1. vão impedir a livre circulação pelas estradas. E as
cargas perecíveis? E o produtor que necessita entregar a mercadoria para o
comprador? E aquele que aguarda o recebimento de uma compra? E os deslocamentos
por razão médica? E os deslocamentos profissionais? E os de lazer? As estradas
vão ser fechadas e o poder público diz o que? Quer dizer que basta enviar uma
correspondência avisando que vai fechar uma rodovia e tudo bem?
2. e os milhões que querem (e precisam) ir trabalhar? Não
poderão deslocar pelas cidades porque o Paulinho não quer? E o dia de
trabalho, quem paga? O Paulinho? Quer dizer que basta avisar as avenidas e ruas
que desejam fechar que está tudo bem? E se a moda pega?
3. e o custo econômico desta balbúrdia? Quem paga?
4. os “manifestantes exaltados”, como disse uma
jornalista no mês passado descrevendo um saque, estão prontos para entrar em
ação. E o que fará a polícia?
5. o crime organizado, claro, também aproveitará o vácuo
─ pois a polícia estará mobilizada para desobstruir as vias e proteger o
patrimônio público e provado. E quem vai pagar os eventuais prejuízos?
6. o direito de ir e vir, de circular livremente,
foi suprimido da Constituição?
7. será uma manifestação ou uma ameaça a ordem pública?
Não pode ser realizada a manifestação numa praça ou em outro local público com
amplitude? Por que é necessário interromper a livre circulação das pessoas?
8. e se ocorrer uma tragédia? Quem será o responsável?
9. 11 de agosto é a data de nascimento dos cursos
jurídicos no Brasil. Teremos uma bela comemoração de respeito a Constituição.