexit” – esta é a opinião de muitos alemães, quer a de partidários do Alternative für Deutschland ou de professores de economia.

A verdade reside algures no meio disso. Uma análise mais atenta revela que muitas decisões tomadas durante o resgate da Grécia foram bem fundamentadas e bem-intencionadas, mas depois produziram efeitos secundários contra produtivos e, muitas vezes, difíceis de antecipar.

1. Concentração excessiva nos números


O Governo grego foi autorizado a ignorar a maioria das reformas estruturais e a focar-se apenas nos objetivos orçamentais, sobretudo porque os governos dos países doadores precisavam de resultados tangíveis para justificar o resgate perante os seus eleitores. O alívio do orçamento da Grécia era a maior prioridade. A austeridade por si só não está errada, mas os seus efeitos para o crescimento foram subestimados, especialmente na ausência das tão necessárias reformas estruturais, que são difíceis de executar porque entram em colisão com os interesses instituídos.

2. Microgestão provocadora

A ajuda para o desenvolvimento e as dezenas de programas do FMI tornaram claro que não adianta forçar um plano de reforma predefinido no país beneficiário. O Governo tem de apresentar ao eleitorado o seu próprio plano de reforma e consolidação, ser “proprietário” das reformas. Este princípio não foi de todo respeitado na Grécia. A ajuda foi condicionada a uma agenda muito detalhada. No entanto, isto foi um ato de autodefesa do ponto de vista da Troika, pois os seus homólogos gregos fizeram poucas propostas e exploraram a ambiguidade do plano de reformas para proteger os grupos de interesse.

3. Cortes orçamentais inapropriados

Os Governos que reestruturaram as suas finanças escolheram, no geral, a forma mais fácil. A Grécia teve várias oportunidades para acabar com várias brechas fiscais que favoreciam sobretudo a riqueza, tornando a cobrança de impostos mais justa e obtendo apoio durante o período de adaptação. Não o fez, provavelmente por medo de uma elite bem relacionada. Além disso, o setor público foi fortemente reduzido através do corte de salários, em vez de postos de trabalho, já que foi utilizado como rede de segurança para os despedimentos do setor privado. Outras reformas desnecessárias e impopulares, como o encerramento da televisão pública, pareceram uma tentativa de descredibilizar a Troika perante os cidadãos.

4. A passo lento em vez de um “Big Bang”

Uma reclamação comum é que se esperava que a Grécia fizesse demasiado em muito pouco tempo, mas aconteceu precisamente o inverso. Os cidadãos mais depressa aceitam dois anos de privação do que uma agonia interminável. Inicialmente, a Grécia evitou o pior, mas pouco fez para reavivar a economia e atrair investidores para o país. Os problemas continuaram a aumentar.

5. Ignorar os problemas

Não houve um “Big Bang” na Grécia porque, ao longo dos anos que seguiram a introdução do euro, a Comissão Europeia deu muita importância aos critérios de Maastricht em relação à dívida. Fez orelhas moucas aos problemas estruturais dos países da zona euro. Só apenas depois de a crise explodir é que Bruxelas percebeu que mal conhecia a Grécia, nomeadamente, a sua ineficácia na gestão pública. Além disso, a Grécia foi a primeira vítima da crise e foi considerada um caso isolado. Quando outros países foram afetados, o abrandamento económico ainda piorou mais a situação.

6. Um perdão da dívida demasiado hesitante

Os políticos queriam que a Grécia fosse um caso isolado. Os especialistas que observavam que a Grécia não tinha apenas falta de liquidez, mas que também era insolvente, foram ignorados, bem como a ideia de que apenas uma redução substancial da dívida poderia evitar medidas draconianas de austeridade. Os responsáveis políticos tinham medo que os credores dos países em dificuldade se assustassem se fosse concedido à Grécia um alívio da dívida.

7. Falta de previsões

O facto de a UE pensar durante muito tempo que o perdão da dívida seria demasiado perigoso deveu-se também à falta de proteção para o resto da zona euro. As regras orçamentais e relativas à dívida do Tratado de Maastricht não comtemplaram previsões para uma grave crise económica e da dívida. Isto reflete uma certa arrogância europeia. Os dirigentes pensavam que as crises que afetavam os mercados emergentes não podiam ocorrer na Europa. Perdeu-se demasiado tempo até que instrumentos como o FEEF, o MEE e a União bancária fossem criados.

