Os governos do PT levaram 12 anos para tomar a decisão de revolver o cadáver de Jango, porque há décadas existe a desconfiança de que o ex-presidente foi assassinado em seu exílio argentino. A viúva, semana passada, disse claramente que não acredita em nada disso. A entrevista que concecdeu a Zero Hora foi ignorada pelo PT e por toda a mídia nacional, simplesmente porque não interessa ouvir opinião diversas. Maria Tereza não é ouvida por Maria do Rosário e nem por ninguém do governo. E foi ela, a mulher de Jango, quem estava deitada ao lado dele, na cama, quando o ex-presidente sofreu o infarto. Por que não ouvi-la ? Só se houve a voz da ex-ministra Maria do Rosário, que nem é da família Goulart ou Brizola - e que sempre se opôs ferozmente aos legados políticos de ambas. As famílias são usadas como inocentes úteis pelo atual governo do PT.
Nesta entrevista publicada no domingo passado pelo jornal
Zero Hora, a mulher do ex-presidente João Goulart revela que estava com ele quando ocorreu o infarto, ao seu lado. Ela explica que não acredita em
envenenamento e alinha as razões para o que sente.
. Curiosamente, a mulher de Jango, que está bem viva, não
é usada pelo governo do PT e nem faz pose ao lado de Maria do Rosário para
chorar a morte do ex-presidente, prantear sua memória e encenar todo o
espetáculo político e eleitoral que será patrocinado pelos cofres da república. Tudo será feito para transferir o cadáver no dia 13 de novembro,com honras de chefe de Estado, como parte de uma cerimônia
fúnebre e midiática destinada a emocionar a nação e apontar os dedos acusadores
para as Forças Armadas. No dia 6 de dezembro, o cadáver voltará a São Borja. A data é do aniversário da morte de Jango. Nesta sexta, Maria do Rosário tratou de reunir 10 Partidos para que mobilizem os diretórios municipais gaúchos em torno dos eventos que o governo do PT promoverá com o cadáver de Jango.
. Vale a pena ler esta entrevista completa de Juliana
Bublitz:
Maria Thereza, a viúva de Jango, acompanha com dúvida e
tristeza a decisão de exumar o corpo do ex-presidente. Definido na última
quarta-feira, o procedimento deve ocorrer no dia 13 de novembro, em São Borja.
Com o aval da família, os restos mortais do chefe de Estado derrubado pelo
golpe de 1964 serão analisados por um grupo de peritos, em Brasília.
O objetivo é buscar indícios que esclareçam as
circunstâncias da morte de Jango, na estância La Villa, em Mercedes, Argentina.
Afinal, teria ele padecido de causas naturais? Ou seria mais uma vítima da
Operação Condor, o aparato repressivo que uniu as ditaduras sul-americanas
contra seus opositores?
Maria Thereza _ Tetê, na intimidade _ não acredita na
hipótese de envenenamento. Nunca acreditou. Mas também não descarta tal
possibilidade.
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