A Grécia está uma vez mais no topo da agenda europeia. Infelizmente, a Troika não tem credibilidade e os gregos estão cansados e menos entusiasmados do que nunca para implementar reformas. Será possível manter o país no eur

Entenda, aqui, por que razão o mandato de Dilma está no fim

CLIQUE AQUI para examinar o video no qual a consultoria Empiricus fala sobre o fim da presidente, no caso as razões pelas quais está no fim da linha.

Vale a pena ver e ouvir.

Leitor desta página: preste atenção à crise grega e proteja seu dinheiro

O governo ultraesquerdista grego, saudado por PSOL, PCdoB e PT como nova aurora política  global, flerta com o default. Ao lado, o ministro das Finanças, Yanis Varoufakis. - 



A falência iminente da Grécia, talvez ainda esta semana, deve fazer com que os leitores prestem atenção ao dinheiro que possuem nos bancos. O desdobramento da crise financeira grega pode ter desdobramentos globais.- 

De acordo com o ministro das Finanças da Grécia, Yanis Varoufakis, o governo grego vai avaliar neste domingo a adoção de controles de capital e o fechamento dos bancos do país na segunda-feira. Autoridades vão pesar ambas as decisões durante a noite, disse ele à BBC Radio

Jaime Lerner falará no Tá na Mersa desta quarta na Federasul

Jaime Lerner, ex-governador do Paraná, arquiteto consagrado internacionalmente, autor do projeto de revitalização de boa parte da orla do Guaíba, falará nesta quarta-feira no "Tá na Mesa" da Federasul, Porto Alegre.

Cesare Batisti casa com brasileiríssima Joice

O texto a seguir é do  G1, como também a foto

Simples e rápida. Assim foi a cerimônia de casamento de Cesare Battisti, ex-ativista italiano de 70 anos, realizada noite deste sábado, em um camping localizado em Cananéia, no Vale do Ribeira, litoral de São Paulo. Os noivos chegaram ao local da cerimônia em uma Kombi e foram recebidos por cerca de 100 convidados. Após o casório os noivos foram para um churrasco e Battisti anunciou que em breve deve lançar um livro narrando suas histórias.

"Ela [Joice] sempre me acompanhou nos momentos difíceis, o casamento era apenas uma formalidade. Pra mim é um dia maravilhoso. Isso tudo só está sendo possível pois tenho muitos amigos que me ajudaram. Esse é um momento bom que está apenas começando", contou o italiano.

Battisti preferiu não comentar sobre seu imbróglio com a Justiça, mas faz planos para o futuro. "Agora quero lançar um livro com minhas histórias em setembro e finalizar um trabalho de ficção-história sobre Cananéia, que já está metade finalizado. Não sei fazer outra coisa a não ser escrever. Tudo isso que aconteceu comigo acabou me afastando dessa área, mas tudo bem, pois agora estou rodeado de amigos", disse.

Depois da cerimônia, o casal e os convidados aproveitaram a área social do hotel para comemorar o matrimônio com churrasco. A festividade também foi organizada pelos amigos do casal, e a trilha sonora foi a Música Popular Brasileira (MPB).

A esposa de Battisti é a brasileira Joice Lima, com quem o italiano mantém um relacionamento há dez anos. "Acho que depois de 10 anos de relacionamento, é uma realização especial para nós dois, ver toda a família reunida, amigos, todos aqueles que nos apoiaram. É um momento de total felicidade", afirmou a noiva.

Artigo, Pecrival Puggina - Joãozinho, Maria e seus gêneros

Nota oficial do Conselho Regional de Psicologia do Rio Grande do Sul, braço freudiano do PT, informa que se a ideologia de gênero não for incluída nos planos decenais de educação, Joãozinho e Maria estarão sob forte possibilidade de se tornarem agentes ou vítimas de "discriminações, exclusões e iniquidades decorrentes das relações de gênero e sexualidade". Leia a íntegra aqui: www.crprs.org.br/noticias_internas.php?idNoticia=2971.

Estou à espera de que alguém me indique o motivo pelo qual, numa sala de aula onde o bullying faz sofrer o aluno mais gordo, o mais baixo, o gago, o de óculos, o que tem maiores dificuldades de aprendizagem, a única forma de discriminação que causa rebuliço nos legislativos e suas galerias é a discriminação por motivo de conduta sexual. Pergunto: o respeito não é devido a todos, sempre? Por que eleger o sexo como essência do convívio respeitoso, num espaço onde há tanto desrespeito, inclusive ao professor? E note-se: o preconceito e muitos outros males se instalaram nas escolas precisamente quando elas se assumiram como lugares de "construção da cidadania" ou de revolução social.

A partir do momento em que o Congresso Nacional suprimiu do Plano Nacional de Educação as referências a gênero, adotando preceito corretíssimo "(...) erradicação de toda forma de discriminação", certas organizações foram à loucura. Através do Ministério de Educação, manietaram a lei e criaram um hospício legislativo, obrigando estados e municípios a deliberar novamente sobre o assunto.

O que não dizem, e só é conhecido por quem acompanha os debates nacionais e internacionais sobre as ditas questões de gênero, é que essa ideologia pretende ensinar crianças e adolescentes que não existe aquilo que existe - a homossexualidade masculina e feminina, e o sexo com o qual se nasce. Não satisfeitos, afirmam, lisamente, que o gênero é uma construção e que convencer as crianças disso faz parte indispensável da "desnaturalização dos papeis de gênero e sexualidade" (leia a nota, está tudo lá).

Ora, incutir tal disparate na cabeça das crianças da mais tenra idade, mediante imposição legislativa, usando a sala de aula e a autoridade do professor, é uma fraude à biologia e à experiência humana. Introduzir esse conteúdo em cartilhas e figurinhas com o intuito de formatar mentes infantis, afronta sua inocência e invade os direitos educativos dos pais. É perversa manipulação e agressão ao ECA. Combata-se o bullying, ensine-se a igual dignidade de todas as pessoas independentemente de suas diferenças naturais, mas não se obrigue crianças e adolescentes, como parte da atividade escolar, a aprender errado sobre sua própria natureza. 
     
Diferentemente do que pretende o Conselho Regional de Psicologia do Rio Grande do Sul, retirar esses conteúdos dos planos estaduais e municipais de Educação não é "excluir o respeito à diversidade sexual". Ao contrário, colocar foco exclusivamente nessa pauta é discriminar o universo dos desrespeitados. Quem merece respeito é a pessoa humana, sempre. A escola deve ensinar a não discriminação em quaisquer circunstâncias. E ponto. O resto é, deliberadamente, criar grave desorientação e ensinar errado, por ideologia ou perversa intenção.

* Percival Puggina (70), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de Zero Hora e de dezenas de jornais e sites no país, autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia e Pombas e Gaviões, integrante do grupo Pensar

Relator das contas eleitorais de Dilma no TSE quer ouvir o dono da UTC

O ministro relator do processo que investiga as contas de campanha da presidente em 2014, João Otávio de Noronha, autorizou oitiva com o empresário da UTC, delator da Operação Lava Jato, para que esclareça ao tribunal se a campanha da presidente Dilma Rousseff foi beneficiada com esquema de corrupção da Petrobras.

Cúpula deo PMDB já tem candidato próprio: José Serra

A colunista Dora Krammer acha que o PMDB já tem candidato próprio à sucessão de
Dilma. Eis o que ela escreve neste domingo:

- A cúpula pemedebista tem um nome em vista e já está com o roteiro do desembarque do governo federal pronto. O candidato considerado ideal nessas conversas é o senador tucano José Serra: seria a união de um nome de projeção nacional com o partido mais bem estruturado em todo o País.

No Congresso, Serra tem estado próximo dos presidentes da Câmara e do Senado, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e Renan Calheiros (PMDB-AL) em temas como o modelo da Petrobras

Leia, aqui, íntegra da rejeição do pedido de habeas corpus para Marcelo Odebrecht

Para a canalha petista comprometida com a organização criminosa do Mensalão e do Petrolão, a ordem é atacar o juiz Sérgio Moro, tentando desqualificar todo o trabalho da PF, do MPF e da Justiça Federal, mas a longa e bem fundamentada decisão tomada em Porto Alegre pelo desembargador João Pedro Gebran Neto, do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, ontem, sábado, é um abalo a este tipo de tentativa de criminalização do juiz do Paraná,  e de defesa do estado democrático de direito.

O desembargador rejeitou neste sábado o pedido de habeas corpus do empresário Marcelo Odebrecht.

CLIQUE AQUI para ler a sentença. 

Na sua longuíssima decisão, o desembargador se ocupa de evidenciar as culpas da Odebrecht 

Terra e Moreira querem que PMDB afaste-se do PT

Os deputados gaúchos Osmar Terra e Alceu Moreira passaram a defender abertamente que o vice-presidente Michel Temer saia imediatamente do Palácio do Planalto, onde se instalou para ocupar o ministério de Relações Institucionais, e volte para o Jaburu, a residência oficial do vice.

Não é opinião apenas dos dois gaúchos.

Alguns deputados pregam abertamente afastamento imediato do PT, sobretudo de-pois das notícias do final de semana.

Eis o que diz Alceu Moreira:

- Concluído o processo do ajuste fiscal, ele (Temer) não precisa ficar fazendo papel de cirurgião num quadro de hemorragia. O PMDB tem compromisso com o Brasil. 

O deputado Osmar Terra pensa da mesma forma. "Foram feitas as votações do ajuste e acho que o Michel precisa voltar ao Jaburu, porque caso contrário vai estar em meio à crise que ele não criou" acrescenta o também gaúcho Osmar Terra (PMDB).



Poder Judiciário tentará pressão de última hora para mudar a LDO na Assembléia. Juizes elevam o tom contra o governo S}artori.

O Judiciário gaúcho articula um movimento para tentar mudar o projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2016, que vai à votação na Comissão de Finanças da Assembleia nesta semana. A proposta do Executivo é de congelamento nas despesas com pessoal e encargos sociais em todos os poderes no próximo ano. O reajuste previsto, de 3%, cobre apenas o crescimento vegetativo da folha. 

Isto é o que informa o jornal Correio do Povo deste domingo.

Nesta sexta-feira, representantes do Tribunal de Contas do Estado, do Ministério Público e da Defensoria Pública foram recebidos para reunião a portas fechadas com o presidente do Tribunal de Justiça (TJ), José Aquino Flôres de Camargo, no Palácio da Justiça. Novo encontro ocorrerá antes da votação na Comissão de Finanças. 

Leia a entrevista que o jornal publica hoje:

Entrevista: José Aquino Flôres de Camargo: "Somos um jato e eles um teco-teco"

Correio do Povo: O Executivo argumenta que não tem dinheiro para cobrir todas as despesas e, por isso, o congelamento da LDO é inegociável. Por que o Judiciário discorda?
José Aquino Flôres de Camargo: Se fecharem o Tribunal de Justiça, se mandarem todos para casa, não vai adiantar. Nosso orçamento é inferior a R$ 3 bilhões/ano. Desejo que a correção seja de 8,13%, e o governador quer congelar. Isso não vai resolver. O Executivo sacou R$ 8,3 bilhões dos depósitos judiciais em seis anos. E não resolveu. Então, se retirar R$ 40 milhões ou R$ 60 milhões do Judiciário, não vai restabelecer as finanças. Mas, para o Judiciário, faz diferença. Estamos pedindo a variação do IPCA. Lá pelas tantas me ligaram para dizer que podem dar uma migalha. Então, prefiro ficar com o congelamento. Fiquei muito incomodado porque percebi que a ideia é fazer uma imposição, e isso não podemos aceitar. Se o Executivo atar o poder Judiciário e o Legislativo, quem vai conter os excessos do Executivo? 

CP: O Executivo tem problemas de administração?
Aquino: Em termos de administração, somos um jato e eles um teco-teco. Como conquistamos isso? Investimos em modernização, em potencialização de receitas, em programas de gestão, porque o Judiciário é uma sucessão de gestões. Não coloquei nenhuma pessoa aqui quando assumi. Troquei um assessor. Temos controle estatístico de qualidade, um Banco de Boas Práticas e um plano de segurança que vai ser adotado pelo Conselho Nacional de Justiça. Temos escassez de recursos, como os outros. Só que priorizamos nossas necessidades. Nosso índice de participação sobre o orçamento da administração direta é o menor dos últimos 10 anos. Nos últimos anos, o crescimento das nossas despesas foi muito inferior ao crescimento da Receita Corrente Líquida do RS. Hoje o Judiciário responde ele mesmo por 20% de seu financiamento. E vamos cortar mais? Até deixar de funcionar?

CP: O Judiciário é apontado como um poder que detém privilégios: altos salários, auxílio-moradia para magistrados...
Aquino:Alguns acreditam que o problema todo é que existe auxílio-moradia e auxílio-alimentação. O Tribunal de Justiça do RS nunca quis, isso foi imposto. Estamos recebendo, mas é uma questão nacional. Não há como não cumprir. O problema, hoje, é que o Judiciário está bem e o cenário geral vai mal. Só que isso não é responsabilidade do Judiciário. Outros gostam de citar nossos novos prédios, para dizer que o Estado gastou altas somas com o Judiciário. O Estado não gastou com nossas reformas. Elas foram custeadas com o Fundo de Aparelhamento do Judiciário. Ou seja, parte do lucro dos bancos. Para este ano, temos orçados R$ 343 milhões. E uma arrecadação estimada de R$ 480 milhões. A diferença vai para o Caixa Único. Aliás, o montante do Judiciário no Caixa Único está na ordem dos R$ 700 milhões. Os dividendos sobre estes valores também ficam com o Tesouro.

CP: Existe a possibilidade de o Judiciário negociar atrasos ou valores dos duodécimos?
Aquino:Vamos fazer valer a Constituição. As pessoas podem ter a opção política que desejarem, contanto que respeitem a Constituição. O que existe de mais sórdido em todo esse processo é a tentativa de colocar ações na conta do Judiciário e repetir isso diariamente para a população. Por exemplo: o governo é obrigado a pagar os salários em dia e tem que pagar o duodécimo. Ele precisa fazer isso porque está na Constituição. Não é porque quer ou porque não quer. Mas, então, anuncia: “Preciso fazer este pagamento, porque o Judiciário determinou, então não vou poder fazer aquele outro.” Isso é uma inversão total. Além disso, o governo pode ter dificuldades, mas impossibilidade material, não. O Executivo está fazendo um enfrentamento. O que estamos tratando aqui é de democracia e de estado democrático de direito.

De: Claudiomar Barcellos [mailto:claudiusbarcars@gmail.com]
Enviada em: sábado, 27 de junho de 2015 19:20
Para: undisclosed-recipients:
Assunto: Re: Aconteceu no Congresso Nacional , e a mídia não deu o devido destaque: FORA PT!


O karma negativo (choque de retôrno) está começando a agir contra a gang dos Petraljhas e PTontos!!!!
Depois de arrazarem com o Brasil e alguns Estados como no RS, agora, o Povo está acordando, e, como se observa, os trabalhadores traídos pela "burguesia marxista", a Nomenklatura caviar/champonhota e seus Apparatichiki (cargos em  comissão aos milhares, sugando o Erário Público).8
Ou o Brasil acaba com o PT et caterva  ou, estes, terminam de acabar com  Brasil !!!
Está na hora de constituir uma Junta de Salvação Nacional, alter a legislação vigente,prender e processar a súcia petista, dando-lhes penas de prisão perpétua, sem direito á condicional, por se comportarem como traidores do Brasil.



BRASIL, ACORDANDO  !!!


---------- Mensagem encaminhada ----------
https://api.clevernt.com/e46a5348-350f-11ee-9cb4-cabfa2a5a2de/https://api.clevernt.com/e46a5348-350f-11ee-9cb4-cabfa2a5a2de/